Uma boa Irmã

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S/n- Ei, pare! Não é justo descontar sua raiva em Inoko por um acidente!

Mãe- Ela sempre faz essas coisas! É uma irresponsável!

S/n- Todos nós cometemos erros, mãe. Não é justo tratá-la assim. Ela é sua filha e merece respeito.

Mãe- Eu não tenho que ouvir sermões de você! Você não é ninguém para mandar em mim, não passa de uma pirralha intrometida!

S/n- Eu sei disso, mas sou irmã de Inoko e me preocupo com ela. Nós duas merecemos ser tratadas com amor e compreensão, não com gritos e violência.

Mãe- Você acha que sabe tudo, não é? Sempre defendendo a caçula!

S/n- Não se trata de favoritismo, mãe. Trata-se de justiça e empatia. Todos nós merecemos ser tratados com dignidade, mesmo quando erramos.

Mãe- Eu realmente deveria ter abortado as duas! Pelo menos eu não teria todo o desgosto que vocês me dão!

Inoko- Para de gritar! -fala tampando os ouvidos.

Mãe- Cala a boca, karalho! -grita com ela.

S/n- Não grita com ela! -eleva a voz e empurra uma mesinha de madeira em direção a sua mãe a fazendo se afastar.

No entanto, antes que S/n conseguisse ir para perto de sua irmã, sua mãe deu um tapa em seu rosto. S/n ouviu um estalo, e sentiu um incrível dor no rosto. Causou um corte na bochecha de S/n por conta da aliança..

Em vez de se deixar mostrar sua fraqueza, S/n olhou para a mãe com um olhar frio. Ela sabia que não podia chorar, não podia mostrar que estava doendo, porque isso apenas faria a situação pior.

Olhou para trás e viu que Inoko já não se encontrava mais lá. Depois de dar uma última olhada de reprovação para sua mãe, ela limpou o sangue da bochecha e saiu andando.

S/n atravessou o corredor e foi até o quarto de Inoko. Quando S/n entrou, a irmã estava sentada no chão, com os braços em volta das pernas e chorando enquanto tremia. Ela ergueu a cabeça e viu a cara magoada de S/n.

Inoko- Você está bem?- perguntou Inoko, parecendo preocupada.

S/n- Estou bem.. -respondeu S/n, tentando forçar um sorriso. -Por que você está chorando?- perguntou S/n, tentando mudar o foco da conversa.

Inoko- Eu vi tudo.. -respondeu Inoko, com a voz fraca.

S/n- Eu sei que viu.. -repetiu S/n, sentindo a situação cada vez mais desconfortável.

Inoko suspirou e engoliu em seco, parecendo não saber o que dizer.

Inoko- Acho que ela está errada em te bater..-começou a falar Inoko, mas logo mudou de ideia. -Mas você também não deveria ter feito aquilo.

S/n olhou para Inoko, e se sentiu envergonhada. Ela sabia que tinha errado em ter jogado aquela mesa, mas não queria admitir isso.

S/n- Eu sei que estava errada, mas ela quem começou.- disse S/n, com um tom de voz arrependido.

Inoko- Não é justificativa.. -respondeu Inoko, encarando S/n diretamente. -Ela poderia ter se machucado, ou até você! -continuou ela.

S/n percebeu que Inoko estava certa, mas não sabia o que dizer.

O clima estava tenso e ela queria mudar aquilo.

S/n- O que acha de irmos na pizzaria?

Inoko- Iremos comer besteiras na hora do jantar? A mamãe não vai se chatear?

S/n- Esqueça-a.. Ela não é importante, não mais.

Inoko- Mas..

S/n- Confia em mim, tá comigo tá com Deus.

Inoko- Você falou isso quando a gente quebrou o sofá da sala usando-o como pula pula improvisado.

S/n- Tsk.. Foi um deslize, eae.. Você quer ou não?

Inoko- Quero sim!

S/n- Vá tomar um banho e se arrume.

Inoko- Certo! -se levanta animada.

S/n foi para o quarto, e se arrumou com calma. Ela não queria parecer aflita para Inoko, e queria que ela ficasse animada. Quando terminou, encontrou Inoko esperando na porta do quarto, toda sorridente.

Inoko- Vamos?- perguntou Inoko, olhando para a irmã com expectativa.

S/n- Vamos. -respondeu S/n, sorrindo ao ver Inoko tão feliz.

A irmãzinha estava arrumada, com a camisa dobrada, e o cabelo todo arrumado. As duas foram para a rua e chamaram um táxi, e S/n se sentiu muito melhor ao ouvir o riso da irmã mais nova. O caminho até a pizzaria era longo, mas ambas passaram o tempo conversando.

No resto da noite, Inoko se sentiu feliz.. E S/n aliviada por ter conseguido tirar o que aconteceu da cabeça da irmã por enquanto.

Suspirou aliviada, mesmo não tendo motivos para estar calma já que sua vida nunca foi lá essas coisas.

S/n carregava nos ombros o fardo pesado de ser a irmã mais velha, aquele papel que lhe atribuía a responsabilidade de proteger e cuidar de sua irmã mais nova. Era uma tarefa árdua, especialmente quando se tratava de enfrentar os surtos de raiva intensos e imprevisíveis de sua mãe. Em meio a esses momentos de caos e desequilíbrio emocional, S/n se via como a única âncora estável para sua irmã, a única pessoa em quem ela podia confiar plenamente.

A falta de carinho e apoio afetivo por parte dos familiares tornava tudo ainda mais difícil para S/n. Ela não encontrava nos braços da família aquele afago reconfortante que tanto ansiava. Era como se estivesse navegando em um mar tempestuoso, sem qualquer porto seguro para ancorar seu coração cansado.

Além das turbulências familiares, S/n lutava contra seus próprios demônios internos. A impulsividade e os problemas com raiva eram companheiros constantes em sua jornada. Por vezes, ela sentia como se estivesse presa em um turbilhão emocional, incapaz de controlar suas explosões e reações impulsivas. Era uma batalha interna constante, uma luta para encontrar equilíbrio e paz dentro de si mesma.

Embora S/n se sentisse sozinha e desamparada, além de nunca ter tido muitos amigos, ela se esforçava muito para ser uma irmã boa para Inoko. Ela protegia Inoko da mãe e fazia de tudo para que a irmã tivesse uma infância feliz e normal. Aos olhos de S/n, Inoko era o centro do mundo, e ela se sentia responsável por cuidar dela.

Já para Inoko, S/n era a sua heroína.. Que sempre esteve ali para protegê-la de todos os males.

𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐌𝐌𝐀𝐍𝐃𝐄𝐑'𝐒 𝐆𝐈𝐑𝐋| Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora