Epílogo II

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— Mamãe…mãe, mamãe!— Parei no meu da escada do quintal e esperei Flora vir correndo com a mão fechada, ergui a sobrancelha curiosa para a garota espertinha— Olha o tomatinho— Abriu a mão me mostrando o tomate cereja que tirou da hortinha

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— Mamãe…mãe, mamãe!— Parei no meu da escada do quintal e esperei Flora vir correndo com a mão fechada, ergui a sobrancelha curiosa para a garota espertinha— Olha o tomatinho— Abriu a mão me mostrando o tomate cereja que tirou da hortinha. 

Flora tinha quatro anos, era tão esperta, que eu me assustava, e as vezes quase desmaiava com suas criações. Ela era uma mini gênia. E o pai dava corda pra tudo que ela fazia né, sorri me abaixando na frente dela, e coloquei uma mecha do cabelo bagunçando para trás da orelha, ela usava uma legging azul até a canela e uma blusa rosa suja de terra. 

— Nasceu finalmente né?—Ela concordou abrindo um sorriso sem um dentinho, que tinha caído a dois dias—O que vai querer que a mamãe faça de comida com esse tomates. 

— Salada— Disse e eu concordei— Eu vou pegar mais, um monte, aí você faz uma saladinha pra mim— Eu concordei voltando a ficar de pé. 

A horta era uma espaço no quintal, a própria Flora explicou como queria e ela se junto com o pai e os dois fizeram, ela plantou coisas que gosta de comer, couve, alface, tomate e pimentão, e envolta nos plantamos pés de frutas como laranja, limão, banana. Cada um em uma época diferente e ela adora tudo isso. 

— Vai lá pegar então— Ela virou e saiu correndo voltando para a horta.

 Eu sorri e voltei para dentro de casa. Ainda moramos na mesma casa e com o tempo ela se tornou mais especial, mas nossa. Tinha nossa história aqui. Dedicamos uma parede da casa pra Flora, depois que ela fez o primeiro risco de caneta, nos deixamos uma parte só pra ela fazer isso, nunca mais ela riscou outra parede, hoje em dia ela ainda desenha. 

— Pega aí, e entra pra tomar banho—Avisei e ela concordou de longe, erguendo o dedo em joinha. 

Fui para a sala e sentei no sofá ligando a tv. Passamos os últimos anos mais incríveis da minha vida. A nossa lua de mel foi no México, um presente dos meus pais. A Flora foi conosco e não atrapalhou nadinha, ela curtia tudo com a gente, foi uma bebê ótimo e agora é uma ótima criança. Uma criança que a energia e criatividade nunca acaba? Sim, com certeza. 

Eu estou no meu último período da faculdade, e foi tranquilo, comecei depois que voltamos da lua de mel, estudava em ensino híbrido, ia a faculdade duas vezes por semana e nos outros dias estudava online, e agora já estou terminando. Foi tranquilo, acho que tive sorte sendo bem honesta, a Flora era calma, eu conseguia estudar com ela dormindo no bebê conforto do meu lado, eu só pegava ela pra amamentar e continuava a aula. Acho que essa ela sabia que a mãe aqui tinha sofrido muito e vejo trazendo só luz. Agora eu estou no último período e ansiosa pra terminar. 

Estou ansiosa pra muita coisa! 

Estava tirando alguns segundos de silêncio, eram gloriosos quando se tinha uma filha tão falante, quando ouvi o barulho da porta ser aberta, Gabriel entrou com uma mochila nas costas, ele estava ainda mais gato, eu acho. Nos passamos a correr juntos e fazer exercícios, ele já fazia, eu não tinha costume, mas entendo que precisava. Ele estava mais forte, músculo, mas bonito, os anos fazem bem pra ele. Ele sorriu e veio até mim, se inclinando, eu afastei o rosto e lhe encarei, antes dele me dar um selinho, e depois outro, antes de me beijar de verdade. Expalmei a mão em seu peito e sorri contra seus lábios. 

LUISE- "Spin Off Série Filhos" Onde histórias criam vida. Descubra agora