𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐌𝐌𝐀𝐍𝐃𝐄𝐑'𝐒 𝐆𝐈𝐑𝐋| Tokyo Revengers

Desespero

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S/n estava imersa em um sono profundo e tranquilo, envolta pelos lençóis macios que aconchegavam seu corpo exausto. Seu rosto sereno, iluminado pela luz suave que atravessava a cortina entreaberta, revelava uma expressão de paz e tranquilidade. Seus cabelos caíam suavemente sobre o travesseiro, como um véu de ébano.

Enquanto dormia, S/n estava imersa em um mundo de sonhos coloridos e surreais. As imagens dançavam em sua mente, criando um espetáculo onírico de formas e cores. Ela flutuava em meio a nuvens fofas e sorria enquanto os pássaros cantavam uma melodia suave ao seu redor.

No entanto, o silêncio sereno foi abruptamente interrompido pelo vibrar insistente de seu celular. O som estridente parecia romper a harmonia perfeita daquele momento. S/n, ainda sonolenta, abriu os olhos lentamente e esticou os braços com preguiça.

Com um suspiro resignado, ela alcançou o celular que repousava na mesa de cabeceira. Ao desbloqueá-lo, uma enxurrada de mensagens apareceu na tela. Seu coração acelerou ao perceber que todas elas eram do seu pai.

As palavras escritas com urgência saltaram aos olhos de S/n: "Venha correndo para o hospital! É sério!" As letras se misturaram em sua mente, formando uma tempestade de preocupações e questionamentos.

Sem perder tempo, S/n se ergueu da cama, deixando para trás a sensação reconfortante do sono. Mikey, despertou com o movimento repentino e abriu os olhos, fitando-a com curiosidade e uma pitada de preocupação.

Mikey- S/n? Aconteceu alguma coisa?

S/n- Mikey, me deixa no hospital?

Mikey- Ei.. Tudo bem? Por que o hospital?

S/n- Meu pai mandou eu ir correndo para lá..

Mikey se levantou da cama ainda sonolento, depois de um tempo eles já estavam prontos e saíram da casa.

S/n a subiu na garupa. Com habilidade e destreza, ele deu partida na moto e acelerou pelas ruas, cortando o vento frio da madrugada.

A adrenalina corria pelas veias de S/n enquanto ela segurava firme em Mikey, confiando em sua habilidade como piloto. A cidade passava em um borrão de luzes e sons, enquanto eles se aproximavam rapidamente do hospital.

Assim que chegaram, Mikey estacionou a moto com destreza, desligando o motor com um leve toque no botão. S/n saltou da garupa e os dois entraram apressadamente no hospital, em busca de respostas para aquela angustiante mensagem.

Os corredores do hospital pareciam intermináveis, cheios de pessoas apressadas e enfermeiros que se moviam freneticamente. S/n sentia seu coração bater ainda mais rápido enquanto procurava desesperadamente pelo rosto familiar de seu pai.

Finalmente, avistou Hyotaro e Koemi sentados em umas cadeiras do corredor. Koemi estava com as mãos na cabeça, olhando fixamente para o teto como se buscasse respostas nas paredes brancas. Hyotaro parecia inquieto, andando de um lado para o outro, seus olhos revelando uma mistura de ansiedade e preocupação.

S/n se aproximou rapidamente dos dois, sentindo um misto de alívio por encontrá-los e uma nova onda de apreensão ao ver a expressão no rosto deles. O silêncio pesado pairava no ar.

S/n- Pai!

Hyotaro- Ainda bem que você chegou...

Hyotaro olhou para ela e Koemi fitou o garoto que a acompanhava.

Logo S/n se tocou.

S/n- Pais, esse é o Mikey meu namorado...

Koemi- Sabemos quem ele é, S/n..

Mikey- Oi, tio! -fala sereno.

Hyotaro não disse nada, apenas cumprimentou Mikey com a cabeça. Koemi nem se atreveu a olhá-lo por mais tempo.

S/n- O que aconteceu...?

S/n logo sentiu a ausência de uma pessoa.

S/n- A Inoko não está com vocês? Ela está com o Jinki em casa?

O olhar de seu pai indicava que algo horrível havia acontecido...

S/n, com o coração acelerado e as mãos trêmulas, seguiu seu pai pelo corredor do hospital, puxando Mikey ao seu lado. A ansiedade tomava conta dela enquanto eles se aproximavam da janela que dava para um dos leitos.

Ao chegar à janela, S/n prendeu a respiração ao ver sua irmãzinha deitada na maca. Seu rosto estava pálido e havia fios conectados a seu corpo, monitorando seus sinais vitais. O som dos monitores ecoava no quarto, criando uma atmosfera tensa.

S/n sentiu um nó na garganta, tampou a boca com as mãos que agora tremiam...

S/n- Ah... Pai... A Inoko... O que aconteceu?

Hyotaro- Manjiro, a Toman também tem assuntos pendentes com a Mirukara, não é?

Mikey- Como você sabe que eu sou da Toman? -fita ele com os olhos.

Hyotaro- Eu sei de tudo, agora me responda...

Mikey- A Mirukara tem ameaçado a segurança da gangue, além de prejudicar as famílias de vários dos meus membros.

Hyotaro- Inoko só está desse jeito pois Oimo sentiu raiva do último ocorrido, S/n ele queria se vingar de nós... E principalmente de você, por ser filha minha, e também ser a namorada do líder de outra gangue rival.

Do jeito que ele falava, Mikey conseguiu entender que Hyotaro também tinha haver com gangues..

S/n- Disseram quando vão... Liberar as visitas?

Hyotaro- Não disseram nem se ela.. Iria sobreviver.

S/n arregalou os olhos olhando pela janela, Mikey apertou a mão dela sentindo o quanto ela ficou assustada com a notícia.

No mesmo instante os aparelhos dentro do leito começaram a apitar, olhando pelo televisor aparentemente o coração de Inoko havia parado.

Vários médicos correram para dentro da sala batendo a porta, muitos gritavam:"DROGA! NÓS VAMOS PERDÊ-LA! " "CADÊ O CHOQUE?! TEMOS QUE REANIMAR ELA! ".

Eles estavam desesperados...

Um dos médicos viu que tinham expectadores e logo foi fechar a cortina da janela.

Uma sensação ruim tomou conta de S/n, era como se seu mundo tivesse caído, deu passos para trás negando com a cabeça.

S/n- Ah.. Não... Não... Não.. Não... Não! -fala negando enquanto se afasta, ela sentou no chão escorada na parede tentando se acalmar.

Mikey se abaixou ao lado dela, tentando acalmá-la... O clima ficou pesado.

Só então Hyotaro viu o quanto Mikey era cuidadoso com ela, o quanto se importava... Aparentemente ela estava em boas mãos, quem sabe ele não corresse o risco de perder outra filha... Já que ele sentia que Inoko não sobreviveria...