memórias

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— Você tem certeza que confia em mim na sua cozinha? — perguntou Grant, sorrindo

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— Você tem certeza que confia em mim na sua cozinha? — perguntou Grant, sorrindo. O chapéu de chef rídiculo que ele tinha achado na gaveta do armário, e que agora estava na sua cabeça, amassando os cachos loiros, fez Remus rir. Aquele tinha sido um presente de Peter na época que Remus tinha tido um repentino surto de cozinheiro e se tornara obcecado por receitas e doces. A fase não durou nem dois meses, mas o chapéu permaneceu. — Olha que eu posso botar fogo na sua casa, e no prédio todo, ainda por cima.

Remus cruzou os braços e apoiou o quadril na bancada preta de mármore.

— Eu confio mil vezes mais em você na minha cozinha do que em mim mesmo — disse.

— Uau, você não solta elogios assim de graça.

— Não foi um elogio pra você, foi uma ofensa ao péssimo cozinheiro que eu sou.

Grant faz um biquinho com os lábios e se vira para encarar o fogão. A batalha para decidir qual vai ser o prato servido no almoço dura mais ou menos dez minutos, até que Remus termina a discussão determinando que eles vão comer macarrão com muita carne e queijo.

— Gosto muito dessa ideia — concorda Grant, e se põe a preparar a comida.

Enquanto isso, Remus fica encarregado da sobremesa.

— Você não vai só derreter uma barra de chocolate e colocar leite condensado pra fazer um brigadeiro, né? Eu esperava mais de você, Lupin — Grant brincou.

Remus deu de ombro e continuou mexendo o brigadeiro na panela.

— São os únicos ingredientes disponíveis, e eu não sei fazer nada muito complicado. Ei, e quem é você pra reclamar? Esqueceu que esse apartamento é meu?

Grant levantou as sobrancelhas e fez esforço para não sorrir.

— Ah, então agora é assim? — pergunta, e em seguida Remus é acertado por um pano de prato bem na cara.

— EI!

— Eu estou aqui há mais de cinco horas, idiota, então o apartamento é meu também — determinou Grant.

— Cinco horas é muito pouco tempo para subjugar um lugar.

— Quem está te alimentando, Remus?

— A energia da comida...

— E quem faz a comida?

— Hum...

— Exato, sou eu. E sem a energia da comida, que curiosamente sou eu quem está preparando, você morreria e não poderia mais viver em apartamento nenhum, porque teria uma moradia permanente dentro de um caixão. Ou seja, eu sou o motivo de você estar vivo, então mereço uma parte do seu apartamento.

Remus gargalhou como não fazia há muito tempo. Era só um pouco possível que ainda houvesse resquícios de álcool no seu organismo, assim como no de Grant. Ou talvez fosse só a atmosfera descontraída e divertida que sempre aparecia quando o loiro estava por perto.

Todo Esse Tempo - WolfstarOnde histórias criam vida. Descubra agora