Epílogo I

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Me olhei no espelho e abri um sorriso, a minha roupa estava impecável, um terno branco, de corte bonito e bem feito, uma flor no bolso do paletó dava o charme

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Me olhei no espelho e abri um sorriso, a minha roupa estava impecável, um terno branco, de corte bonito e bem feito, uma flor no bolso do paletó dava o charme. Meus cabelos estavam para trás e hoje, eu estava usando lentes de contato, não tinha esse hábito, mas era o dia do meu casamento, queria estar incrível para uma noiva incrível. Ajeitei novamente a gravata, pela terceira vez, era nervosismo.

Nós íamos casar numa fazenda, em Palm Springs, um casamento simples e somente com os parentes mais próximos. A família da Luise, que era bem grande e a minha, a minha mãe, e alguns amigos. Foi uma escolha nossa uma festa simples e íntima, os últimos tempos foram turbulentos demais para que nós quiséssemos uma grande festa.

Eu e Luise já pretendiamos casar, foi uma coisa que conversamos quando ela ainda estava grávida, nos falamos bastante e chegamos a conclusão de que, quando Flora fizesse seis meses, nós íamos casar. Para que ficasse tudo certinho, queria ser o marido dela no papel e foi exatamente o que fizemos, depois que nossa filha completou seis meses de vida, a gente finalmente estava se casando. Quem planejou tudo foi a senhora Patrícia e minha mãe, eu e a Lu estávamos focadas em cuidar da bebê, que dava bastante trabalho.

Ela não era bebê chorona, mas era impaciente, não gostava de esperar as coisas. Tinha que ser na hora e pronto. Flora não gostava de ficar com fome e nem fralda suja por muito tempo, ela já chorava. Mas esse era o único trabalho que ela dava, quando tudo estava certo, ela só dormia e ficava quietinha, ou ficava com os olhinhos azuis grandes nos observando, eu não acredito que ela veja muito, mas ela não parava de olhar. Flora dormia muito bem, a gente colocava o celular pra despertar na hora de mamar, pois ela não acordava atoa. Nos dois cuidamos dela juntos, talvez por isso tenha sido leve, foi um período tranquilo, e muito gostoso. Ter um neném em casa deixava um clima incrível ao qual eu quero viver mais vezes. Mas não nesse momento. Eu consegui ficar trabalhando somente de casa nesse período, o que ajudou muito, e a Luise não ficava sobrecarregada com a neném, isso só uniu mais a gente.

— Você está lindo filho— Minha mãe disse ao entrar no quarto, me virei pra ela vendo a cabeça pender pro lado e ela abriu um sorriso, ela se aproximou e me dando um abraço, usava vestido rosa e os cabelos estavam presos num coque elegante.

Depois de bastante tempo, ela e a Luise se aproximaram, a maternidade ajudou bastante, minha mãe passou a entender mais a Luise e vice-versa.

— A senhora está maravilhosa— Ela sorriu agradecida. 

— Estou tão feliz em ver você assim— Tocou meu rosto— Se casando com uma moça que você gosta, eu fico tão feliz em ver que tenho uma netinha.
(...)

A decoração da capela era branco e verde, simples com rosas brancas, poucos convidados. Alisei as mãos uma na outra, ansioso. Estava tão nervoso, sentia as mãos suando. Patrícia e minha mãe estavam sentadas lado a lado e Flora no colo delas, minha filha usava um vestidinho branco e os cabelos pretos estavam com presilhas fofas. Sorri pra ela lhe lançando um beijinho, minha filha deu um gritinho fino me fazendo rir.

Voltei a atenção para a entrada da capela e senti meu coração mais do que acelerado. Eu amo tanto a Luise, e tantas vezes não acreditei que um dia eu estaria esperando por ela no altar. Tudo se intensificou quando eu estive em seu casamento, foi uma facada no peito ver ela vestida de noiva, e não era pra mim. E eu perdi as esperanças, mas o tempo fez tudo ser perfeito, mesmo com todas as dificuldades e traumas que vieram juntos, eles fazem parte do que nós somos.

Luise não usava um vestido branco, era um vestido azul bem claro, os cabelos estavam soltos e uma maquiagem leve completava tudo. Seus olhos encontraram os meus e ela abriu um sorriso, era pra mim. Miguel estava ao lado da filha, com os braços cruzados nos dela. Desci do altar e abracei meu sogro antes de estender a mão pra Luise que aceitou, a ajudei a subir no altar e nós dois nos viramos para o pastor. Que era, o pastor da igreja da minha mãe, foi um pedido dela que nos casarmos assim, a família da Luise não é religiosa. Então ela aceitou quando eu sugeri.

— Boa tarde a todos, nós estamos hoje aqui, reunidos para celebrar a união de um jovem casal— Virei a cabeça para o lado e sorri pra minha noiva— Um casal muito bonito, duas pessoas que aqui diante de Deus, estão oficialmente o que sentem. Hoje vocês se tornarão um só…

Era isso, nos seríamos um só. Tudo que fosse meu, seria dela também, até mesmo o meu coração pertencia a Luise, sempre pertenceu, nunca teve espaço para nenhuma outra mulher aqui dentro. Meu coração pertencia a ela, desde o dia que nós nos conhecemos, desde a primeira vez que vi ela entrar na sala de aula. Isso nunca mudou. Obviamente que quando vi ela se casando, eu naquele momento pensei que tinha acabado, e tentei conhecer outras mulheres. Mas no fundo, eu sabia que meu coração já estava marcado, era para ser dela.

Agora eu estava diante dela, ela era a minha noiva, a aliança em seu dedo, tinha o meu nome cravado na aliança! Ela disse: Sim, para mim, e eu disse ela. A partir de agora ela se chama Luise Arenas Smith. Era o segundo dia mais feliz da minha vida, o primeiro quando a nossa bebê nasceu, o resultado do nosso amor.

— Eu lhes declaro, Marido e Mulher…pode beijar a noiva— Luise abriu um sorriso com as bochechas ganhando uma coloração avermelhada.

Éramos casados finalmente.

LUISE- "Spin Off Série Filhos" Onde histórias criam vida. Descubra agora