Somos rosas, que quando cuidadas se tornam lindas, mas quando não são, morrem.
A vida nos faz tomar escolhas, Luise escolheu se casar por algo que ela achava ser amor, mas para um casamento ser firme ele precisa que ambos os lados queiram o mesmo...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Passei minhas mãos pelo sofá confortável e fofinho da psicóloga, eu estava lhe esperando pra ter a minha consulta. Estou pensando seriamente em contar que beijei meu melhor amigo, quero a opinião dela. Já que o mesmo disse que eu devo cuidar de mim, mas não entendo, eu estou me cuidando, estou fazendo terapia, por que não podemos continuar nos beijando ?
O Gabriel é muito certinho e isso me irrita!
Mordi a bochecha pensativoas parei e sorri quando minha psicóloga chegou.
— Oi—Ela disse se sentando na poltrona disponível na sala, onde ela sempre se senta— Tudo bem Luise?—Indagou pondo os óculos.
— Aham— Coloquei as mãos sobre a perna e esperei por mais perguntas.
— Como anda no trabalho?
— Eu tô bem…hum…tem me feito trabalhar, eu estou gostando bastante.
— Sempre é bom ocupar a cabeça com alguma coisa. Tem saído? Seria bom pra você?— Suspirei.
— Não muito— Dou de ombros— Não sou muito de sair. Eu queria te contar uma coisa…
— Hum…tudo bem— Ela deixou a canetinha sobre a mesa e me encarou ansiosa.
— Eu beijei uma pessoa, o meu melhor amigo— Falei olhando meus dedos— Somos amigos a muitos anos sabe. E quando nos beijamos eu senti uma coisa diferente.
—Entendi—Voltei a olhar pra ela— Luise…você não acha que é cedo pra um novo relacionamento, afinal acabou de sair de um casamento.
— Não acho, eu gosto dele.
— Eu sei, só pergunto porque é meu trabalho. Só penso que talvez a sua cabeça ainda esteja entendendo que você acabou de se divorciar, você pode estar confusa e…
— Não tô confusa, foi o melhor beijo da minha vida— Falei impaciente— Eu sei que acabei de me separar, mas eu quero estar com ele.
— Sugiro que você pense, reflita, se realmente sente alguma coisa, diga. Mas cuidado!
Balancei a cabeça em concordância e ela mudou de assunto me perguntando outras mil coisas, eu não estou tomando nenhum medicamento, estou bem e me sinto tranquila, consigo dormir a noite sem ajuda de remédios. Sai da terapia pensativa, talvez o Gabriel nem tenha percebido isso antes, mas eu, só precisei beijar ele pra entender que eu escolho errado a vida toda, e eu queria só um pouquinho. (...)
Meio desajeitada eu tirei as sacolas de dentro do carro do Uber e lhe deu um tchau antes de bater a porta. O porteiro já me conhecia, então a minha entrada foi facilmente liberada. Me dirigi até o elevador e entrei sozinha, apertei o número do andar e encostei na parede de metal, espiei a sacolinha mais uma vez, eu espero de verdade que pizza congelada seja boa, só precisa colocar no forno. Encarei a plaquinha que indava o andar e sorri quando as portas se abriram, sai do elevador e andei até a porta vinte e três, apertei a campainha e esperei ansiosa.