Os caras da Moebius

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S/n, estava se preparando para ir embora após o sino da última aula tocar. O dia tinha sido terrível para ela, pois Mikey não compareceu à escola e ela sentia sua falta, tornando tudo mais triste. Com sua mochila nas costas, ela caminhava pelo corredor quando de repente uma bolinha de papel foi jogada em sua direção. Ela olhou ao redor e identificou o responsável: um estudante do terceiro ano conhecido por ser membro da gangue Moebius.

Cheia de raiva, S/n pegou a bolinha de papel e desdobrou o conteúdo escrito nele: "Cadela da Toman" Ao ler as palavras ofensivas, seu olhar se encheu de ódio enquanto encarava o autor do ato. Os amigos dele começaram a rir, aumentando a humilhação que S/n sentia.

Os outros alunos também riram e aquilo foi a gota d'água.

X- Olha a putinha do Mikey!

Xx- Não! Cadela da Toman!

Eles inventavam milhares de apelidos. Com o coração acelerado e as veias pulsando de adrenalina, S/n sentiu-se consumida pela fúria. Seus olhos brilhavam com enquanto ela cerrava os punhos com força, tentando conter a explosão de emoções que a dominava. Cada risada e apelido lançado contra ela era como um fio que alimentava sua raiva, alimentando sua vontade de confrontar aqueles que a haviam humilhado.

Em um impulso repentino, S/n largou sua mochila no chão, simbolizando seu desprendimento de qualquer peso emocional que a segurasse. Ela deu um passo em direção ao membro da gangue Moebius, seus passos firmes ecoando pelo corredor vazio. Os outros estudantes, surpresos e curiosos, formaram uma espécie de círculo ao redor, ansiosos para presenciar o desfecho dessa tensa situação.

Sem pensar duas vezes, S/n partiu para cima do rapaz com uma mistura explosiva de raiva. Seus punhos voaram em direção ao alvo, buscando descontar toda a frustração acumulada naquele dia horrível. Cada golpe desferido era uma manifestação física do seu desejo de justiça e de não se deixar intimidar por ninguém.

Enquanto os socos e empurrões se sucediam, o ambiente se encheu de tensão. Os outros membros da Moebius que acompanhavam o garoto tentaram intervir para proteger seu colega, mas S/n estava determinada a fazer-se ouvir e a mostrar que não seria mais uma vítima de suas provocações. O corredor se transformou em um cenário caótico, com gritos, exclamações e o som dos corpos colidindo.

No meio da confusão, S/n sentia-se simultaneamente poderosa. Ela sabia que estava arriscando enfrentar as consequências de suas ações, mas a necessidade de se defender e reafirmar sua dignidade era mais forte do que qualquer medo. A cada golpe desferido, ela sentia uma mistura de alívio e exaustão, como se estivesse libertando uma parte de si mesma que havia sido silenciada por muito tempo.

Podia se ouvir barulhos de ossos quebrando, cada um que se intrometia tinha o mesmo destino que muitos ali que entraram no meio.

Seus punhos já estavam machucados, era algo maravilhoso descontar sua raiva. O sangue escorria pelo chão e com certeza não era o dela.

Ela estava descontrolada, ao redor haviam vários estudantes.

Enquanto o caos se desenrolava, os outros estudantes assistiam atônitos, sem saber como reagir diante dessa explosão de emoções. Alguns torciam secretamente por S/n, admirando sua coragem para enfrentar aqueles caras que eram três vezes o tamanho dela. Outros sentiam-se desconfortáveis com a violência do confronto e ansiavam pelo fim daquela situação.

Por fim, a força física e emocional de S/n começou a fraquejar. Seu corpo exausto implorava por descanso, enquanto sua mente clamava por paz. Com um último olhar desafiador para o membro da gangue Moebius, ela recuou lentamente, deixando o corredor em silêncio tenso.

O homem e seus colegas estavam estirados no chão em uma situação lamentável, era algo terrível de se ver.

Ela pegou sua mochila no chão e colocou sobre os ombros, abriram espaço para ela passar e a mesma foi embora.

Assim que saiu da escola, logo notou o carro ali fora. Foi até ele e pela janela ela bateu de leve no vidro.

Jinki abriu a janela e no fundo do carro pôde ver Inoko que já havia saído da escola mais cedo que ela.

S/n- Jinki, podemos passar na farmácia?

Jinki- Você está bem?

S/n- Sim, não foi nada de mais.

S/n entrou no carro e logo passaram na farmácia, S/n comprou algumas coisas para fazer os curativos.

Não demorou para chegarem em casa e assim que S/n entrou elas passaram pela sala onde estavam Hyotaro e Koemi.

Hyotaro- Ei! Como foi a aula?

S/n passou rápido mas ainda sim deu para perceber que ele estava com os punhos sangrando e havia sangue em suas vestes.

Koemi- Ei, Jinki.. O que aconteceu?

Jinki- É uma boa pergunta, quando fui buscá-la ela já estava assim.

...

Hyotaro- Ei, Inoko.. É para você. -entrega uma caixinha colorida.

Inoko- O que é isso?

Hyotaro- Abra.

Inoko abriu o presente e logo tirou de lá uma ferrari de controle remoto, os olhos dela brilharam.

Inoko- É lindo! Obrigado!! -pula animada.

Hyotaro- Que bom que gostou.

Koemi- Será que S/n está muito machucada?

Inoko- É normal.

Koemi- O que?

Inoko- Ela está assim é normal.

Jinki- O que quer dizer?

Inoko- Várias vezes, quase sempre.. Ela chegava em casa assim. A mamãe já teve que ir várias vezes à escola por causa disso, a S/n briga na escola e principalmente na rua, eu não sei porque. Lembro de uma vez quando íamos ser assaltadas, ela bateu nos caras! -fala dando soquinhos no ar imitando ela- Ela parecia uma super-heroína! -fala com admiração.

S/n- INOKO!! CORRE AQUI! -chama ela lá do andar de cima.

Inoko- JÁ VAI! -saí correndo da sala.

Koemi- Que surpresa.. Parece que temos uma cópia sua Hyotaro.

Hyotaro- Calado. Eu não era antissocial, grosseiro e muito menos arrumava briga nessa idade.

Jinki- Você era sim, no nosso tempo de escola você era exatamente como ela.. S/n tem a quem puxar.

Hyotaro- Por que estão me comparando com ela? -cruza os braços.

Koemi- Porque parece!

𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐌𝐌𝐀𝐍𝐃𝐄𝐑'𝐒 𝐆𝐈𝐑𝐋| Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora