A pior surpresa

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~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~A noite estava mergulhada em uma densa escuridão, refletindo a tormenta que assolava a alma de S/n

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A noite estava mergulhada em uma densa escuridão, refletindo a tormenta que assolava a alma de S/n. Cada momento parecia uma batalha árdua contra os demônios interiores que a consumiam. A perda de sua mãe, mesmo sendo uma figura terrível, deixava um vazio doloroso em seu coração, pois apesar de tudo, S/n ainda nutria um amor profundo por ela. A distância imposta entre ela e sua irmãzinha, fruto de uma implacável lei judicial incompreensível, era como um golpe cruel que a deixava desamparada e confusa.

Além disso, seus amigos haviam se dissipado misteriosamente, como se evaporassem no ar, deixando-a sozinha em meio à tempestade emocional. Seus dois pais, ausentes e distantes, raramente estavam presentes em casa para oferecer o conforto e apoio necessários. Agora, somando-se a tudo isso, S/n havia perdido seu namorado por algo que ela não havia feito, carregando consigo a dor de uma injustiça incompreensível.

A noite se arrastava interminavelmente, repleta de soluços e lamentações que ecoavam pelos cômodos vazios. As lágrimas fluíam incessantemente dos olhos dela, como um rio incontrolável que ameaçava esvaziar o ar de seus pulmões. Não havia espaço para mais tristeza, pois seu coração já estava sobrecarregado.

Entretanto, em meio ao silêncio opressor da noite, um som inesperado rompeu a solidão. Uma batida na porta ecoou pelo ambiente, interrompendo o fluxo de lágrimas. Mesmo abalada e fragilizada, S/n rapidamente enxugou suas lágrimas e forçou um sorriso, tentando disfarçar a dor que seu rosto molhado revelava.

S/n- Entra... -fala baixo e com a voz trêmula.

Ao abrir a porta, Rindou imediatamente percebeu o estado fragilizado em que S/n se encontrava. Com cuidado, ele adentrou o ambiente e fechou a porta atrás de si. S/n, lutando para se manter firme, segurou suas emoções ao máximo, pois não desejava chorar na frente dele.

Rindou- Você não saiu para jantar, está com fome?

S/n- Não.

Ela evitava ao máximo olhar para ele com medo do mesmo notar suas lágrimas quase visíveis.

Rindou- Pode chorar, S/n...não tenha vergonha de mim, chore..

S/n- Eu não vou chorar.. Eu nem quero chorar.

Rindou- Você não me engana..

S/n- Por que você está aqui?

Rindou- Eu nem deveria estar me importando com você, nem eu mesmo sei porque eu estou aqui..

Rindou suspirou e abriu os braços, aguardando o abraço que S/n tanto precisava. Mesmo sem ter nada a ver com a situação, ele estava disposto a abraçá-la e oferecer seu apoio incondicional.

S/n não resistiu e levantou-se da cama, indo em direção a ele e desabando em lágrimas enquanto o abraçava. Rindou gentilmente guiou-a de volta para a cama, deitando-se ao seu lado. S/n colocou sua cabeça no peito dele, sentindo o toque reconfortante de suas mãos acariciando seus cabelos. Em silêncio, Rindou estava ali apenas para oferecer conforto e ser o porto seguro que ela tanto necessitava no momento.

O comportamento de Rindou era conhecido por ser distante e desapegado em relação às mulheres, usando-as e depois as abandonando. No entanto, algo havia mudado dentro dele ao ver S/n tão vulnerável em seus braços. Pela primeira vez, ele sentiu uma preocupação genuína por uma garota, algo completamente novo para ele. Essa mudança repentina o deixou desconcertado, pois nunca antes havia se importado dessa maneira com ninguém além dele mesmo e de seu irmão.

S/n- Rindou.. -tenta formular uma frase.

Rindou- Shi.. Pode chorar, eu não vou contar para ninguém.

S/n finalmente adormeceu nos braços de Rindou, e ele decidiu não acordá-la, permanecendo ao seu lado e adormecendo também. Durante a madrugada, S/n acordou assustada por causa de pesadelos, passando por momentos difíceis com crises consecutivas. No entanto, a presença constante de Rindou ao seu lado trouxe um grande alívio, pois ele sempre conseguia acalmar sua mente e confortá-la.

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Os passarinhos cantavam alegremente, anunciando a chegada de um novo dia

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Os passarinhos cantavam alegremente, anunciando a chegada de um novo dia. A luz do sol adentrava suavemente pela janela, iluminando o rosto de S/n enquanto ela despertava aos poucos. Sentada na cama, ela observou Rindou adormecido ao seu lado e decidiu não perturbá-lo, reconhecendo o quanto ele havia se esforçado para acalmá-la durante a noite turbulenta. Um sentimento de gratidão tomou conta dela, pois, mesmo sendo a primeira vez que se encontravam e não tendo uma proximidade prévia, ele permaneceu ao seu lado, oferecendo conforto e apoio quando ela mais precisava.

Decidida a começar o dia de forma positiva, S/n levantou-se e dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho revigorante. A água morna acalmou sua mente e lavou as marcas da noite passada. Ao sair do banheiro, vestida com uma roupa confortável, ela se deparou com Rindou parado em frente à janela, perdido em seus pensamentos. Seus olhares se cruzaram e ele a analisou de cima a baixo, aparentemente aliviado por vê-la em um estado melhor.

A troca de olhares silenciosa entre eles transmitiu uma sensação reconfortante. S/n sentiu-se fortalecida e grata por ter encontrado alguém como Rindou em um momento tão difícil de sua vida. Mesmo sem palavras, havia uma conexão especial entre eles naquele instante.

Rindou- Como se sente? Esta melhor?

S/n- Sim.. Eu.. Estou ótima! -sorri fraco.

Rindou- Fico feliz em ouvir isso.

S/n- Eu.. Obrigado.

Rindou- Pelo que?

S/n- Você ficou aqui comigo...

...

Enquanto se encaravam, ambos ouviram barulhos vindos do andar de baixo, vozes altas e agitadas preenchendo o ambiente.

Rindou- Quem está lá embaixo?

S/n- Não faço a mínima ideia..

Rindou- Vem, vamos lá. -passa por ela e a puxa pela mão sutilmente.

Curiosos e um pouco apreensivos, S/n e Rindou saíram do quarto e desceram as escadas em direção à sala, de onde vinham as vozes. Ao chegar lá, S/n ficou surpresa ao encontrar seu pai conversando com alguém, uma voz feminina que lhe era muito familiar.

Hyotaro- Ei, S/n! Olha só quem veio ficar uns dias conosco!

Ao olhar para a garota à sua frente, S/n sentiu uma onda de raiva e ressentimento invadir seu coração. Os longos cabelos pretos, os olhos azuis brilhantes e o rosto carregado de sarcasmo eram inconfundíveis. Era a mesma garota que S/n guardara tanto rancor ao longo de sua vida, agora diante dela.

S/n- Que merda você está fazendo aqui?!

Yumiko- Vim passar uns dias com a minha priminha preferida.. -sorri sarcástica e com um olhar estranho.

...

𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐌𝐌𝐀𝐍𝐃𝐄𝐑'𝐒 𝐆𝐈𝐑𝐋| Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora