all the young dudes

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A mão de Grant era suave, macia e quente, e mesmo quando estavam no meio de uma multidão de pessoas, elas serviam como uma fonte de conforto em meio ao caos

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A mão de Grant era suave, macia e quente, e mesmo quando estavam no meio de uma multidão de pessoas, elas serviam como uma fonte de conforto em meio ao caos. Remus entrelaçou seus dedos depois da primeira música, quando o aperto no seu peito ao ver seus amigos em cima do palco estava quase ultrapassando os limites aguentados pelo seu coração. Grant começou a fazer carinho na sua mão, como se soubesse que aquilo não era nada fácil para Remus e pudesse sentir o nervosismo que ele exalava.

— Uau, eles são realmente bons — exclamou Grant, sorrindo, com os olhos brilhando e refletindo o palco.

Era difícil de ouvir alguma coisa que não fosse a voz de Sirius, a guitarra de James e a bateria de Peter. Era como se eles preenchessem o ambiente inteiro, cada centímetro, como se chamassem a atenção de cada pessoa e a cativasse para si indefinitivamente. Era como se eles tivessem algum poder, alguma mágica capaz de enfeitiçar todos e deixá-los obcecados, absortos naquele show de arte, de música, de vida. Era como algo pulsante, impossível de se manter de fora, como um um convite especial que você nem cogita a possibilidade de recusar.

Remus já tinha ouvido James e Peter tocarem seus instrumentos favoritos várias vezes. Quando eram adolescentes e tinham tempo livre da escola, geralmente seus passatempos preferidos eram esses: se reunir na casa de algum deles e tocar, cantar, fazer arte. Eram bons. Eram ótimos. Remus sempre viu potencial em seus amigos, sempre teve aquela certeza no fundo do peito de que um dia seriam famosos e bem-sucedidos, mas não imaginava que tinham tanto talento, tanta potência. Eles tocavam como se tivessem feito isso durante a vida inteira. Como se tivessem nascido para isso. Remus sabia que tinham, de fato. As pessoas aplaudindo, gritando e pulando no ritmo das músicas pareciam concordar.

Agora... Sirius. Sirius era outra coisa completamente diferente. Enquanto James e Peter eram fontes de energia contidas, que pulsavam e se espalhavam às vezes, havia algo diferente em Sirius. A aura dele desprendia, estava por todos os lugares. Ele vibrava. Ele dava um show com toda a sua vida, como se fosse a última coisa que faria, como se quisesse fazer algo melhor do que qualquer outra pessoa jamais se atreveu a fazer. Sirius cantava com a alma, com emoção, como se dependesse disso para sobreviver. Talvez dependesse mesmo. Ele não fazia arte; Sirius era a arte. A música estava dentro dele, junto com os ossos, a carne e o sangue. Sirius e música eram combinações iguais e compatíveis. Sirius e música às vezes soavam como a mesma coisa para Remus, porque sempre estiveram associadas para ele.

Sirius Black cantava, dançava e performava com maestria, como se soubesse exatamente o que estava fazendo e não restasse nenhuma dúvida quanto a isso. Ele ia de um lado para o outro do palco, fazia poses e caretas, arrancava gritos e suspiros da plateia. Sirius sabia a receita para deixar um grupo de pessoas completamente louco e eufórico. Havia simplesmente algo de especial em Sirius Black, algo que o fazia brilhar, cintilar, dominar.

Remus sentiu a garganta seca e pediu mais uma bebida para o garçom. Aquela seria a sua terceira, talvez, mas não importava. Ele já estava começando a perder a conta, o que também não importava.

Todo Esse Tempo - WolfstarOnde histórias criam vida. Descubra agora