𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐡𝐨𝐬 𝐕𝐚𝐥𝐞𝐦 𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐏𝐚𝐥𝐚𝐯𝐫𝐚𝐬, 𝘣𝘢𝘣𝘪𝘤𝘵𝘰𝘳

Chapter 150 🦋 vôlei

Victor Augusto

30/10 – Terça-feira

08:00h

─ VAMOS ACORDAAAAR! – esmurraram a nossa porta.

Acordei puto. Muito puto mesmo.

Primeiro que eu já queria matar o arrombado que ficou batendo com o que parecia uma colher de metal na nossa porta, me fazendo acordar no susto.

E segundo que eu queria matar aquele outro arrombado que ficou dando em cima da Babi ontem, na festa. Quem ele pensa que é? É a mim que ela quer, o amor dela é meu, e não dele, mas talvez não fosse mais. E com razão, já que eu vacilei bastante nos últimos meses do nosso relacionamento.

Meu corpo gritava pelo seu amor, gritava pelo seu desejo. Eu estava tão louco de saudades que até trouxe a caixinha das nossas alianças. Vai que, né?

Só de lembrar da cara daquele metidinho à surfista, eu já tinha vontade de esmurrar alguém.

Ela era minha. E só minha.

Tá, eu admito que eu estava meio pirado da cabeça.

A minha saudade já gritou quando eu vi ela naquele biquíni, que eu acho que era novo, já que eu nunca tinha visto ela com ele. Suas curvas tão expostas, a pele bronzeada, as coxas grossas, a bunda gigante... Ela estava mais gostosa do que nunca.

E eu já estava nervoso por não ser ela alisando os meus braços e peito, mas sim a Suellen e aquelas outras que eu nem sei quem são. Eu já estava irritado só por isso. Minha raiva se triplicou quando eu vi que alguém tão desconhecido podia ter mais atenção dela do que eu.

Não, eu não conseguia. Precisava de Bárbara de volta. Precisava dela usando a aliança que eu dei e precisava dela agarrada comigo naquela merda de piscina.

Metade dos caras daquela festa comiam ela com os olhos. Eles não entenderam ainda que ela é minha?

Ok, terminamos, mas isso não diminui meus sentimentos por ela e muito menos minha vontade de possuí-la só para mim.

─ Você tá bem? – Crusher me olhou, da outra cama.

─ Não. – respondi, grosso. Ele começou a rir feito uma hiena.

─ O que foi? – ele perguntou.

─ Não gostei daquele arrombado que ficou dando em cima da Bárbara. – eu disse e ele riu ainda mais. – Vai tomar no seu cu.

─ Desculpa. – ele continuou a rir do meu ciúmes e eu revirei os olhos, rindo também. – Cara, ele tava dando em cima da Tainá, não da Bárbara.

─ Seu mentiroso, é claro que não! – eu disse. – Ele secou ela.

─ Seu ciúmes tá te fazendo esquizofrênico também. – ele disse e nós rimos. – É claro que não, seu burro!

─ Então vamos ver se é da Tainá mesmo. – eu disse. – E foi sem senso nenhum ele ficar do lado da Bárbara se ele tava dando em cima da Tainá. Sem senso nenhum. Desnecessário. Vai começar a atirar pra todo lado agora? Pique "tacar pedra em avião pra ver se cai um marido"?

Crusher gargalhou do meu ciúmes e eu joguei um travesseiro nele. Ele não me compreendia.

─ E você merece. – ele disse. – O que você acha que ela sentiu quando viu você com a Suellen?

─ Ah, vai pra merda! Eu só conversei com a Suellen. – eu disse.

─ Você só conversou, a Suellen só faltou pular em você. – ele disse.