Verdades

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Ao despertar lentamente, a jovem permitiu que seus olhos se abrissem gradualmente, piscando ocasionalmente para se adaptar à intensidade da luz

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Ao despertar lentamente, a jovem permitiu que seus olhos se abrissem gradualmente, piscando ocasionalmente para se adaptar à intensidade da luz.

Finalmente, ao abrir os olhos por completo, ela se ergueu na cama e esfregou-os bocejando. Seu olhar pousou então em uma poltrona no quarto, onde avistou Manjiro, cujo rosto apresentava uma expressão mais séria do que o habitual.

Ele suspirou e, ao olhar para o colo dele, a moça avistou uma caixa - a mesma caixa que Oimo havia enviado para ela. Nesse momento, seus olhos se arregalaram e ela sentiu seu coração disparar.

" Ele achou a caixa?! O que eu vou falar para ele?! "

Manjiro- Bom Dia, flor do dia...

S/n- Bom Dia. -prende o ar levemente.

Manjiro- Você disse que... Não tinha nada acontecendo...

S/n- Mikey, eu.. Posso explicar.

Manjiro- Não precisa, eu explico para você.

S/n- Por favor.. Mikey.

Manjiro- Agora quem fala sou eu!

...

Manjiro- Eu sei o que é verdade e o que não é. Então não minta para mim nas perguntas, meu amor.

...

Manjiro- Porque você saiu da cama ontem à noite?

S/n- Eu fiquei com fome.

Manjiro- Hm.. Mas demorou demais, não acha? Você terminou de comer às duas e meia da manhã, o que você fez depois disso?

"Ele sabe os horários?! Que porra... "

S/n- Quando eu estava voltando para o quarto, a campainha tocou, pela janela eu vi alguém correndo para um carro... Depois eu fui até a porta e quando eu cheguei eu vi o carro acelerando.

Manjiro- Então você levou a caixa para dentro, abre a caixa e blá-blá-blá... -suspira pesado- Acho que não preciso ler o conteúdo da carta, não?

...

Manjiro- Por que você não me contou?

...

Manjiro- Eu te fiz uma pergunta, e eu espero a resposta dela, você só saí daqui quando responder.

S/n- Eu fiquei com medo, eu não queria que você soubesse porque eu sei que você tomaria medidaa drásticas.

Manjiro- Por que você ficou com medo de uma coisa tão óbvia?

S/n- Ele foi o responsável pela morte do meu pai, e dos meus irmãos, além de ter matado o Subaru e a Tomomi. Eu não quero que aconteça a mesma coisa com você, eu só tenho você agora, Mikey... -fala com os olhos marejados.

Manjiro- Você pensou que poderia me perder, mas, já parou para pensar que eu também só tenho você? Só temos um ao outro agora, Agatsuma.

S/n- Eu sei..

Manjiro fez um sinal com a mão para que S/n fosse até ele, e assim a mesma fez. Ficou de frente para a poltrona mas logo apoiou apenas o joelho no meio das pernas dele até que se sentasse por completo no colo do platinado.

Manjiro- Desde quando nós dois guardamos segredos?

S/n- Não sei, me diz você... Deve esconder vários de mim.

Manjiro a fuzilou com os olhos percebendo que aquela era apenas uma provocação da parte dela mas ainda sim não deixou de ficar irritado, e o pior era que... Ela estava certa.

Manjiro- Eu não quero que você esconda mais nada de mim, dessa vez eu não vou fazer nada, mas da próxima vez que esconder mais alguma coisa eu não responderei por mim.

S/n- Por que fala tanto de mim sendo que você também não me contou tudo? "Desde quando nós dois guardamos segredos? "

Manjiro- Você quer mesmo saber dos meus segredos, Agatsuma?

S/n- O que você acha?

Manjiro- Eu matei o Suguru, coloquei um espião na Taminiki para conseguir informações, mas acabei usando ele para espionar você. Eu acabei cortando alguns fios do carro que você estava e isso resultou no defeito do carro, e por isso Koemi e Jinki estão mortos, o tiro que o policial acertou na roda não passou de uma ajuda... -dá uma pausa.

Mikey, com uma expressão angustiada, decidiu finalmente revelar os segredos que havia guardado por tanto tempo. Enquanto ela estava sentada em cima dele, desfrutando de um momento de intimidade, Mikey começou a despejar palavras carregadas de significado e dor. Cada frase que saía de sua boca era como uma faca perfurando o coração dela.

Ela sentiu seu corpo tremer involuntariamente, incapaz de processar completamente o impacto daquelas revelações. A incredulidade tomou conta dela, misturada com uma tristeza profunda. Os olhos marejados refletiam a mágoa que se instalava em seu coração.

Sem conseguir suportar a proximidade de Mikey, ela se levantou abruptamente e deu alguns passos para trás, afastando-se dele. A distância física parecia insuficiente para afastar a avalanche de emoções que a consumia. A raiva começou a tomar conta dela, fervendo em seu interior.

Enquanto isso, no andar de baixo da casa, Sanzu, Ran e Rindou retornaram de uma missão exaustiva. Os três deixaram-se cair no sofá da sala, buscando um momento de descanso merecido. Sanzu, com um ar cansado e resignado, abriu uma pequena caixinha de remédios. Talvez fosse para aliviar alguma dor física ou simplesmente para encontrar um momento de tranquilidade em meio ao caos emocional que os cercava.

Ran- Se você começar a tomar essas merda eu vou enfiar essa caixa de remédios no seu cu.

Sanzu- Aqui ó... -mostra o dedo para ele debochando.

Sanzu, ao tomar os remédios, despertou a ira de Ran, que se levantou furioso em sua direção. No entanto, antes que qualquer coisa pudesse acontecer, eles ouviram gritos vindos do andar de cima, reconhecendo a voz dos Chefes. Ambos pararam e observaram um ao outro enquanto objetos eram arremessados e barulhos ensurdecedores preenchiam o ambiente.

Sanzu- Achei que eles eram o casal perfeito... -fala perdendo o brilho nos olhos e ficando visivelmente triste.

Ran- Seu drogado! Espero que você morra de overdose!

Rindou- Tava demorando...

Uma breve luta parece ter ocorrido, mas, dado o conhecimento de defesa dos dois Chefes, a situação logo se acalmou. A porta do quarto foi aberta e passos pesados ecoaram pelo corredor. S/n continuava a gritar coisas indistintas no andar de cima.

Nesse momento, Mikey entrou na sala e passou rapidamente por eles em direção à porta, deixando a casa visivelmente irritado e batendo a porta.

Ran- Fazia tempo que eu não via ele irritado.

Sanzu- Ele tava sangrando? -olha as manchas no chão.

Rindou se levantou do sofá e saiu da sala.

Ran- Ei! Onde você vai?!

Rindou- Ver se ela está bem.

Ran- É... Parece que a preocupação do Rindou com ela não mudou, mesmo depois de muito tempo. -fala se lembrando.

Quando prestavam serviços na casa da família Agatsuma, Rindou e S/n ficaram muito próximos, não deu para saber se eles tiveram algo um com o outro mas a proximidade deles era suspeita, até o dia em que Hyotaro morreu, desde então eles nunca mais se viram já que S/n ficou temporariamente fora do país e depois voltou com a Taminiki dez vezes maior que antes disposta a ter o domínio de Tókio.

𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐌𝐌𝐀𝐍𝐃𝐄𝐑'𝐒 𝐆𝐈𝐑𝐋| Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora