Victor Augusto
19/08 – Sexta-feira
19:00h
Uma semana se passou. E não posso dizer que tudo voltou muito ao normal.
Bárbara ainda estava chateada e as vezes não conseguia muito se abrir comigo. Eu sentia uma barreira entre a gente. E entendia que essa barreira um dia ia se romper, só que não agora...
Muitas vezes, estavamos juntos na escola ou até no sofá da minha casa e eu via seus olhos rasos em lágrimas, via ela bem fechada, com medo... E eu me sentia muito mal.
Em um dos dias, ela estava com as costas encostadas no armário e eu estava na sua frente, com sua cintura nas mãos enquanto conversávamos. E então, ela olhou envolta e voltou a olhar para mim. Seus olhos estavam vermelhinhos e eu tratei de acolhe-la.
─ O que foi? – passei um cabelo para trás da sua orelha.
─ Nada... Nada. – ela disse.
Encarei os seus olhos, tentando passar conforto para ela, segurança, mas não adiantava. Deixei um beijo na sua testa e ela fez carinho no meu pescoço.
Pior mesmo foi quando Suellen tentou várias vezes vir provocar Bárbara, mas eu tentei muito a afastar. Quando via que ela chegava perto, beijava Bárbara, ou a abraçava... Fazia qualquer coisa para Suellen não vir incomodar.
Eu e Bárbara estavamos mais distantes do que nunca. E era estranho, mas eu a entendia. Eu "traí" sua confiança e obviamente não ia voltar tudo como era antes. Vai levar um tempo até as coisas voltarem ao seu normal.
E ela já me disse várias vezes que estava tudo bem, que estava feliz, mas eu sentia o quanto ela ainda estava machucada. Eu me culpava muito por isso, mas estou respeitando o tempo dela. Aos poucos, isso vai se diluir. Eu espero.
Pra tentar nos deixar mais próximos, eu fiz questão de demonstrar o máximo de amor e carinho possível por toda essa semana e mais uma vez vou fazer isso. Disse pra ela vir dormir na minha casa hoje e ela aceitou. Então, eu fiz brigadeiro, comprei os doces que ela gosta e também fiz pipoca. Tudo para passar um tempo juntos e ela entender que eu estou realmente empenhado em ela me perdoar.
Eu sei que ela já me perdoou, mas eu não me perdoei por tudo o que aconteceu. Vê-la machucada, chorando, fechada, pensativa... Me doeu. Me doeu muito. Então, ao mesmo tempo que eu quero mostrar para ela o quanto eu a amo e o quanto eu quero voltar a ser a pessoa que ela mais confia.
E eu faria qualquer coisa para voltar a ter sua confiança.
Qualquer coisa.
A campainha tocou e eu fui atender. Abri a porta e lá estava ela. Os cabelos soltos e brilhantes, o rosto natural e sem maquiagem, uma roupa bem confortável, mas eu ainda sentia que seu coração sangrava.
─ Você veio! – eu disse, a puxando para dentro.
Ela sorriu e eu fechei a porta, tirando a mochila das suas costas e colocando em qualquer lugar. Enlacei meus braços em sua cintura e ela me abraçou de volta. Deixei vários beijos no seu pescoço e ela deu uma risadinha. E então, voltei a olhar para ela. Ela estava melhor, estava sorridente. Pegando o meu pescoço, ela me presenteou com um beijo leve nos lábios. Eu sorri no meio de nós, a beijando mais uma vez.
─ Tava com saudade. – eu disse, fazendo um biquinho de drama e ela riu.
─ Eu também. – ela respondeu.
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𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐡𝐨𝐬 𝐕𝐚𝐥𝐞𝐦 𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐏𝐚𝐥𝐚𝐯𝐫𝐚𝐬, 𝘣𝘢𝘣𝘪𝘤𝘵𝘰𝘳
Romansa𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐡𝐨𝐬 𝐕𝐚𝐥𝐞𝐦 𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐏𝐚𝐥𝐚𝐯𝐫𝐚𝐬 ▬☁ 𝖿𝖺𝗇𝖿𝗂𝖼𝗍𝗂𝗈𝗇 𝖻𝖺𝖻𝗂𝖼𝗍𝗈𝗋. 𝗗𝗿𝗮𝘄𝗶𝗻𝗴 𝘁𝗵𝗲 𝘄𝗼𝗿𝘀𝘁 𝗼𝗳 𝗺𝗲 ✍️ ⨳▬ 𝐒𝐘𝐍𝐎𝐏𝐒𝐈𝐒 ▬⨳ 𝐎𝐍𝐃𝐄, Victor Augusto, não era o tipo de pessoa que curtia um romance cli...