Meu querido... Irmão? (Livro 1)

Adeus?

A semana passou muito rápido, já é sexta e eu não estou naquela animação de quando chega sexta, o Matt vai embarcar hoje para o Estados Unidos, o que significa que ficarei sem meu namorado e meu melhor amigo.

São nove da manhã e eu não fui na escola e nem no passeio ao Museu britânico, mas fazer o que? Só está eu e o Tommy aqui em casa, quer saber, vou ver o Matt.

Saio do apartamento, desço as escadas e logo estou no quarto andar do prédio, ando até a porta do apartamento de Matt e bato três vezes. Ele abre a porta e um sorriso fraco aparece em seu rosto.
- Eu não quero ir...

- Você tem que ir, Matt. – Digo, ele da espaço e entro no apartamento. - Seu futuro depende disso...

- Sim, mas... - O interrompo.

- Não Matt, você vai e ponto final. Não liga para o que eu disse. Já arrumou sua mala?

- Não... Quer me ajudar? - Sorrio e vamos para seu quarto. Matt pega uma mala grande, a abre e joga na cama. - Vamos colocar a mão na massa! - Pegamos tudo que o Matt vai precisar e colocamos na mala.

O Matt vai ficar num apartamento perto do colégio onde irá ficar até o fim do ano. O motivo pelo qual o Matt irá é que todos os alunos do terceiro ano fizeram uma prova específica, tipo, eles escolhem a faculdade e sua futura profissão, o professor passa umas questões de cada profissão e dai começa a pegar pesado. Cada aluno tem uma semana para estudar e quem tira de oito a dez já passa e quem tirou de 7 para baixo não. É muito difícil tirar 8, 9 ou 10, de acordo com as fontes. Sorte que o Matt consegui.
- Finalmente acabamos! – Matt fala e se senta na cama. - Obrigado pela ajuda, Becca!

- De nada. Vamos no Starbucks? Estou com vontade de comer um salgado de lá e um mocha também. - Sorrio.

- Vamos de carro ou apé? - Ele sorri e eu reviro os olhos. - Já entendi! - Ele pega a chave do carro e saímos do apartamento indo ao estacionamento do prédio. Ele destrava o carro e entramos. - Próxima parada Starbucks! - Ele da a partida no carro.

Na volta para casa, meio dia e meia, fiz um almoço para nós e quando terminamos pegamos as malas e fomos ao aeroporto, mas como eu vou voltar para casa se eu não sei dirigir? Óbvio que eu chamei meu querido amigo, Lou. - Com certeza vocês pensaram no Noah.

Ao chegar no aeroporto, entramos e Matt foi fazer o check-in, enquanto eu e Louis ficamos esperando na área de embarque. Depois de alguns minutos, Matt e seus amigos se aproximam da gente e batemos um papo bem rápido até ouvir a voz de uma mulher indicando a área para o embarque ao Estados Unidos.
- Louis, pelo amor de Deus, cuide bem dessa criatura, okay? - Nem um pouco exagerado.

- Cuidadei bem Matthew! - Lou sorri.

- Eu não tenho mais sete anos! - Cruzo os braços e faço bico.

- Sabemos! - Os dois dizem juntos e começam a rir.

- SENHORES PASSAGEIROS, POR FAVOR EMBARCAR PARA O VOOU PARA DENVER, ESTADOS UNIDOS.- Novamente é ouvida a voz da mulher.

Matt me olha com um sorriso no rosto, ele me abraça e em seguida me da um selinho demorado, ele se afasta aos poucos e posso ver seus olhos lacrimejando.
- Então... Isso é um adeus? - Pergunto quase chorando. Sou muito sentimental, né?

- Nunca será, Becca! Será apenas um até logo...

- Quando você vai voltar?

- Não sei... Mas antes do seu aniversário eu estarei aqui! – Ele alisa minha bochecha.

- Matt... Sentirei saudades.

- Eu também... - Ele me abraça novamente.

- ÚLTIMA CHAMADA PARA O VOOU DE DENVER. SENHORES PASSAGEIROS EMBARQUEM NA PLATAFORMA E.

- Tenho que ir... Tchau Louis, cuide bem da sua irmã e da Becca.

- Eu cuidarei! - Louis me da um cascudo.

- E você mocinha... Se cuide, ouviu? - Matt me da um rápido selinho e beija minha testa. - Eu te amo muito!

- Também te amo... - Ele sorri. - Manteremos contato?

- Claro! - Ele me abraça mais uma vez e entra na área de embarque, sumindo de nossas vistas. - Tchau...

- Vamos, Becca? - Pergunta Louis me abraçando de lado.

- Vamos...

Chego em casa batendo a porta e vou para o meu quarto me trancando no mesmo. Começo a chorar deitada na cama, Tommy sobe na cama e se deita ao meu lado. Pego meu celular e vejo que tem mensagens da Alex, do Noah, da Bea e do Matt.
- Filha, você está bem? - Pergunta minha mãe.

- As mil maravilhas, mãe! - Respondo sarcasticamente.

- Abre a porta, por favor! - Me levanto e abro a porta. - Calma, tá? - Ela me abraça e eu choro em seu ombro. - Agora me explica o que aconteceu? - Se sentamos na cama e explico tudo que aconteceu.

Quando da umas seis da tarde vou para a cozinha e preparo o nosso jantar, macarrão ao molho branco, especialidade.
Ao terminar, arrumo a mesa e coloco a panela com o macarrão no centro da mesa.
- O jantar está pronto! - Digo alto, minha mãe entra na cozinha e se senta.

- O que iremos comer?

- Macarrão ao molho branco! – Me sento e começamos a nos servir.

- Está muito bom, filha! - Ela diz assim que prova.

- Que bom que gostou! – Sorrio fraco. Minha mãe me olha e respira fundo.

- Você vai superar...

- Talvez eu vá... Quem sabe um dia?

- Com certeza, filha. - Batem na porta.

- Deixa que eu abro. - Me levanto e abro a porta. - Ah não!