Capítulo 15

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Após a conversa com Clint, voltei para o quarto. Assim que entrei no cômodo encontrei Natasha sentada na ponta da cama, já de banho tomado, balançando sua perna freneticamente pra cima e pra baixo. Quando seus olhos encontraram os meus, percebi uma onda de alívio percorrer seu rosto.

- Como foi? - Perguntou rapidamente se levantando e caminhando até mim. Sorri fraco e depositei um beijo em seus lábios.

- Tudo bem. - Pousei minha mão em seu rosto fazendo um leve carinho. - Conversamos e acho que ele entendeu toda a situação.

- Tem certeza? Eu não quero que... - A corto.

- Shiii, tá tudo bem. - Sorri. - Ele se preocupa muito com você, mas entendeu que eu não vou machucar você.

Nat olhou profundamente em meus olhos procurando alguma coisa, mas como não encontrou, ela balançou positivamente sua cabeça me puxando para um abraço.

Seu rosto se encaixou perfeitamente na curvatura do meu pescoço e sua respiração me fazia leves cócegas.

(...)

Durante o almoço o clima ainda pesava, alguns olhares curiosos e sem jeito aqui e ali, mas nada de conversas causadoras de constrangimento.

Eu, juntamente com Yelena e Peter ficamos encarregados da louça. Assim que terminamos decidimos subir cada um para o seu quarto e quando entrei no meu, Nat estava de costas para a porta enquanto olhava pela janela.

Fecho cuidadosamente a porta atrás de mim e me direciono até a ruiva que assim que percebe minha presença, sorri. Ela genuinamente parece mais feliz e eu realmente me sinto da mesma forma.

Wanda Maximoff P.O.V.

Eu fui imatura.

Eu me lembro vividamente dos momentos que compartilhamos juntas, dos sorrisos e risadas, das noites em que nos consolamos mutuamente e dos momentos de carinho que só duas pessoas apaixonadas poderiam ter. Mas, naquela época, eu era imatura, não levei a sério as coisas como eu deveria ter feito, incapaz de enfrentar plenamente os sentimentos que nutria por S/a.

À medida que os anos passaram, eu percebi a profundidade de meu erro. Eu lamento não ter lutado com todas as forças para manter S/a ao meu lado. A decisão de não perseguir esse amor, de deixar ela ir, me assombrava.

Eu entendo que S/a merece amor e felicidade, e meu coração se apertava ao pensar que talvez eu tivesse sido a pessoa que poderia oferecer isso. O arrependimento era uma companhia constante, uma sombra que pairava sobre meu coração.

Eu me pergunto se haveria alguma maneira de consertar os erros do passado, de reconstruir a conexão que uma vez tivemos. Mas sabia que o tempo havia passado e que a vida da Stark havia mudado. O arrependimento era a cruel lembrança de um amor perdido, um lamento silencioso que ecoava em meu interior.

No entanto, eu prometi a mim mesma que, se algum dia tiver a oportunidade de me redimir, não hesitaria em lutar por ela, a mulher que ainda habitava meus pensamentos. O arrependimento era um fardo que eu carregaria, mas talvez, no futuro, pudesse encontrar uma forma de superá-lo e seguir adiante.

Sou tirada de meus pensamentos quando vejo um carro se aproximar da casa. Não lembro de mencionarem que mais alguém ainda viria ou de ter visto alguém sair e possivelmente estar voltando agora, portanto achei um tanto quanto estranho.

Conforme o carro foi se aproximando, reconheci o condutor, sinto meu coração parar e tudo zumbir ao meu redor.

- Que merda ele está fazendo aqui? - Murmuro para mim mesma.

Levanto rapidamente do sofá e saio da casa indo em direção ao carro. Victor saiu de seu carro usando roupas sociais, assim que ele me viu, esboçou um pequeno sorriso forçado.

- O que está fazendo aqui? - Pergunto logo de cara.

- Steve também é meu amigo, lembra? - Franze o cenho.

- É, eu sei, mas você tem que ir embora. - Cruzo meus braços. Vis me encara confuso.

- Por que?

Descruzo meus braços e coloco minhas mãos nos bolsos do meu calção na parte de trás.

Desvio o meu olhar de volta para a casa, com receio de que alguém em específico visse essa interação.

- Você não pode ficar aqui. - Digo ao voltar o meu olhar para o mais velho que pela expressão do seu rosto, entendeu exatamente qual era o caso.

- Ela está aqui? - Pergunta. Balanço minha cabeça em confirmação e mordo meu lábio inferior me sentindo ainda mais nervosa. - Vocês deveriam conversar.

Olho rapidamente para ele indignada.

- Você acha que eu já não tentei? - O encaro enquanto ele permanece em silêncio. - S/n me odeia.

O homem me analisa por alguns segundos antes de soltar o ar e desviar os olhos.

- Mas ela precisa saber. - Diz sério, mas com um olhar de pena.

- Eu já tentei falar com ela, mas ela não quer me ouvir. - Baixo minha cabeça em tristeza. - Só vai embora, não vai ser bom pra ela se ela te ver.

Dou as costas para ele sem dar chance para ele responder, mas a julgar pelo barulho do carro que eu ouvi, ele havia percebido que o melhor era ir embora.

Enquanto isso, preciso arrumar um jeito da S/n falar comigo e eu poder falar o que realmente aconteceu.

E assim talvez ela me perdoe pela forma que eu agi e não pela forma como ela acha que eu agi.

Ao entrar de volta em casa, me deparo com Yelena me olhando séria. Sinto meu coração disparar e uma onda de calor percorrer pelo meu corpo. Sentimento esse que se assemelhava a uma criança sendo pega ao fazer alguma arte.

- O que ele estava fazendo aqui? - Cruzou os braços. O olhar mortal de Yelena ainda permanecia em mim e isso me fez engolir em seco.

- Ele também é amigo de Steve, mas já o convenci a não ficar aqui. - Falo e vou em direção as escadas, mas para isso eu precisava passar por ela e quando isso acontece, a loira agarra o meu braço.

- Espero que ele não volte aqui. Para o vem de S/a e o seu também. - Me olhou de forma ameaçadora antes de largar o meu braço. - Achei que vocês dois ficariam juntos depois do que aconteceu.

Encaro ela analisando o seu rosto. Ergo uma sobrancelha enquanto trinco meu maxilar.

- Nunca quis voltar com ele. - Falo ríspida. Voltando para o meu caminho com destino ao meu quarto.

- Ah, fala sério. - Riu com desdém. Revirou meus olhos e respiro fundo. Eu já estava de saco cheio dessa merda de assunto e de todos estarem me condenando.

- Se não acredita em mim, por que não pergunta a sua irmã? - Me viro de frente a ela. - Natasha sabe o que aconteceu e com base na sua reação, creio que ela não tenha falado nada pra você, é claro.

Yelena me olhou com dúvida e choque ao mesmo tempo. Sem esperar uma resposta por parte da loira, voltei a subir as escadas, encerrando de vez aquele assunto. Se ela quer realmente saber, ela que vá falar com sua querida irmã.

Devo explicações somente a S/a, mas primeiro preciso pegá-la sozinha e longe de Natasha e fazer com que ela me escute.

Another LoveOnde histórias criam vida. Descubra agora