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VALENTINA VITELLO

Longas semanas se passaram, e nela o medo se dissipou. Cerca de quatro meses se passaram e meus pais puderam finalmente voltar para casa!

Ângelo não tinha sido informado, como Jasmine e Marina. Apenas meu primo, Margarida, Frederico, Edgar e Isabela, soubemos que seria naquela manhã, foi pedido até por mim mesma para que não contassem exatamente o dia para os três.

— Olha quem chegou para levar vocês para casa! — anunciei. Patrick sorriu ao meu lado.

— Valentina! — papai hesitou ao lado de mamãe, ao me ver passar pela porta.

— Papai! — lhe dei um longo abraço, fazendo o mesmo com minha mãe — E como estão se sentindo?

— Bem melhor! — a mulher respondeu — Espero que não esteja com tanta pressa para nos levar para casa...

— Fiquem tranquilos. Ainda dará tempo o suficiente para que se arrumem! E além do mais, vou me encarregar de ajudar a senhora enquanto Patrick irá ajudar papai. Eu trouxe as coisas de vocês!

— Ah, que maravilha então!

— Humrum!

— Bom... Acho melhor já começamos com isso — olhou-me com ansiedade.

E controlando a minha própria ansiedade, ajudei minha mãe a pôr sua calça e blusa, com cuidado para que não machucasse seu pulso. O qual, já estava bem melhor e que pelo que foi dito pelos médicos, não iria demorar muito para ficar bom já que mamãe tem um ótimo metabolismo.

— Parece diferente — ela comentou, quando que fechei o botão do topo da sua blusa.

— Impressão sua mamãe.

— Posso estar um tanto debilitada, mas não estou maluca.

Prendi meus lábios para que minha risada fosse bloqueada.

— O que aconteceu?

— Temos que ir agora, mamãe. A senhora e o papai irão voltar para a nossa casa!

— O que é uma maravilha! — Otto manifestou — Eu não aguento mais isso aqui.

Dei um beijo em sua pele afetada pelo clima frio causado pelo ar-condicionado.

— Vamos então?

— Vamos!

Unidos, saímos lentamente do prédio, sendo seguidos pelos guardas. Mamãe foi posta no meio do banco nos fundos, ao lado de papai, enquanto eu e meu primo permanecemos na ponta. Tudo o que pude fazer de melhor no trajeto foi apoiar minha cabeça no ombro de minha mãe.

— E quanto ao seu irmão, querida? Eu não o vi mais.

— Ele está ocupado com a empresa, mamãe.

— Ah... espero que ele não tenha se esquecido de mim.

— Não, isso não! — a olhei — Como pode dizer umas coisas dessas se a dois dias atrás ele ficou ao seu lado?

— Ah, eu sei... Mas aconteceu que eu gosto muito de ver vocês pertinho de mim.

— Irá gostar mais ainda agora que vai estar ao nosso lado.

— Não contamos à Marina, Margarida, Jasmine e Ângelo que seria hoje o dia que vocês irão voltar — anunciou, Patrick. — Então, não espantem com a surpresa deles em ver vocês!

— Ah, meninos...

Caímos em uma longa gargalhada pela repreensão de mamãe. Nos retiramos do carro, e cuidadosamente seguimos para a porta do lado de fora da mansão.

A VERDADEIRA FELICIDADE | LIVRO IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora