𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐌𝐌𝐀𝐍𝐃𝐄𝐑'𝐒 𝐆𝐈𝐑𝐋| Tokyo Revengers

Sensação ruim

Enquanto disparos ecoavam pela sala, a mulher em frente usava um vestido preto um pouco justo e longo de alças finas e delicadas. Seus cabelos caíam sobre o rosto e seu sapato estava agora sujo de sangue.

Ela encarou a mulher caída no chão e, em seguida, levantou a cabeça e deu as costas para ela. Caminhou pelos corredores do prédio, seus saltos fazendo um barulho no chão. De repente, sua cabeça começou a girar e ela se apoiou na parede, esfregando os olhos para ficar acordada.

S/n- ah... Merda... -toca a cabeça tentando normalizar a visão.

Desatenta, não percebeu um homem se aproximando por trás. Ele pulou sobre seus ombros, mas ela reagiu batendo as costas na parede para se livrar dele. Durante a luta, outra pessoa ajudou a afastar o homem de cima dela.

O homem foi jogado no chão por um platinado com olhos mortais. Mais disparos foram ouvidos e ela fechou os olhos com força, apoiando-se na parede enquanto Mikey atirava diversas vezes no homem à frente.

A sirene da polícia começou a tocar e o platinado agarrou seu pulso, ambos correndo pelos corredores até o local de fuga onde um carro os esperava. Ran, acelerou enquanto Kokonoi mexia em uma bolsa de dinheiro ao seu lado. Seus olhos brilhavam a cada nota contada, pois aquela quantia era a coisa mais linda aos seus olhos. Assim que entraram no carro, Ran acelerou e em pouco tempo estavam longe.

Ran- A polícia nem sequer chegou até nós.

Kokonoi- Chegando ou não eu não me importo, desde que eu esteja com a parte do dinheiro tudo está sob controle.

A mulher, viu-se subitamente tomada por uma sensação avassaladora, seu coração pulsando freneticamente em seu peito, enquanto sua respiração, outrora tranquila, se agitava em um ritmo descompassado.

No interior do veículo, onde o diálogo entre Kokonoi e Mikey ecoava, apenas Ran, atento ao retrovisor, presenciou a batalha interna que a jovem travava para se manter de pé, ciente de que ainda havia um destino a ser alcançado além dali.

Contudo, o cansaço e os efeitos dos medicamentos fizeram com que seus olhos se fechassem involuntariamente, entregando-se ao sono que logo a envolveu. E assim, seu corpo encontrou apoio no ombro de Manjiro, cuja percepção aguçada captou prontamente a mudança em seu estado.

Intrigado com a rapidez com que ela havia adormecido, o jovem não tardou em notar o arrepio gélido que percorreu seu corpo por um breve instante. Era uma reação típica dos remédios que a faziam transpirar frio durante o sono. Diante dessa constatação, uma mescla de preocupação e resignação tomou conta de Manjiro, levando-o a soltar um suspiro carregado de sentimentos ambíguos.

Mikey- Ran, mude a rota.. Nós vamos para casa.

Ran- Certo..

~

A mulher estava deitada na cama, imersa em um sono profundo que durava há muito tempo. De tempos em tempos, ela abria os olhos rapidamente, como flashes de consciência fugazes. Sua mente estava cheia de lacunas e ela não conseguia lembrar-se de muitos detalhes.