Perdendo a Cabeça

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S/n estava sentada no banco de espera do hospital, ao lado de Mikey e os seus pais. E eles aguardavam notícias dos médicos em relação à Inoko.

O tempo passava rapidamente, Mikey cancelou todas as reuniões com sua gangue para estar ali com S/n, ele já havia perdido seu irmão e sabia exatamente o que S/n estava sentindo, embora nada confirmasse que algo ruim aconteceria.

Seu coração batia rápido e ela sentia uma sensação ruim dentro de si. Ela tentava segurar as lágrimas e os pensamentos negativos, mas não podia negar o desespero que sentia.

Horas se passaram em agonia, até que finalmente um médico vestido de branco e segurando uma prancheta se aproximou da família. Seu rosto era uma tela em branco, sem expressões que pudessem indicar boas ou más notícias.

Koemi e Hyotaro se levantaram com os olhos fixos no médico, seguidos por S/n, cujo coração batia descompassado dentro do peito. O silêncio na sala de espera era ensurdecedor.

O médico suspirou profundamente, como se carregasse o peso do mundo nos ombros. Seus olhos percorreram a família reunida, buscando as palavras certas para transmitir a notícia que ninguém queria ouvir. O ar estava carregado de tensão e desespero.

Com uma voz calma, mas repleta de tristeza, o médico começou a falar:

Médico- Lamento informar que... Inoko Agatsuma... Agora é um anjinho. -sorria de maneira dolorosa e logo abaixa a cabeça.

O impacto das palavras do médico foi como um soco no estômago para S/n. As lágrimas começaram a escorrer pelo rosto de S/n, enquanto ela tentava conter soluços angustiantes. A dor no peito era insuportável e a sensação de impotência tomava conta de todos ali presentes.

Nenhum consolo poderia aliviar a dor daquela notícia devastadora. O tempo parecia ter parado naquele momento, enquanto lidavam com a angústia e a incerteza.

S/n sentiu como se o chão se abrisse sob seus pés, seu mundo desmoronando diante de seus olhos. Seu coração batia descontroladamente, parecendo querer escapar do peito. As lágrimas inundaram seus olhos, embaçando sua visão e seu corpo começou a tremer incontrolavelmente.

Uma onda de desespero a engolfou, fazendo com que seus pensamentos se tornassem turvos e confusos. A sala de espera do hospital parecia se fechar ao seu redor, as paredes se aproximando como garras famintas. O ar se tornou pesado, difícil de respirar, e cada segundo parecia uma eternidade de angústia insuportável.

S/n agarrou-se ao braço da Mikey, buscando algum apoio físico para ancorá-la naquele turbilhão de emoções avassaladoras. Seu peito ardia de dor, como se estivesse sendo esmagado por um peso invisível. A sensação de perda irreparável a consumia, enquanto a realidade cruel se infiltrava em sua mente e coração.

As lágrimas escorriam incessantemente pelo rosto de S/n, suas mãos trêmulas tentando em vão enxugá-las. Soluços desesperados escapavam de sua garganta, ecoando pela sala. Ela sentia como se estivesse à beira de um abismo sem fim, perdida em um mar de tristeza profunda.

Hyotaro olhou para o chão e apertou os punhos, em passos pesados ele saiu dali, queria esconder mas agora ele chorava de ódio se sentindo o pior pai do mundo. Koemi foi atrás dele.

Mikey se agarrou a S/n, a mesma o abraçou com dificuldade nem conseguindo se mexer direito.

Ele tentava acalmar a tempestade dentro dela, oferecendo o apoio e o amor que tanto precisava. No entanto, a dor era tão intensa que parecia intransponível, como se nada pudesse aliviar aquele sofrimento insuportável.

S/n- Ela morreu... Morreu... Mikey... -fala descontrolada.

A voz de Mikey nem poderia ser escutada, sabia que dependendo do que ele falasse nada resolveria. Apenas fez com ela o que queria que tivessem feito quando foi a vez dele...

S/n sentiu um vazio profundo e avassalador, como se uma parte essencial de si mesma tivesse sido arrancada. Cada batida do coração parecia ecoar a ausência da irmãzinha, intensificando a sensação de solidão e desamparo. A tristeza era tão esmagadora que parecia impossível respirar sem sentir uma pontada aguda no peito.

As lembranças dos momentos compartilhados com a irmãzinha inundaram sua mente, trazendo um misto de lágrimas. Ela lamentava não ter dito todas as palavras de amor e apreço, não ter abraçado com mais força, não ter passado tempo suficiente juntas. A culpa a corroía por dentro, fazendo-a questionar se poderia ter feito algo para evitar essa tragédia.

Ela sentiu sua cabeça girar drasticamente, um ódio se fez presente dentro de seu ser. Logo ela se livrou de Mikey, ao se levantar ela sentiu o olhar dele queimar sobre ela.

Mikey- Ei.. Onde você vai?

S/n- Pra casa..

Mikey- Quer que eu te leve?

Ela saiu andando na frente e nem respondeu ele, logo pensou que seria melhor passar um tempo sozinha.

S/n saiu do hospital com a mente em turbilhão, uma mistura caótica de pensamentos e emoções. Sentia-se como se estivesse à beira da loucura, incapaz de distinguir entre o ódio e a tristeza que a consumiam.

Caminhando pelas ruas movimentadas, ela se sentia perdida em meio à multidão. Seu coração estava pesado, carregando o fardo das emoções conflitantes. O ódio pulsava dentro dela, dirigido à injustiça que havia acontecido, à dor que lhe foi infligida. Mas ao mesmo tempo, a tristeza a envolvia como uma névoa densa, trazendo lágrimas aos seus olhos.

S/n questionava sua própria sanidade, lutando para encontrar clareza em meio ao caos interno. As perguntas sem resposta martelavam em sua mente: por que isso aconteceu? Por que ela? Inoko era uma criança, o que ela fez para merecer isso? A confusão mental era avassaladora, deixando-a à beira do desespero.

S/n chegou em sua casa, encontrando-a vazia. Consumida pelo ódio que a dominava, ela perdeu completamente a cabeça.

Começou a jogar móveis e vasos de plantas, destruindo tudo que via pela frente. Nada parecia ser capaz de acalmá-la.

Em seguida, foi para seu quarto, onde continuou a onda de destruição. Sentia que estava perdendo a sanidade, enlouquecendo.

Ao se deparar com seu próprio reflexo no espelho do banheiro, viu seu rosto arruinado pelas lágrimas incessantes.

Começou a destruir também o banheiro que agora nem sequer parecia um banheiro...

O ódio se intensificou e ela desferiu murros no espelho, cortando suas mãos até que os cacos se espalhassem pelo chão do banheiro. A cena retratava a profundidade do ódio que a consumia, levando-a ao limite da sua sanidade emocional.

O sangue pingava, era como se ela não sentisse a dor... Estava psicologicamente destruída, querendo morrer.

Logo olhou para os cacos de vidro no chão do banheiro...

Sua mente já não tinha mais controle...

Quem sabe ela encontrasse uma saída...

𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐌𝐌𝐀𝐍𝐃𝐄𝐑'𝐒 𝐆𝐈𝐑𝐋| Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora