Calmaria

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Eu estava parado no sinaleiro, esperando pacientemente pela luz verde. O dia estava triste, uma atmosfera melancólica pairava no ar, como se o mundo ao meu redor tivesse perdido a cor. À minha frente, havia um lugar onde acontecia um velório.

Enquanto observava as pessoas entrando e saindo do local, pude notar um jovem garoto chorando desesperadamente. Seu pranto era tão intenso que parecia carregar toda a dor do mundo. Foi então que ouvindo as pessoas ao redor eu entendi que ele havia perdido sua namorada. A tristeza que emanava dele era familiar para mim, pois já passei por algo semelhante quando perdi S/n.

Aquele dia para mim foi como se toda a dor do mundo estivesse ficado sobre os meus ombros, quando eu finalmente havia encontrado a única garota que eu amei de verdade em toda a minha vida era como se fizessem de tudo para tirá-la de mim.

No entanto, mesmo diante dessa atmosfera de tristeza, encontrei consolo na presença reconfortante de S/n ao meu lado. Ela estava ali comigo, dormindo tranquilamente na garupa da moto. Seu rosto repousava suavemente em minhas costas enquanto a observava pelo retrovisor.

Aquele dia foi há uma semana atrás, S/n estava ficando em minha casa temporariamente, como ela era menor de idade, estariam supostamente tentando entrar em contato com algum parente e então ela seria levada para um tutor apropriado.

S/n prestou depoimento na delegacia e testemunhou contra sua própria mãe que foi levada para um hospital psiquiátrico com índice de psicopatia, se eu soubesse tudo o que S/n tinha passado até chegar aqui eu jamais deixaria ela pisar naquela casa novamente, mas agora eu sei que ela está bem... E que ficará bem.

FLASHBACK

Mitsuya- Eu sinto muito por isso ter acontecido.. De verdade.

Mikey- Não vai me dizer que ela..

Mitsuya- O que? Não!

Mikey- E cadê ela!?

Mitsuya- Ela está ali.. -aponta para uma ambulância que tinha as duas portas de trás abertas.

S/n estava sentada dentro da ambulância enrolada em um cobertor enquanto encarava o nada, ao lado dela estava Inoko que conversava com uma mulher que era a psicóloga do corpo de bombeiros que se esforçava para acalmar a pequena que estava em pânico. As duas estavam molhadas, a chuva havia acabado com tudo.

Já S/n...ela tinha o olhar vazio e sem emoções, era como se ela fosse apenas uma casca oca, sem sentimentos e com um vazio dentro dela.

Eu corri rapidamente até ela, os policiais tentaram me segurar, mas foi inútil.

Me aproximei dela, que assim que me olhou um brilho parecia ter voltado a fazer parte de seus olhos.

S/n- Mikey!

A mesma se levantou da ambulância deixando o cobertor cair se seus ombros e veio correndo até onde eu estava, eu sentia ela tremendo e não era de frio, ela estava com medo, eu confesso que também estava com medo... Eu tive tanto medo de perdê-la que eu quase não tinha reação naquele momento.

Mikey- Ah, que bom... -fala quase inaudível.

Eu tentava esconder, mas não podia negar que se tivesse perdido ela, se tivesse acontecido algo com a minha S/n eu iria perder a cabeça, eu iria ficar louco...

NA DELEGACIA/ SN...

Delegado- Sabemos que sua mãe pagou para provocarem o incêndio, mas o que mais acontecia antes disso? A sua irmã mais nova nos contou que passaram por maus bocados.. E crianças não mentem.

...

S/n- Ela quase me matou...

Delegado- Quase te matou?

S/n- Eu tive uma overdose e quase morri, tudo na frente da minha irmãzinha de seis anos.

Delegado- E.. Quem foi o culpado?

S/n- A mulher que se diz minha mãe... -responde com a voz falha.

Um silêncio caiu sobre a sala da delegacia, os policiais ficaram perplexos com o que ouviram...

Depois de longas horas contando tudo e revivendo traumas do passado eu finalmente fui liberada, assim que saí da sala eu pude ver Mikey brincando com Inoko, eu me sentia muito feliz em ver que eles se davam bem, e Inoko gostava muito mesmo de Mikey, ela já chegou a me trocar para ficar com ele.

Mikey- Esta tudo bem?

S/n- Sim, está.

Inoko- A gente vai ficar bem, irmãzona?

S/n- É claro que vamos...

Inoko- A gente não vai se separar do Mickey né?

Mikey olhou para ela e inflou as bochechas com a maneira que ela o chamou.

Mikey- É Mikey! Não Mickey..

Inoko- É Mickey! Mickey Mouse! -fala animada e começa a rir.

Mikey- É Mikey!

Eles agora discutiam feito duas crianças, e na verdade eram, Mikey era um bebezão! Não muito diferente de uma criança.

Soltei uma risada sincera em frente aquilo e foi o bastante para Mikey me olhar como se aquilo fosse a melhor coisa de se escutar vinda de mim.

Ele amava a minha risada... Por mais estranha que fosse.

𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐌𝐌𝐀𝐍𝐃𝐄𝐑'𝐒 𝐆𝐈𝐑𝐋| Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora