𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐌𝐌𝐀𝐍𝐃𝐄𝐑'𝐒 𝐆𝐈𝐑𝐋| Tokyo Revengers

Saudades

S/n encarava Manjiro com um semblante sério no restaurante, enquanto ele a observava de forma estranha, criando um silêncio perturbador.

Discretamente, S/n puxou uma cordinha de sua bolsa para alertar Koemi sobre a sujeira na barra, sabendo que era apenas uma questão de tempo até ele chegar. O garçom já não estava mais presente, então S/n abriu o papel que Manjiro havia enviado, lendo atentamente suas palavras. No bilhete estava escrito: "Você é minha... Não é mesmo, Agatsuma?" Ela dobrou o bilhete e o guardou na bolsa, questionando por que ele decidira expressar isso depois de tanto tempo.

Será que ele ainda queria algo com ela? S/n só desejava sair dali, apesar de ainda sentir algo por ele. Ela não podia negar que estava magoada por ele não ter confiado nela, ansiando pela sua confiança novamente. Sem sequer tocar na taça de vinho, S/n se levantou da mesa determinada a deixar o restaurante. No entanto, ao dar um passo para trás, ela esbarrou em um homem alto que bloqueava seu caminho. Ao se virar para identificá-lo, ela se deparou com Ran, mas algo estava diferente nele - seus cabelos curtos e pintados. Outro homem se aproximou por trás dela, também alto, e S/n o reconheceu como Rindou. Ambos a cercaram, impedindo sua passagem.

Rindou- Shiu.. Quietinha, senhorita Agatsuma.

Ran- Como uma boa garota você vai calada até a saída, nós três vamos sair normalmente como se nada estivesse acontecendo, se você gritar ou fizer qualquer coisa para fugir eu tenho ordens diretas do chefe para botar seus miolos para fora da sua cabeça.. -fala indicando que está armado.

S/n- E o que garante que você vai me matar?

Ran- Está duvidando de mim?

S/n- Entenda como quiser, Haitani.

Rindou- Anda logo! -empurra ela levemente.

S/n manteve uma expressão de superioridade e ambos saíram do restaurante normalmente. Enquanto caminhavam pelas ruas, acabaram entrando em um beco sem saída, com Ran e Rindou bloqueando a passagem. Passos foram ouvidos e eles abriram caminho, revelando membros da Bonten. Manjiro estava lá, acompanhado por um homem de cabelos curtos e cicatriz no rosto, outro de cabelos longos e platinados, e outro de cabelos rosados. Manjiro passou pelos demais e começou a observar S/n de cima a baixo, seus olhos brilhando enquanto a analisava como um predador.

Manjiro- Largue a bolsa no chão, querida...

S/n revirou os olhos e, como ele ordenou, colocou a bolsa no chão e o olhou com desdém.

Manjiro- Muito bem.. Agora esvazie os bolsos e tire a arma de dentro do terno.

Ele sabia...

Ela suspirou com desgosto e fez o que ele mandou, jogou seus pertences no chão juntamente com um revolver e um munitor lacrado.

Manjiro- Eu vou te dar uma ordem, e negar não é uma opção...

S/n- Vá se ferrar, Manjiro...

Manjiro- Que boquinha suja. -nega e a olha com reprovação.

...

Manjiro- Você vai vir comigo por livre e espontânea vontade, juntos vamos até a fortaleza da Bonten e lá formaremos uma aliança entre a Taminiki e a Bonten, a transformando em uma só. E então seremos só eu, você, e o nosso Império.

Sanzu- E eu! -levanta o braço animado.

Manjiro se virou para ele com o olhar de reprovação, o olhar de Manjiro foi tão intenso e frio que Sanzu se encolheu e ficou quieto.

Sanzu- Desculpa...

S/n- Não.

Manjiro reage com frieza ao ouvir a negação e se aproxima dela, segurando-a pelos pulsos e colocando-os acima de sua cabeça. Ele a encara com raiva intensa, seus olhos transmitindo uma sensação ameaçadora.

Manjiro- Eu disse "NEGAR. NÃO. É. UMA. OPÇÃO!! "-fala fazendo pausas.

S/n- Eu não posso acreditar que depois de tanto tempo você voltou, e está atrás de mim novamente... Por que?

Manjiro- Não importa o porquê. O que importa é que eu vou levá-la comigo, por bem ou por mal.

S/n o olhou incrédula, logo ele se aproximou dela e roubou os lábios dela à força. A mesma fechou os olhos com força e tentou se soltar do beijo, mas ele não permitiu, o coração dela acelerou e, aos poucos, ela foi aceitando o beijo chegando à retribuir.

Nesse momento, os homens começaram a se olhar, desviaram o olhar da cena, Sanzu queria rir, os olhos dele estavam vermelhos indicando que ele havia usado alguma coisa, tentou não rir ao máximo. Nenhum deles queria olhar para a cena, era meio... Estranho ficar de vela para o chefe.

Sanzu ia rir alto ou falar algo quando Rindou chegou por trás dele e tampou a boca do mesmo, impedindo de sair algum barulho. Só conseguia escutar o barulho baixo deles se matando, Rindou tentando segurar Sanzu que estava drogado de mais para se dar conta dos seus feitos.

O tanto que S/n sentia saudades daquele beijo não estava escrito..

Até que conseguiram ouvir disparos, estavam atirando na direção deles. Manjiro se virou rapidamente, todos se abaixaram no chão para impedir de serem acertados. Manjiro iria abraçar S/n e forçá-la a ficar por baixo dele, mas não deu tempo, quando ele menos percebeu ela nem estava mais ali, e sim saindo do beco.

Ran- HAJIME! VAI ATRÁS DELA! NÃO DEIXA... -é interrompido.

Manjiro- NÃO!

Todos olharam para ele..

Manjiro- Deixe que ela vá...

...

...

....

...

...

Eu adoro uma caçada. -toca os lábios levemente excitado com o beijo

~

Koemi- ISSO É... LOUCURA! POR QUE CARALHOS O SANO QUER UNIR AS DUAS GANGUES?!

S/n- Não faço a mínima ideia...

" Na verdade eu faço sim, ele não quer apenas unir as duas gangues, ele me quer de volta.. "

Koemi- Você.. Está pensando de mais, tem algo que você não me contou? O Sano falou mais alguma coisa?

S/n- Não..

"Sim"

Koemi- A partir de agora eu não quero que você ande sozinha, eu e o Jinki sempre estaremos com você.

S/n- Eu não preciso de...

Koemi- Precisa sim!

S/n- EU não sou uma...

Koemi- S/N Agatsuma Weeacher! Eu Jurei Para O Hyotaro Que Iria Te Proteger, E Você Querendo Ou Não, É Isso Que Eu Vou Fazer!

S/n- Como quiser...

Ele se aproximou dela e a envolveu em um abraço que foi retribuído.

Koemi- Eu só quero que você fique segura, Abelhinha...

S/n- Sim senhor, papai...