A Festa Neon

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Acordo com minha mãe abrindo as cortinas do meu quarto revelando o lindo sol que invade meu quarto. Odeio quando ela abre as cortinas, e ela sabe disso, mas não tem jeito de acordar cedo em pleno final de semana.
- Mãe! - Digo me sentando na cama. - Que foi?

- Hora do almoço.

- Almoço? Mas ainda é de manhã!

- Filha, olha a hora no seu celular e me diz. – Pego me celular e vejo o ecrã. Meio dia e meia. – Já está na mesa. – Ela diz e sai do quarto.

- Alex, acorda! – Jogo meu travesseiro nela e logo ela acorda me olhando com raiva. – Almoço! – Digo saindo do quarto.

A semana passou rápido, mas quando foi sexta parecia que o dia nunca ia acabar, mas vamos ficar feliz porque hoje é sábado. Alex dormiu aqui porque quer me arrumar e também porque ela não estava afim de dormir em casa, as vezes essa menina é estranha.
- Que horas é a festa? Quando acaba? Vai ter bebida? Tem mais homem ou mais mulher? Vai ser aonde? - Minha mãe como sempre exagerada.

- As sete, não sei, sim, acho que será meio a meio e vai ser na casa do Noah. - Logo minha mãe se engasgou com o suco. - Ta tudo bem, mãe?

- Sim filha... Como é esse tal de Noah?

- Bem... Ruivo, sardento, musculoso, mora com o pai e acho que só... Se bem que olhando assim parece que ele é minha versão masculina.

- Por que acha isso filha?

- Porque ele se parece comigo, será que somos irmãos? – Penso alto e rio. – Não, é claro que não!

Falta menos de uma hora para a festa do Noah e eu sou uma pessoa que não gosta de chegar tão cedo e nem tão atrasada. Não comprei um vestido branco, porque é claro que eu não vou seguir essa regra.

Vou usar um cropped branco, um short jeans claro de cintura alta e uma sandalia.

Alex, não querendo ser a diferentona, preferiu usar um vestido branco que deixa marcado perfeitamente as curvas do seu corpo e um salto branco para combinar.

Quando deu oito da noite alguém bate na porta e quando eu abro vejo Matthew vestido com um blusa branca, calça jeans estilo rasgada, um all star preto e uma touca branca.
Entramos no carro e fomos até o condomínio onde será a festa, quando chegamos vemos várias pessoas entrando na enorme casa. Estacionamos na frente da casa assim como os outros carros que estavam, descemos e entramos na casa. Meu Deus!
- Oi Rebecca, Alex e Matthew! - Diz Ashley. Até que ela não exagerou no vestido. Um vestido branco tomara que caia na metade das coxas. - Aqui estão os acessórios para a festa Neon Light! - Ela entrega algumas minis tintas, pulseiras e maquiagem. - O banheiro feminino fica no segundo andar.

Fomos até o banheiro e começamos a nos maquiar e a colocar os acessórios. Quando terminamos fomos até um bar e pedimos duas bebidas para começar a noite, o barman coloca as bebidas no balcão e num gole só bebemos tudo.

Puxo Alex para a pista de dança e começamos a dançar como nunca, sendo que ainda estamos em si. Bebemos mais um pouco e ai sim ficamos fora de si. Começo a dançar como nunca dancei a na vida até que sinto alguém me puxar e aproximar meu corpo do seu.
- Oi ruiva! - Já conheço essa voz de longe. Noah. - Até que você não dança mal hein! – Ele ri.

- Oi Noah, vamos dançar? - Ele assente e começamos a dançar até que começo a ficar cansada e ele me leva para a varanda da casa. - Nossa, que vista linda!

- Toda noite venho aqui e tento lembrar um pouco da minha mãe... Com certeza ela é ruiva. - Rimos.

- Sabe... Eu queria saber como meu pai é, entende? Poder ver o rosto dele, abraçá-lo e perguntar o porquê dele ter deixado eu e minha mãe. – Respiro fundo. - Ver meu pai é o que eu mais quero no mundo...

- Você puxou sua mãe pelo fato de ser ruiva, né? - Confirmo. - Ta explicado a ruivisse! - Rimos. – Será que somos irmãos e nem sabemos? – Encaro ele e ele da um sorriso. – Claro que não, óbvio!

- Somos apenas dois adolescentes ruivos, totalmente iguais, mas de sexos diferentes e diferentes vidas.

- Exato!

- Soube sobre o seu caso de amizade colorida com a Ashley... Isso é verdade?

- Já te contaram? – Ele fica em silêncio e coça a nuca. - Bem... Sim! Eu e a Ashley já namoramos e quando terminamos tivemos o caso de amizade colorida já que ela não queria me largar. Mas eu sei que ela tem os peguetes dela e eu as minhas. Ela não sabe o quê é amar ou amor... E falando nela... - Me viro e vejo Ashley dando um selinho em Noah.

- Os meninos estão a sua procura, querido. - Ela sorri. Tomara que o salto dela quebre. Noah se despede e deixa apenas eu e Ashley sozinhas na varanda. - Olha aqui ruiva, não encoste no meu Noah, ta ouvindo? Não quero você com ele, ele já tem dona, valeu? Agora sai daqui!

- Olha aqui Ashley, - A encaro. - nem tente tirar a minha paciência e que ciúme é esse? Não vou pegar o Noah, ficou doida? Sua mãe não te ensinou educação?

- Claro que ela me ensinou! Agora, se eu ver você novamente ao lado do Noah e eu vou contratar alguém para te atropelar! – Ela diz e sai da varanda pisando fundo.

Saio da varanda e vou até a cozinha, muita gente, aproveito que tem um garoto abrindo a geladeira e peço a ele um refrigerante qualquer, depois vou para a sala e me sendo no sofá que por sorte está vazio, me sento e fico mexendo no meu celular até que sinto alguém do meu lado.
- Quer dançar, ruiva? – Ele pergunta esticando o braço. Me levanto e pego em sua mão, ele me leva para o centro da sala, suas mãos rapidamente foram para a minha cintura e meus braços para seus ombros e começamos a dançar uma música lenta.

Noah até que não dança mal, ele dança muito bem, melhor que eu.
Quando me dou por si percebo que são duas horas da manhã e a casa ainda está cheia de gente.
- Desculpa atrapalhar a dança Noah, mas eu tenho que encontrar meus amigos.
- Tudo bem ruiva, pode ir. – Ele sorri de lado e saio a procura de Alex e Matt.

Ando pela casa toda e não vejo eles em nenhum lugar, então o único jeito é ir andando... Me despeço do Noah e quando saio do condomínio percebo que o carro do Matt não está mais ali - Ah valeu mesmo Matthew. - vou andando até que um carro preto para e abaixa o vidro revelando Noah.
- Uma donzela não pode andar as duas da manhã sozinha numa rua deserta, sabia? - Sorrio e reviro os olhos. - Entra ai! - Ele sorri e eu entro no carro, coloco o cinto e acabo dormindo ali mesmo.

Meu querido... Irmão? (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora