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Não sejam leitores fantasmas!!!Felipe pov's.
Depois da minha conversa com a S/n, fui fazer uma das coisas que eu mais amo neste mundo, que é ver minha menina.
Com tudo o que está acontecendo, eu não tenho me aproximado muito dela e nem da minha ex-mulher. Até o momento, Candelária não as conhece, ou seja, a chance dela fazer mal para minha família ainda é pequena.
Chego na escola e assim que ela me vê, corre até mim e pula no meu colo. Involuntariamente, minha ex-mulher que estava ali sorri ao ver a cena, ela não admite, mas sei que sente falta de nos ver juntos.
Alice: Papai, que saudade! - diz me abraçando.
Felipe: Também estava morrendo de saudades, minha princesa.
Alice: Quando você vai voltar pra casa, papai? - pergunta manhosa.
Felipe: Quando eu posso voltar pra casa, mamãe? - falo imitando minha filha.
Laís: Ainda não sei dizer, é complicado filha!
Alice: Mas eu tô com saudade do papai!
Felipe: E eu tô com saudade da Lili! - digo e ela me olha sorrindo.
Laís: Por que vocês são tão iguais?!
Nisso ela está certa, Alice puxou tudo de mim, desde a aparência até a personalidade. Olho para minha filha que sorri com carinha de quem vai pedir alguma coisa, conheço bem essa menina.
Alice: Papai, você tá pensando em um picolé de unicórnio?
Felipe: Talvez, você quer um picolé de unicórnio?
Alice: Sim! - diz eufórica.
Laís: Nem pensar, tem que tomar o café da tarde antes, filha!
Alice: Ah mamãe, por favorzinho.
Felipe: Por favorzinho, mamãe!
Laís: Tudo bem, mas só desta vez, hein!
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É sempre incrível passar a tarde com as minhas meninas, sinto tanta falta delas. Alice me obrigou a tomar um sorvete de unicórnio, pois segundo ela: "O sorvete da Lili e do papai tem que ser iguais!"
Depois disso, voltei para casa de Carla, por volta das 22:00. Assim que cheguei estava tudo escuro e silencioso, provavelmente todos estavam dormindo.
Com isso, aproveitei para levar ao Luca o lanche que havia comprado para ele. Como a Lili quis ir no Mc Donald's para comer um Mc Lanche Feliz, acabei comprando um pra ele também, só que obviamente eu tenho que entregar escondido.
Felipe:Carinha, trouxe comida boa para você hoje!- falo entrando no quarto.
Entro em desespero ao ver o garoto caído no chão, ele estava arroxeado, com marcas de chicote em todo corpo, sua boa salivava excessivamente, indicando uma provável convulsão.
Rapidamente largo o pacote com o lanche em qualquer lugar do quarto, vou até Luca, o deito em meu colo e verifico sua respiração, que estava fraca; e seus batimentos, que eram quase nulos.
Eu tenho que dar um jeito de levá-lo ao hospital, entretanto, tenho que pensar no que Candelária pode fazer se encontrar minha família.
Não quero ter no sangue do Luca em minhas mão, entretanto, também não estou disposto a sacrificar minha família por ele.