𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝟑𝟐 🦋 Meu eterno anjinho

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🦋 Act 1 - A nova folha da árvore 🦋

Chapter 31

Meu eterno anjinho

Meu eterno anjinho

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Victor Augusto

Coloco meus pés na sala em busca dela.

Depois do shopping de ontem, fomos embora e ela não falou mais nada, não respondeu as minhas mensagens...

Eu obviamente estou preocupado – e com razão.

E ela não estava lá.

Eu estranhei não ver Bárbara sentada na primeira fileira, como sempre.

Em que outro lugar ela poderia estar?

Bárbara é uma pessoa que se enfia em cantos, imprevisível...

Um lugar reservado.

Pensa Victor, pensa, usa alguma coisa da sua cabeça além desse seu topete ridículo.

A arquibancada...

É o único lugar que me veio à mente.

Saio da sala em disparada.

Passo por todos os corredores da escola, até, ela.

Ela estava sentada em uma pequena sobra de muro que sustentava a arquibancada.

Não estava chorando, apenas, sentada enquanto olhava o gramado da quadra, que tinha crianças do Fundamental jogando futebol.

Me aproximo da garota bem devagar.

─ Oi... – eu digo me aproximando.

─ Oi... – ela responde.

─ Você está bem? – eu pergunto.

─ Eu já nem sei mais... – ela diz.

─ Por que ficou estranha ontem? – eu pergunto.

─ É só que, eu não sei se você entenderia... – ela diz.

─ Olha, eu sei que é difícil para você falar sobre essas coisas, mas saiba que eu estou aqui, do seu lado para o que der e vier... – eu digo acariciando seu rosto.

Bárbara deita sua cabeça em meu ombro e acaricia meu cabelo.

─ Como você faz isso? – ela pergunta.

─ O que? – eu pergunto de volta.

─ Como você dá apoio emocional para as pessoas? – ela pergunta.

─ Não é apoio, é que eu te amo e quero te ver feliz... – eu respondo e ela sorri.

Bárbara se aproxima e me dá um selinho demorado.

Ela é incrível...

Seja lá o que aconteceu com ela, ela não merecia...


{...}


Estávamos no meio da aula de História.

O professor passava um documentário sobre a 1ª guerra Mundial...

Eu assumo, estava quase dormindo.

─ Bom, agora que vocês viram esse documentário, eu quero que façam duplas, e me entreguem um PowerPoint explicando um pouco sobre a 1ª guerra Mundial e seus impactos na história! – ele diz e eu levanto a mão. – Fale Victor.

─ A gente pode escolher as duplas? – eu pergunto.

─ Eu ia dizer que não, mas, já que pela primeira vez na história da humanidade você se interessou por um trabalho escolar, eu vou dizer que sim. – ele diz e eu rio.

Bárbara estava sentada na minha frente.

Chego perto de seu ouvido.

─ Ei. – eu sussurro e ela me olha. – Quer fazer o trabalho comigo?

─ Pode ser.... – ela responde.

O sinal toca em toda a escola, alertando a hora de ir embora.

─ Liberados. – meu professor diz.

Arrumei minhas coisas e saí da sala.

Me encostei na porta e fiquei esperando Bárbara terminar de guardar suas coisas.

Eu pretendia leva-la e também já fazer outra coisa...

A garota sai da sala e olha para mim.

─ Vai deixar eu te levar? – eu pergunto e ela ri.

─ Deixo Victor Augusto... – ela diz e eu sorrio.

─ Que bom! – eu digo.

Deslizo meu braço em volta de suas pernas e outro em suas costas, colocando-a em meu colo.

Ela ri, encosta a cabeça no meu peito e passa os braços por meu pescoço.

Carrego a garota até meu carro.

Aperto o botão de abrir as portas com a boca – já que as chaves estavam nela.

Abro a porta do banco do passageiro, coloco Bárbara, depois fecho a no carro e dou a volta, indo para o meu assento.

Colocamos o cinto de segurança, e dei partida no carro.

Fomos quietos o caminho inteiro.

Bárbara apenas observava o mundo fora do carro, que garoava bem fraco.

Sei que ela adora chuvas. Muitos ficam assustados com o fenômeno, mas, Bárbara parece entender aquilo, parece acalma-la.

Estaciono o carro em frente à casa dos Passos.

Mas, eu queria perguntar algo antes dela ir.

─ Então... – eu digo.

─ O que foi? – ela pergunta desconfiada.

─ Como eu sei que você anda tristinha esses dias, eu pensei em te levar para uma festa... – eu digo a envolvendo em meus braços.

─ Hum...– ela murmura. – Minha opinião sobre festas não mudou, mas, eu aceito o seu convite.

Faço um sinal de vitória e ela ri.

─ Então, eu te busco às 19:00h, pode ser? – eu pergunto.

─ Pode... – ela diz. – Tchau...

─ Tchau anjinho... – eu digo.

Estavamos nos encarando a alguns segundos.

Bárbara se aproxima e sela nossos lábios.

Ela realmente era minha garota. Não era qualquer uma que eu estava beijando. Não, era a minha garota. O meu anjinho. Meu eterno anjinho

𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐡𝐨𝐬 𝐕𝐚𝐥𝐞𝐦 𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐏𝐚𝐥𝐚𝐯𝐫𝐚𝐬, 𝘣𝘢𝘣𝘪𝘤𝘵𝘰𝘳Onde histórias criam vida. Descubra agora