ajuda no leito de morte

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Remus se sentiu nervoso ao se despedir de Grant naquele dia, com medo de que, ao rapaz ir embora, seus pensamentos intrusivos e desconfortáveis voltariam com a intensidade dobrada

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Remus se sentiu nervoso ao se despedir de Grant naquele dia, com medo de que, ao rapaz ir embora, seus pensamentos intrusivos e desconfortáveis voltariam com a intensidade dobrada. Cogitou a possibilidade de pedir para Grant ficar ali, passar a noite com ele, protegê-lo dos seus fantasmas, porém sabia que isso não era possível. Tinha medo das consequências de tal pedido, e sentia, no fundo do coração, que Grant as interpretaria da maneira errada.

Remus já tinha problemas suficientes para criar outros.

Foi por isso que, após Grant partir para o seu próprio apartamento, quando a noite caiu e o céu se transformou em um azul escuro e tempestuoso, Remus decidiu que voltaria aos seus antigos hábitos e faria um dos seus rituais favoritos. Normalmente, eles eram mais valiosos e divertidos quando Lily estava por perto, com suas piadas sem graça e seus comentários avaliativos e coléricos relacionados às atitudes dos personagens dos filmes, mas, como ela estava pegando a estrada com James no momento, Remus teve que se contentar com a própria companhia. Não é como se ele estivesse desacostumado.

Comprou duas pizzas, uma de strogonoff, e outra de chocolate com banana. Juntou todos os salgadinhos e as coisas mais gordurosas que tinha em casa, junto com o resto de brigadeiro que sobrou da sobremesa do meio dia, e se jogou no sofá, pronto para escolher o filme mais ridículo e antigo do catálogo.

Remus tinha clicado em Titanic e estava prestes a dar play quando o seu celular tocou, assustando-o. O visor dizia que era um número desconhecido. Depois de considerar se um possível sequestrador ligaria para ele antes de sequestrá-lo, e de pensar que a resposta seria obviamente negativa, Remus decidiu que assumiria o risco e atendeu a chamada.

Os três primeiros segundos foram preenchidos por um silêncio angustiante.

Talvez aquela fosse a primeira vez do seu sequestrador sequestrando alguém, e ele estivesse nervoso. Remus considerou que aquilo era normal.

— Hum... oi? — perguntou. — Alguém aí?

Por favor, responda que NÃO! Que, quem quer que seja, está BEM LONGE do meu apartamento!

Mais três segundos se passaram, e, depois de tentar se comunicar de novo, Remus desligou a chamada. Talvez o sequestrador tivesse desistido, ou talvez não fosse um sequestrador.

No entanto, depois de ter assistido os primeiros cinco minutos do filme, seu celular voltou a tocar. Era o mesmo número.

Remus engoliu os salgadinhos e agarrou o aparelho com um pouco de irritação.

— Olha, se você quer me sequestrar, pelo menos cria coragem para me...

— Remus?

Ele parou de falar assim que ouviu aquela voz.

— Sirius? — perguntou, porque não podia acreditar. Mas, sim, apesar de estar trêmula e fraca, quase imperceptível, aquela era a voz de Sirius, sem dúvida nenhuma. Era a voz que tinha ecoado na sua mente durante toda a madrugada anterior, era a voz que tinha dito que as coisas não podiam ser consertadas.

Todo Esse Tempo - WolfstarOnde histórias criam vida. Descubra agora