Chapter 149 🦋 brown eyes

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Maratona 3/3


Bárbara Passos

29/10 – Segunda-feira

09:00h


Eu esperava Tainá chegar na minha casa para me dar uma carona. Hoje era o dia que iríamos para os jogos de verão desse ano e só voltaríamos no sábado.

Eu estava bem animada. Nunca tinha ido nos jogos de verão e para nossa sorte, hoje estava bem calor e a previsão dos próximos dias era calor intenso.

Só que nesse meio tempo, eu ainda precisava controlar a minha mente que só rodava ao entorno de uma coisa. Ou melhor, pessoa: Victor Augusto Camillo Costa.

Depois do dia que eu tive que ir para o hospital, não nos falamos mais. Mas a minha mente fez questão de se lembrar de cada detalhe daquele dia.

Eu fiquei confusa, muito confusa. Na minha cabeça, Victor já tinha deixado de me amar há muito tempo, só que o fato de ele ter me levado no hospital e ter cuidado de mim pelo o dia todo me fez pensar ao contrário. Talvez eu estivesse errada, ou talvez ele só tinha pena de mim.

Mas isso não justificaria as mãos entrelaçadas, as trocas de olhares intensas, os beijos na minha testa, os abraços, os carinhos no meu cabelo e o nosso quase beijo.

Mas toda a vez que eu pensava nele e dava sorrisinhos sozinha, eu automaticamente lembrava dos últimos meses caóticos que tivemos. E aquilo me convencia de que eu deveria ter terminado mesmo e eu devo esquecer toda essa história.

Os últimos meses só me machucaram e não é por causa de 1 único dia em uma situação como aquela que ele voltaria a me amar.

Eu estava evitando ver seu rosto, porque talvez eu me derretesse demais em vê-lo e esquecesse o quanto eu sofri.

Só que ao mesmo tempo, eu não conseguia ignorar o que meu coração queria tanto dizer. Não conseguia esconder os gritos dele toda a vez que eu via qualquer coisa relacionada a Victor. Não conseguia.

Mas por hora, era melhor manter tudo aquilo só na minha cabeça. Erramos um com o outro e era difícil esquecer tudo o que eu passei.

A crise de ansiedade em que ele me suportou não foi por um motivo qualquer, foi porque doía saber que tudo tinha acabado daquela forma.

Eu ouvi a buzina da Tainá na minha casa e fui me despedir dos meus pais.

─ Tchau filha. – meu pai disse enquanto me abraçava. – Aproveita bastante a viagem.

─ Aproveita muito mesmo. – minha mãe disse, me abraçando também. – E quem sabe não dá uns beijos no Victor, em?

─ MÃE! – eu disse e ela riu.

Eu abri a porta de casa e saí com a minha mala pequena. Vi Tainá descer do carro para me ajudar com a mala.

─ Animada? – ela disse quando se aproximou.

─ Muito! – eu disse e nós sorrimos uma para a outra, dando um risinho.

Ela me acompanhou até o porta-malas e encaixamos a minha mala ali. Depois, eu abri a porta de trás e vi Bianca no colo de Milena, assim como Aly no colo de Carol. Nós rimos da situação, já que éramos 7 para um carro de 5 lugares. Tainá estava no volante, Jean ao seu lado e eu, Carol, Milena, Bianca e Alyssa teríamos que ficar nos bancos de trás. Quem estava amontoado saiu de cima das outras pessoas e nos esprememos ali. A sorte era que a escola era perto da minha casa.

𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐡𝐨𝐬 𝐕𝐚𝐥𝐞𝐦 𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐏𝐚𝐥𝐚𝐯𝐫𝐚𝐬, 𝘣𝘢𝘣𝘪𝘤𝘵𝘰𝘳Onde histórias criam vida. Descubra agora