Capítulo 2

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Daniel sentiu o beijo acabar e a pessoa se afastar, eles já haviam conversado sobre o assunto, mas naquele momento, Daniel sabia que eles poderiam brigar. Ele pediu desculpas por tocar no assunto e voltou a abraçar e beijar a pessoa que ali estava. Eles fizeram amor em mais uma tarde de escapadas, ambos adoravam essas escapadas. Daniel, tomou um banho, se arrumou e viu ali o corpo nu na cama da pessoa que amava, sorriu e sentou na cama e beijou-lhe as costas e saiu da casa, voltou para o escritório, teve a reunião com o pai sobre o jurídico e depois foram para casa no final do expediente. Camila estava com eles e riu quando viu algo no estacionamento.

– Uriel vai levar uma surra da mãe dele, quando a tia descobrir quem é a tal namorada! – disse Daniel rindo.

– Eu não quero estar na pele dele, Teresa é radical com ele, se minha irmã sonhar que Uriel está namorando a amiga dela e de Amparo, prevejo tempestades. – disse Arturo rindo e entrando no carro com os filhos.

– Pai, você sabia? – perguntou Camila.

– Filha, desde o primeiro dia. Érica trabalha aqui, confio nela, e acho que é recíproco, quando ela viu que estava sério veio falar comigo. Eu só disse que os dois eram adultos e tinham suas vidas, e claro pedi para profissionalismo já que os dois trabalham na mesma empresa.

– Pai e por qual motivo nunca nos contou? – disse Daniel.

– Quem dorme com Érica, é Uriel, não eu, eu não tenho que contar nada, eles são adultos, eles que se entendam. Agora eu, adverti os dois, Teresa é brava, e ele deveria contar para a mãe com quem saia.

– Meu Deus, pai, sabe desde sempre então! – falou Camila incrédula e logo ouviu o pai rindo.

Daniel estacionou o carro, viu a irmã descer e olhou para o pai, Arturo entendeu o filho e sorriu.

– Pode ir, eu e Camila jantamos juntos hoje, mas um dia espero conhecer seu amor!

– Quando estivermos prontos, pai! – Arturo deu um forte abraço no filho e saiu do carro, a bengala sempre era a primeira a sair, desde a operação Arturo fazia uso dela. – boa noite pai, nos vemos amanhã.

Arturo sorriu e entrou em casa, avisou que Daniel não jantaria com eles, e seria somente ele e a filha. Depois do jantar Arturo foi para a sala, sentou na poltrona que gostava, pegou um livro que estava na mesa, abriu e viu a foto de Amparo, era sempre assim, depois do jantar ele ia para a sala da lareira, se sentava na sua poltrona favorita e via a foto de Amparo. Ficou ali por algum tempo depois, resolveu caminhar no jardim, era uma noite de verão, foi até o orquidário que mantinham ali, era o orquidário dele, gostava de plantas, das flores, mas tinha uma vaso em especial que nunca deu flores, desde que plantou ela só floriu uma vez, e isso foi quando Camila nasceu, há 22 anos. Naquela noite ele pegou o vaso e sorriu.

– Amanhã Camila completa 22 anos, bem que poderia florir novamente! – ele pegou o vaso e também os demais e logo caminhou para dentro de casa.

Arturo estava inquieto naquela noite, pegou as chaves do carro e avisou a filha que iria dar um volta e que não se preocupasse que logo voltava. Ele dirigiu por uma hora, depois parou em uma loja de conveniência que estava aberta naquela hora. Ele entrou e caminhou pegou uma água com gás e uma barra de chocolate, quando estava indo em direção ao caixa sentiu um esbarrão que fez sua bengala cair de sua mão.

– Perdão, eu escorreguei e bati em... – ela sobe o olhar e mira fixamente na face de Arturo. – Esbarrei no senhor, mil desculpas, o chão está molhado, tenha cuidado. – ela pegou a bengala do chão e entregou para Arturo, ela foi para o caixa, pagou suas coisas e saiu.

Arturo não falou nada, a mulher saiu rápido e ele a seguiu com o olhar, ele riu depois do ocorrido e pensou, jovens... se bem que a mulher não era tão jovem assim. Ele foi para o caixa, pagou e voltou para o carro que dirigia para casa. Quando chegou Teresa estava na sala esperando por ele, Camila viu o pai entrar e foi ao encontro de Arturo.

E se... houver amor!✅Onde histórias criam vida. Descubra agora