𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐡𝐨𝐬 𝐕𝐚𝐥𝐞𝐦 𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐏𝐚𝐥𝐚𝐯𝐫𝐚𝐬, 𝘣𝘢𝘣𝘪𝘤𝘵𝘰𝘳

Chapter 125 🦋 Blond

Victor Augusto

03/07 – Sábado

13:30h

Suellen.

A quanto tempo eu não a via... E que momento péssimo pra ela voltar.

Suellen foi minha primeira namorada. Começamos a namorar no 9o ano, por uns 6 meses. Ela tinha 14 e eu 15 anos. Eu estava começando a ser mais popular na época que me apaixonei por ela e ela se tornou a menina mais linda da escola quando chegou um dia com os cabelos loiros, sendo que ela era morena. E então, começamos a nos aproximar. Eu sempre lhe comprava doces na cantina da escola, sempre estava a sua volta e a irritava muito. Com isso, acabamos nos apaixonando e começamos a ficar por uns 3 meses. Depois, eu a pedi em namoro, por pressão dela.

Só que esse relacionamento nem de longe foi bom/confortável. Para nenhum dos dois. Ela ficou muito bonita com o novo cabelo, todos os caras a queriam e ela dava liberdade para eles, mesmo estando comigo. Comigo, as amigas dela eram loucas por mim e eu amava irritar Su, por isso fazia ciúmes algumas vezes, mas em outras, as meninas vinham até mim e me queriam, mesmo não querendo elas.

Terminamos quando eu disse que não aguentava mais. Na época, meu pai saiu de casa, meus pais se separaram.... Eu precisava de consolo, de alguém do meu lado para me ajudar. Suellen não me oferecia esse colo e ainda me cobrava do porque eu estava tão diferente. Por isso, acabamos terminando.

Já tinham me falado que ela nunca me esqueceu. Só que eu a esqueci. Eu tenho Bárbara agora e eu amo a minha namorada. Por que a Suellen tinha que chegar agora?

A loira me abraçava e eu mal encostei nela. Olhei para Bárbara e a minha morena tinha um olhar estranho, me olhava com tristeza.

— Obrigado, Suellen. – desgrudei seus braços do meu pescoço.

Ela tentou beijar minha bochecha e eu me virei, voltando ao encontro de Bárbara. Tentei lhe dar um selinho, mas ela virou o rosto, por isso beijei sua bochecha. Porra Bárbara, não fique brava comigo...

— Quem é sua amiga? – Suellen resolveu falar merda.

— Namorada. – eu disse.

O sorriso de Suellen morreu, encarando eu e Bárbara com mágoa e desprezo. Bárbara deu seu melhor sorriso e a cumprimentou.

— Prazer. – Bárbara disse.

Suellen ignorou minha namorada e veio até mim.

— Onde está a sua mãe? Sempre gostei tanto dela, mas perdemos o contato desde que terminamos. – a loira fez um biquinho.

─ Ela está lá fora, me esperando. – eu disse.

A loira saiu feliz da minha casa e foi procurar a minha mãe. Me virei para Bárbara e estava em seu rosto o quanto ela estava chateada.

─ Me perdoa, nem sabia que ela vinha. – eu disse, abraçando a cintura de Bárbara.

─ Como ela entrou no condomínio? – ela perguntou.

─ Não sei. – respondi.

Ela olhou para baixo, ainda chateada, depois voltou a olhar pra mim.

─ Bom, acho que você tem um almoço pra ir. – ela disse.

Ela começou a andar pra porta e a abriu.

─ Mas você... – tentei falar.

─ Não se preocupe, tá tudo bem. – ela sorriu da melhor forma que pôde. – Vai, sua mãe tá te esperando.