Somos rosas, que quando cuidadas se tornam lindas, mas quando não são, morrem.
A vida nos faz tomar escolhas, Luise escolheu se casar por algo que ela achava ser amor, mas para um casamento ser firme ele precisa que ambos os lados queiram o mesmo...
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As lágrimas nos meus olhos me faziam ver tudo meio turvo, enquanto isso, eu sentia meu coração bater acelerado, quase pulando pra fora do peito. Me sentia impotente!
Tudo foi tão rápido, eu me virei para abri a porta do carro e ouvi o disparo, quando olhei para Luise, ela já estava com o peito ensanguentado e só não caiu no chão, porque eu a segurei. As pessoas envolta ligaram para a ambulância e no caminho até aqui, eu liguei para os seus pais. Eles ainda não chegaram, e a última coisa que eu soube, é que ele tinha entrado no centro cirúrgico.
Caminhei até um dia bancos e sentei cobrindo o rosto com as mãos. Eu não conseguia pensar direito, tudo foi tão rápido e eu agi no automático. Somente agora estou pensando direito, isso foi mandando e pra mim não há dúvidas de que tenha sido o Alex, ele sabia que ela ia depor. Maldito! Ergui a cabeça procurando por alguém que pudesse me dizer alguma coisa. Mas não aparecia ninguém. Fechei os olhos pedindo em oração que ela ficasse bem, a bala tinha atingido muito perto do coração, eu sei disso.
—A minha filha…— Levantei da cadeira quando vi Patrícia e Miguel correrem na minha direção— Cadê ela?
— Eles a levaram pra cirurgia— Patrícia deixou uma lágrima descer pela bochecha enquanto era amparada pelo marido.
— Como foi que aconteceu?— Miguel perguntou.
— Eu fui buscar ela na loja, e quando íamos entrar no carro…o tiro aconteceu— Passei a mão pelos cabelos e tirei meu óculos me sentando no sofá de novo.
Não tinha nada que eu pudesse fazer. Só esperar, e foram longas duas horas. Nesse meio tempo, Natasha e Lamar também chegaram, eu falei com a minha mãe, pois ela me ligou dizendo que viu pela tv. E quando o médico apareceu, nós levantamos, quase juntos.
— São familiares da senhorita Luise?— Patrícia balançou a cabeça em concordância e eu fiquei de longe. Era a filha dela— A cirurgia foi delicada, a bala atingiu uma área muito próxima ao coração, mas felizmente conseguimos retirá-la sem maiores problemas—Soltei o ar que nem percebi que estava preso em meus pulmões.
Ela estava bem!
— Ela já foi levada para o quarto, ambos estão a salvos— Ergui a cabeça e encarei o médico sem entender.
— Como assim?—Miguel perguntou.
— Ela está grávida— Arregalei os olhos sentindo que iria desmaiar— De quase três meses.
Eu precisei me sentar no sofá, puxei meus cabelos encarando meus pés. Ela ainda estava grávida, se antes eu já estava com raiva do Alex, eu tinha certeza que foi ele. Ele quem mandou ou o mesmo fez, e além de tentar matar a mulher que eu amo, ele quase matou um bebê. Eu nunca senti ódio de ninguém, nunca senti, e passei a nutrir esse sentimento por ele. E tenho medo do que seria capaz de fazer. (...)
Entrei no quarto do hospital e olhei diretamente para a cama, onde o amor da minha vida estava dormindo, um pouco pálida. Me aproximei da cama e sorri, ela estava viva, isso importava pra mim. Desci os olhos até a barriga pensando se ela ia gostar de saber que está grávida ou não, afinal, ela tinha engravidado a menos de um ano, e descobriu ser uma gravidez ectópica, não sei como ela vai reagir agora.
Eu sei que somos novos, mas da minha parte, eu só consigo imaginar nos três juntos.
Estava bem mais tranquilo sabendo que ela não corria perigo, o médico nos disse que ela não acordaria hoje, por conta dos remédios. Mas amanhã, talvez! Eu estava observando Luise quando seu pai entrou na sala e enfiou as mãos no bolso olhando pra ela com carinho.
Eu nunca fui tão próximo do senhor Miguel, mas ele era um bom homem e sempre foi presente na vida da Luise, ele nunca foi ausente com ela.
— Graças a Deus que ela está bem— Disse— Não sei o que eu faria se minha filha não conseguisse sair dessa—Ele se sentou no outro sofá do quarto e me encarou— Você pensa igual eu, sei que foi o Alex, já pedi a Luna pra conseguir as imagens de segurança.
— Tenho certeza que foi ele, ela ia depor e ele estava ferrado— Falei— Ele sabe que a sua filha, tem muito a dizer…
— É verdade— Ele levou os olhos até Luise e sorriu— Você não sabia que ela está esperando um bebê?
— Não— Respondi— Mas quero que saiba que iria assumir tudo isso.
— Se não fizesse eu te mataria— Sorriu— Sério, só faça a minha filha feliz, porque ela merece isso.
— Eu sei, e iria fazer— Digo sem tirar os olhos dele.
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Estamos na reta final, comentem muito que eu volto Jajá.
