capitã marvel

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O início de semana sempre vinha acompanhado de uma enxurrada de pensamentos negativos e dúvidas autocríticas desagradáveis

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O início de semana sempre vinha acompanhado de uma enxurrada de pensamentos negativos e dúvidas autocríticas desagradáveis. Remus não podia fugir disso; era mais forte do que ele. Foi por isso que decidiu passar no café de novo.

Ok, talvez houvesse mais um motivo secreto por trás disso, porém ninguém precisava ficar sabendo que Remus Lupin, pela primeira vez na sua longa e entediante vida, estava prestes a dar o primeiro passo para uma possível futura relação amorosa. E sim, ir na sua cafeteria preferida estava associado a isso.

Ele empurrou a porta de vidro e imediatamente foi tomado pelo cheiro confortável e delicioso de café, docinhos e salgados, dos mais saborosos e perfumados de toda Londres. Fechou a porta atrás de si e deixou a chuva e o vento gelado do outono lá fora, sendo abraçado pelo calor acolhedor das máquinas e fornos.

A primeira coisa que Remus fez foi se virar na direção do balcão dos funcionários. Ele procurou por alguém em específico, por aqueles olhos verdes e brilhantes, pelos cabelos loiros e meio cacheados que ficaram na sua memória por uns bons dias na semana passada. Porém, sua quebra de expectativa foi enorme, catastrófica e cruel ao perceber que ele não se encontrava em lugar nenhum ali.

Remus olhou em volta, com uma pontinha de esperança crescendo no peito, mas igualmente em vão; Grant Chapman não tinha vindo trabalhar naquele dia. Justo no dia em que Remus teve coragem de pegar o papelzinho do seu número do fundo da bolsa.

Claro que ele poderia ter ligado e perguntado antes de desviar do seu caminho habitual para ir até ali. Mas... não se sentia pronto. Era mais fácil encarar Grant pessoalmente e pelo menos fingir que não tinha pensado nele durante boa parte daquela semana. Uma ligação de telefone ou mensagem no Instagram seria muito direto.

Nem mesmo o cheiro de torta de nozes saindo do forno foi capaz de curar a sua decepção. E o sentimento deveria estar ainda mais claro e aparente do que Remus esperava, porque, depois de ficar uns quinze segundos parado na entrada, sem dizer ou fazer nada, ele foi assustado — como acontece quando estamos presos em uma ilusão paralela à realidade e alguém nos desperta de repente —, por uma voz feminina e bastante animada.

— Olá, carinha — disse ela. Remus arregalou os olhos e, confuso e atormentado, virou a cabeça na direção da garota. Ela o encarava com curiosidade, como se ele fosse uma espécie nova de ser humano nunca antes encontrada. — Se você está procurando por um dos meus colegas, acredito que um em específico, sinto muito informar que ele infelizmente tirou folga, e hoje é o meu dia de trabalho.

Remus piscou. Ele abriu a boca para dizer algo, mas estava tão confuso que nada saiu.

— Ah, muita informação em pouco tempo, né? — perguntou a garota. Ela tinha mais ou menos a sua idade, lá por uns vinte e um ou vinte e dois anos. Tinha os cabelos curtos e loiros, e seus olhos eram tão azuis que pareciam água pura e encapsulada, como uma bolinha de gude. — Foi mal. Minha namorada sempre diz que eu tenho que respirar entre uma frase e outra, mas às vezes é difícil. Enfim, vou começar pelo jeito que as pessoas geralmente começam uma conversa, que é o jeito mais chato e entediante do mundo, mas é a maneira social e moralmente aceita, então não tenho opção.... WEASLEY, A MESA QUATRO NÃO FOI ATENDIDA! — Ela gritou e apontou para a mesa quatro. No mesmo momento, um cara alto, ruivo e sardento saiu da cozinha e foi correndo fazer o que a loira mandou. Ela balançou a cabeça e se voltou para Remus. — Pela Afrodite, esses estagiários são horríveis. Não de aparência, né. Você entendeu. Bom, o meu nome é Marlene McKinnon. O Great não tá hoje, bonitinho.

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