Capítulo 25

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S/n Stark P.O.V.

Sento-me na poltrona macia do consultório da Dra. Jean, minha terapeuta. O ambiente é acolhedor, com luz suave e móveis confortáveis que me fazem sentir à vontade. No entanto, hoje, a ansiedade está tomando conta de mim, assim como nos últimos dias. Passo as mãos pelos braços da poltrona, me concentrando nas texturas da poltrona, tentando acalmar meus nervos.

A Dra. Jean, uma mulher de olhar gentil e paciente, se senta em frente a mim com seu bloco de notas. Ela me observa atentamente, esperando que eu comece a falar.

- Então, S/n, como você está se sentindo hoje? - Ela pergunta, com a voz suave e encorajadora.

Respiro fundo, tentando organizar meus pensamentos.

- Tem sido difícil. - Solto uma risada, mas nenhuma graça está nela. Dra. Jean me olha de forma paciente com um leve sorriso em seus lábios. - Eu fui até a empresa do meu pai para surpreender a Nat com um convite para almoçar, mas... - Paro por um momento, sentindo a dor no peito aumentar ao lembrar da cena. - Eu a vi conversando animadamente com uma das funcionárias. Elas estavam rindo e pareciam tão próximas. Não consegui evitar pensar que talvez Nat tenha seguido em frente.

A Dra. Jean acena lentamente, encorajando-me a continuar.

- E como isso te fez sentir? - Ela pergunta.

- Me senti... perdida. Como se todo o progresso que fiz até agora não fosse suficiente. Eu sei que deveria estar feliz por ela, se isso for verdade, mas não consigo deixar de me sentir triste e... meio traída, eu acho. - Admito, minha voz falhando ligeiramente.

- Entendo, S/n. É natural sentir essas emoções, especialmente considerando o que você e Nat passaram juntas. Mas deixe-me perguntar: você tem certeza de que Nat seguiu em frente? Ou isso é algo que sua mente está te fazendo acreditar? - Ela pergunta, inclinando-se levemente para frente.

Olho para ela, confusa.

- O que você quer dizer? - Pergunto.

- Bem, a mente humana é muito poderosa. Às vezes, ela nos faz ver as coisas de uma maneira que nem sempre corresponde à realidade. Quando você viu Nat com essa funcionária, o que exatamente estava acontecendo? - Ela questiona, tentando me fazer refletir.

Fecho os olhos por um momento, tentando lembrar da cena com mais clareza.

- Elas estavam rindo e conversando. Maria tocou o braço de Nat algumas vezes. Pareciam... próximas. - Digo, tentando não deixar que minhas emoções nublem minha memória.

- Certo. E você conversou com Nat sobre o que viu? - Ela pergunta, me incentivando a explorar a situação mais profundamente.

- Não. Eu saí de lá antes que ela me visse. Recebi uma mensagem dela depois, mas não consegui responder direito. - Admito desviando meu olhar para minhas mãos, sentindo uma pontada de vergonha.

A Dra. Jean assente novamente.

- S/n, é importante lembrar que nossas percepções podem ser influenciadas por nossos medos e inseguranças. O fato de Nat estar conversando com Maria e rindo não significa necessariamente que ela tenha seguido em frente. Pode ter sido uma conversa amigável, sem segundas intenções. - Ela explica, com paciência.

Respiro fundo, tentando processar o que ela disse.

- Então, você acha que eu interpretei errado? - Pergunto, sentindo um leve alívio ao considerar essa possibilidade.

- É possível. Mas o mais importante é que você se dê a chance de descobrir a verdade. Fale com Nat. Expresse seus sentimentos e preocupações. Só assim você poderá realmente entender o que está acontecendo e evitar mal-entendidos que podem prejudicar ainda mais o seu relacionamento. - Ela aconselha.

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⏰ Última atualização: Jul 20 ⏰

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