Chapter 123 🦋 Batizado, pt. 2

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Victor Augusto
25/06 – Sábado
08:00h

Eu já tinha acordado a pouco tempo, mas Bárbara ainda dormia tranquilamente no meu peito, enquanto eu fazia carinho em suas costas.

Hoje era o batizado dos meus irmãos, que Bárbara ia ser madrinha e eu padrinho. Eu fiquei até chocado quando meu pai deu a notícia, mas eu até entendia o porquê. Nunca consegui visitar meus irmãos em sua casa, pois moravam em Nova Iorque. A única vez que eu os vi depois de nascerem foi naquele jantar terrível no ano passado.

Mesmo eu sendo distante e com a enorme diferença de idade, meus irmãos sempre pegavam o celular do pai para me ligar, sempre faziam força de manter contato comigo. Isso acabou incluindo Bárbara, e arrisco dizer que eles gostam mais dela do que de mim. Quando me ligam, só sabem perguntar de Bárbara e como querem encontrá-la. Por isso a escolheram como madrinha, e eu como padrinho.

O que eu achei ainda mais interessante foi que meu pai e Kelly não negaram o pedido dos filhos e deixaram eu e Bárbara como padrinhos, mas isso com certeza deu briga.

O que eu me preocupava agora era com apenas uma coisa: a família do meu pai. A parte paterna dos meus parentes sempre foi muito detestável. Eu detesto sua presença e detesto a forma como tratavam minha mãe. Sempre me trataram muito bem, mas minha mãe nunca foi aceita na família. Kelly já era a queridinha da família. O fato de eu e Bárbara sermos padrinhos dos meninos com certeza gerou conflitos dentro da minha família paterna, já que esperavam que os escolhidos fossem da família deles e não eu.

Eu temia que tratassem Bárbara como tratavam a minha mãe. Sei o quanto ela é insegura e ansiosa, e sei que vai tentar causar a melhor impressão pros meus parentes, e sei que ela vai ficar chateada se a tratarem mal, não por seu comportamento, mas apenas por recalque.

Ela começou a se mexer na cama e me abraçou mais. Virei para ela, que abria os olhos devagar, com sono. Sorri, enquanto ela acordava. Ela finalmente abriu os olhos por completo, e sorriu pra mim.

— Bom dia, lindo. - ela disse, sonolenta.

— Bom dia, meu anjo. – respondi.

Ela sorriu e abraçou meu pescoço, deixando um leve beijo nele. Fechei os olhos, aproveitando a incrível sensação.

— Eu te amo. – ela sussurrou no meu ouvido e eu sorri.

— Eu também te amo, meu anjo.

Puxei seu queixo para mim e selei seus lábios nos meus. Meus lábios acariciavam os seus de maneira leve e suave, mas logo foi aprofundado para algo mais intenso. Logo minha língua já explorava sua boca e eu amava aquela sensação. Minhas mãos rodeavam sua cintura e ela acariciava meu pescoço levemente.

Nossos beijos iam e vinham, às vezes se tornavam mais suaves e logo depois mais intensos. Eu amava beijá-la. O tempo parava quando seus lábios estavam nos meus. Embarcávamos de novo naquela onda de sensações, quando o telefone tocou. Ela se soltou de mim e riu, mas eu sessei suas risadas com um selinho e logo depois mais um beijo suave, mas ela parou de novo e riu mais.

─ Atende! – ela ria, enquanto falava.

Fiz uma cara triste e ela riu, me dando mais um selinho enquanto eu pegava o telefone.

─ Alô? – atendi.

─ Oi filho! Como foi aí no apartamento? – a voz do meu pai ecoou do telefone.

𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐡𝐨𝐬 𝐕𝐚𝐥𝐞𝐦 𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐏𝐚𝐥𝐚𝐯𝐫𝐚𝐬, 𝘣𝘢𝘣𝘪𝘤𝘵𝘰𝘳Onde histórias criam vida. Descubra agora