Elena sai da janela e senta no sofá em frente a lareira, tinha uma caneca de chocolate quente na mão. Seu pensamento estava longe quando ouviu o interfone do portão. Elena riu e sabia que era Daniel com Sebastian.
– A reconciliação tinha que ter plateia. – quando ela olhou o monitor não acreditou, era ele, mas como...– Sim, boa noite! – ela diz pelo interfone.
– Olá, por favor gostaria de falar com a Sra. Carbajal, sou Arturo Otero. – disse ele sem saber quem era do outro lado. Ele fica ali e vê o portão se abrindo, coloca o carro em movimento e entra na propriedade.
Elena estava na porta quando viu o carro estacionar, mas ele não saiu do mesmo. Arturo estava sem acreditar, ela havia comprado a casa que era dele, a casa era de Arturo, ele a construiu e depois que se casou vendeu. Ele ria sentado no carro.
– Se isso for uma brincadeira do destino, só pode ser de muito mal gosto! – ele resolveu sair do carro.
– Sr. Otero, está tudo bem? – Elena o esperava na varanda da frente. – Aconteceu alguma coisa? – ela estava preocupada, como ele foi na casa dela, como se somente os tios e Sebastian sabiam da compra.
– Sra. Carbajal, peço desculpa pelo horário, sei que é tarde. – ele ficou sem ação, naquela noite ele simplesmente entrou no carro, dirigindo sem rumo certo e acabou na casa da colina.
– Pode me chamar de Elena. Mas está tudo bem?
– Sim, está tudo bem, eu tenho costume de dirigir a noite, e não sei o que vim fazer aqui, é tudo tão estranho. – ele passa a mão no rosto e respirou fundo. – Não sei o que foi, eu sonhei essa tarde com a casa da colina, e depois descubro que é a nova dona!
– Conhece esse lugar? – ela caminha para perto dele. – Assim que vi as fotos sabia que era a casa ideal.
– Eu construí esse lugar, foi a minha primeira grande casa! – ela ficou surpresa.
– Nossa, realmente isso me deixou surpresa, mas veio aqui para tentar comprar de volta? – ela se afasta. – Se for isso desista, pode voltar pelo mesmo caminho que veio.
Elena se virou para entrar em casa e quando ele percebe a pega pelo braço, o corpo dela fica junto do de Arturo. As emoções daquele momento eram confusas, ele foi lá, sabia que era a casa dela, mas queria falar com ela. Quando os olhos deles se encontraram foi mais confuso ainda, ambos não sabiam o que se passava. Elena coloca as mão no peito dele e suspira. Arturo a segura pela cintura a abraçando e por instinto de atração a beija. .
– Me desculpa, eu não... Não... eu...– ele estava confuso, não encontrava palavras.
– Sr. Otero, não vou vender minha casa! – ela se afastou dele, ela viu a bengala no chão e logo ele se abaixou para pegar a mesma.
– Não vim aqui para isso, na verdade nem sei o que vim fazer aqui, você e meu filho...Me desculpe. – ele se virou e caminhou em direção ao carro, nesse momento começou uma chuva forte do nada, ele ficou parada ali. Elena caminha até ele e pega a mão dele.
– Vem, sai da chuva, vai ficar doente! – ela o conduz para dentro da casa, ela o faz sentar e vai pegar uma manta para ele. – Tire o blazer, está molhado, Sr. Otero, o que quer de mim? Eu não tenho nada com Daniel, somos realmente só amigos. Ele me trata bem, mas é como irmão para mim.
– Arturo, só Arturo. – ele tira o casaco e ela pega colocando do outro lado do sofá. – Ele te olha com carinho e por isso achei que era a namorada casada dele!
– Ele tem uma namorada casada? – Elena riu alto. – Ele precisa me contar sobre ela!
– Me desculpa novamente, quando seus tios me disseram que estava morando aqui, nossa eu sonhei essa tarde com essa casa!