o safado do black

89 12 4
                                    

Remus abriu a porta do único banheiro que conseguiu encontrar na boate com um estrondo não intencional

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Remus abriu a porta do único banheiro que conseguiu encontrar na boate com um estrondo não intencional. A madeira escura era pesada demais, ou talvez fosse os seus braços fracos e o estopor que preenchia seu corpo que estavam tornando o trabalho mais complicado do que o normal.

Ele avançou para dentro do cômodo escuro, que tinha paredes pintadas de vermelho escuro e luzes amarelas tênues. Remus foi até a pia e jogou água fria da torneira em seu rosto, na esperança de que isso fosse despertá-lo, ajudá-lo de alguma forma. Em sua cabeça, as imagens de Sirius e Grant continuavam em repetição, se misturando até que ele não pudesse mais diferenciá-las. Ele se lembrava claramente de Grant, do beijo, da desculpa esfarrapada que tinha usado para ir até o banheiro e se afastar de todos.

O show estava quase acabando. Ou talvez não. Não havia como ter certeza. Desde o momento que os seus lábios tocaram os de Grant pela primeira vez, Remus não sabia direito o que veio depois. Estava bastante ocupado para prestar atenção em qualquer coisa que não fosse a boca do loiro.

Menos na voz de Sirius, que parecia ecoar dentro da sua mente e segui-lo por todos os lugares.

Remus puxou as toalhas de papel e secou o rosto. Suas bochechas estavam pegando fogo, assim como os seus pulmões. O efeito da bebida extremamente alcoólica ainda não havia passado, e não iria embora tão cedo. Ele jogou o papel no lixo e olhou para si mesmo no espelho.

Que merda estava fazendo?

Aquele não era ele. Remus Lupin não era assim. Era? O problema é que Sirius...

Remus se assustou com um barulho alto e repentino que atrapalhou sua linha de pensamentos.

A porta do banheiro estava abrindo. Assim como ocorreu da sua vez, a madeira pesada causou um estrondo ao bater na parede escura. Uma garota loira entrou apressada, vestindo botas, saia, jaqueta de couro e um cropped brilhante.

Ela estava radiante, com um sorriso imenso. Quando ergueu a cabeça, pareceu confusa ao notar que havia mais alguém ali. Seu sorriso diminuiu um pouco.

— Ah, foi mal. Eu não vi que tinha gente aqui — comentou, indo até a segunda pia, a qual não estava sendo ocupada por Remus. — Sabe como é, às vezes as coisas lá fora ficam loucas demais, e nós precisamos respirar um pouco.

Remus suspirou.

— É, eu sei.

A garota sorriu.

— E aí, tá tudo bem? Você não parece muito bem, amigo. — Ela franziu o cenho, como se estivesse tentando adivinhar qual problema Remus poderia ter.

Ele colocou as mãos nos bolsos da calça e desviou os olhos dela.

— Estou bem — comentou, mas nem mesmo conseguiu acreditar na sua própria mentira.

A loira ainda o encarava de um jeito estranho, que estava começando a assustá-lo. Ela tinha olhos escuros e cabelos longos, que estavam amarrados em um rabo de cavalo alto no topo da cabeça.

Todo Esse Tempo - WolfstarOnde histórias criam vida. Descubra agora