Somos rosas, que quando cuidadas se tornam lindas, mas quando não são, morrem.
A vida nos faz tomar escolhas, Luise escolheu se casar por algo que ela achava ser amor, mas para um casamento ser firme ele precisa que ambos os lados queiram o mesmo...
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Dois Meses Depois…
Parei em frente ao balcão e sorri pra minha amiga quando ela deixou mais uma bandeja pra mim, dei uma olhada na comanda e a peguei indo até a mesa cinco, deixei o pedido do casal e depois me retirei. Voltei pra perto do caixa e me sentei no banco alto, muito satisfeita com a minha atual situação.
Os últimos meses foram complicados e decisivos na minha vida. Eu não estou mais grávida, e mesmo que eu não me visse e nem me sentisse mãe daquele bebê, ter que tirar me abalou bastante e eu passei vários dias sem conseguir dormir direito, pois me culpei por ter uma gravidez ectópica. Aí a Luna me ligou e me disse que tinha conseguido um emprego pra mim, ela disse que fez o máximo que conseguia pra me dar um trabalho num cargo maior, mas eu não queria um trabalho num cargo muito maior mesmo, então quando me disse que tinha uma vaga como garçonete, eu aceitei sem pensar duas vezes.
Foi a minha melhor escolha, eu pego aqui na loja as oito e meia e saiu às cinco e meia da tarde, comecei a fazer curso de desenho, duas vezes na semana, tem sido incrível e finalmente entendi que seria bom uma psicóloga. Acredito que a rotina mais cheia, tem me feito bem, passei até a fazer mais exercícios físicos e estou bem na medida do possível, as vezes me bate uma tristeza, mas estou canalizando tudo isso e tentando seguir a minha vida.
Nunca mais falei com o Alex, ele também não tentou falar comigo, eu bloqueie ele em todas as minhas redes sociais. Não faço questão nenhuma também, só sei que ele está respondendo por todos os processos e crimes que já cometeu, exceto o que fez comigo.
— Lu—Sai dos meus pensamentos e olhei pra minha colega de trabalho. Vanessa o nome dela, não temos tanta intimidade, mas trabalhamos juntas— Olha quem chegou—A porta da loja de abriu e ouvi o sininho tocando.
Abri um sorriso pequeno e desci do banco pegando meu bloquinho de pedidos. Gabriel entrou na loja e me olhou antes de ir se sentar, ele não pode ficar vindo conversar comigo atoa. Arrumei meu avental e segui até sua mesa.
— Boa tarde—Falei atraindo sua atenção. Passei meus olhos pela flor na mão dele. Uma rosa amarela.
—Boa tarde—Me estendeu a flor e eu olhei em volta me certificando que ninguém estava olhando.
Gabriel vem todos os dias aqui, ou sempre que ele pode. Sempre trás uma flor, margaridas, rosas. Acho bonito o gesto. Peguei a flor e sorri a admirando.
Eu fiz o procedimento da gravidez, um dia depois do diagnóstico, minha mãe e meu pai foram comigo, mas o Gabriel foi lá depois da minha cirurgia e me levou uma flor branca, desde estão ganho flores quase todos os dias.
— Vamos fazer alguma coisa hoje?—Indagou e eu mordi o lábio pensativa.
— Pra onde vamos?—Fingi estar escrevendo no bloco.
— Surpresa—Lhe encarei admirada.
É estranho, mas estou sentindo frio na barriga agora. Gosto disso nele.
