Somos rosas, que quando cuidadas se tornam lindas, mas quando não são, morrem.
A vida nos faz tomar escolhas, Luise escolheu se casar por algo que ela achava ser amor, mas para um casamento ser firme ele precisa que ambos os lados queiram o mesmo...
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Amarrei meus tênis, eu estava meio zonza por estar dormindo. Mas sabia que alguma coisa tinha acontecido quando vi minha cunhada aqui. Amarrei meus sapatos e levantei da cama.
—Eu tô com medo—Digo quando escuto os passos fortes do lado de fora do quarto.
— Ele não vai encostar nenhum dedo em você—Luna se vira pra mim e eu sinto segurança. Concordo e volto a prestar atenção no barulho.
E não demoro até que escutemos Alex bater na porta.
—Luise, abra a porta—Ele diz calmo demais e eu cruzo os braços quieta.
— Não vamos abrir—Luna diz enfiando a mão na bolsa e pegando algo—Estou ligando pra policial, então você não tente nada ouviu—Ela esbravejou e eu engoli seco.
Ela não sabe do que o Alex é capaz.
— Você veio até a minha casa…—Dei um pulo assustada quando ele apareceu socar a porta com tanta força—Abre essa merda— Ele começou a mexer na maçaneta.
— Não tenho medo de você!—Luna gritou com o celular no ouvido e eu arregalei os olhos quando ele chutou a porta diversas vezes.
— Ele vai entrar aqui—Digo ouvindo o barulho do outro lado.
Luna me encara e aponta para a outra porta que dava no escritório do Alex, caminho até lá junto com ela, que abre a porta com cuidado e anda devagar pela sala enorme. Eu a sigo prestando atenção em tudo que fazia.
—Tem que fechar aquela porta— Mostro a porta do escritório que dava para o corredor.
— É por ela que a gente vai sair— Logo depois ela agarrou no meu braço e eu quase desmaiei quando ela tirou uma pistola pequena lá de dentro.
Senti meu coração acelerar, respirei fundo quando ela abriu a porta e no final do corredor Alex ainda chutava a porta, porém parou e pareceu sentir nossa presença e se virou. Seus olhos caíram primeiro em Luna que ergueu a arma e apontou pra ele, depois meu marido me olhou e eu senti tanto medo que temi cair no chão.
— Por que está fazendo isso?—Indagou desentendido dando um passo a frente— Você entra na minha casa e agora aponta uma arma pra mim…
— Se der mais um passo eu atiro—Luna disse e eu toquei seu ombro.
Não conseguia imaginar um bom final para aquela situação, obviamente ele não faria nada contra a Luna, mais ele ia conseguir se safar e eu iria pagar depois.
— Então atira, a polícia vai chegar e vão perceber que eu não fiz nada…espero que me peça desculpas depois.
— Então a Luise vai sair comigo, ela só quer passar a noite na casa da mãe dela—Luna falou—Vou aproveitar e mostrar os roxos no braço dela…
— Ela é destrambelhada e vive esbarrando por aí, vamos parar com esse show…—E então ele deu alguns passos a frente.
E Luna fez o que eu não esperava que fosse fazer, ela simplesmente atirou contra o chão fazendo-o recuar e erguer os braços em redenção.
— Tudo bem—Ele deu alguns passos pra trás.
— Desce e me espera no meu carro—Eu olhei mais uma vez para Alex e depois me virei descendo as escadas correndo.
Não sei como, mas eu consegui chegar no carro dela e parei ali em frente torcendo para que descesse de uma vez.
LUNA
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Eu tinha vontade de atirar nele, óbvio. Alguma coisa me dizia que ele não batia só nela, tinha mais coisas. Eu sabia, mesmo que a Luise não me contasse. Abaixei a arma e dei dois passos de frente pra ele, ergui a cabeça e desci meu olhar por ele inteiro antes de voltar a lhe olhar.
— Você é um covarde—Afirmo— Um filho da puta, covarde! Só tem coragem de agredir a sua esposa né?
— Você é completamente maluca. Eu nunca encostei um dedo na Luise— Dei uma risada sarcástica— Você chegou aqui e viu que a Luise está tomando remédios, ela não tá bem!— Lhe acertei um tapa na cara e ele abriu um sorriso nojento levando a mão até a região me olhando— Vai se arrepender de ter feito isso.
— O que você vai fazer?—Indago.
— Você não vai conseguir nada. Eu sei que já teve a sua relevância na sociedade, mas hoje você trabalha numa lojinha medíocre. Não se esqueça que eu sou poderoso—Ergui as sobrancelhas abrindo um sorriso— Eu nunca vou perder. A família da Luise confia em mim e eu vou fazer que continue assim.
— Ok—Digo abrindo minha bolsa e enfio a arma ali dentro— Boa sorte…
Não dei tempo para que me respondesse e lhe deixei sozinho.
Era um grande idiota mesmo! Alex se achava muito inteligente, no seu meio, ele sempre esteve acostumado a ser aplaudido por qualquer merda que fizesse ou falasse, mesmo que estivesse errado. Eu aprendi na raça, e sei passar a perna quando é necessário, sei mentir e manipular como ninguém, hoje eu aprendi a usar isso de forma boa e foi tão fácil com o Alex. Amanhã sua cara estará estampada em todos os tablóides da internet. E ele não vai ter coragem de vazar nada sobre a Luise, pois seria o primeiro suspeito.
Sai da mansão e abri um sorriso carinhoso pra Luise que estava ali parada. Eu conseguia ver o seu medo, estava estampado no rosto tadinha.
— Vamos pra sua casa?—Indago e ela balança a cabeça em positivo.
