Camille, irmã mais nova de Brennuz, que desde 2016 é apaixonada por esse mundo de rimas e vive frequentemente em palcos de batalhas.
Mas tudo começa quando o seu fiel amigo desde as antigas, Apollo, começa a sentir sentimentos diferentes. Com o públ...
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Pov's Camille:
O AldeiaCast havia convidado eu e Brennuz para participar do podcast mais famoso do mundo das rimas. Mas havia um motivo, nós tínhamos ganhado a Aldeia de dupla, até que os irmãos foram bem, não é mesmo?
Não éramos os únicos a ir também, a dupla finalista também foi convidada. Apollo e Barreto, esse menino me persegue hein.
Tenho um pouco de medo do AldeiaCast, dura sempre umas seis horas, muitas coisas podem ser reveladas.
O podcast começou, estamos na mansão da Aldeia. Naquela sala tradicional, eu estava no sofá com Mike e no outro lado Brennuz com Bob. Apollo e Barreto não haviam chegado ainda, ainda.
— Olha quem chegou, bem cedo. — diz Bob ao verem a dupla entrarem. — Senta aqui, Barreto, precisamos conversar.
— Diga, meu amado. — fala Barreto se sentando ao lado de Brennuz.
— Preciso da opinião de alguém com a sanidade e mentalidade de um alto nível — a sala inteira ri.
— Senta aqui. — sussurro para Apollo apontando para o espaço do meu lado no sofá.
— Que isso, casal. Aqui não, hein. — diz Mike que ouviu o que eu havia falado.
Rimos, a atenção da sala estava nesse canto.
— Até esqueci o que eu iria falar, carai. — Bob diz rindo. — Os dois ofuscaram o meu brilho. Preciso falar sobre a rima de ontem?
— Até eu quero falar dessa rima. — Brennuz pega o microfone de Barreto. — Que trocadilho foda, Apollo. Kant tá orgulhoso, moleque.
— A ideia só veio, eu nem pensei direito na rima. — ri. — Fiquei com um medo da porra da Camille depois brigar comigo mas foi de boa.
— Realmente, eu juro que até demorei pra entender a rima porque ele respondeu tão rápido e teve tanto grito.
— Olha, eu tava no outro lado da praça e eu ouvi a rima. — começa Mikezin. — Eu corri tão rápido pra poder ouvir a resposta do Brennuz, e o moleque também entrou na gastação.
Até poderia pensar que Brennuz iria ficar um pouco bravo com o que Apollo disse, mas ele levou na brincadeira mesmo. O Breno tem um jeito protetor que chega a ser assustador.
— Eu tenho muita saudade de quando as batalhas eram assim, parça. Essa essência divertida eu só vejo raramente.
— Mas conta pra nós. — começa Mike. — Já pediu a benção pro Brennuz, Apollo?
A sala toda faz um "Ihhhh".
— Um dia eu peço, eu juro.
— Aee. — grita Barreto e Mike.
「• • •」
A galera estava na pura zoeira, reagimos há um monte de rimas, e fizemos o jogo CS Composto, difícil demais, cara.
Enquanto tudo isso. Percebo Apollo colocar o braço por cima de meu ombro, aproveito a oportunidade e deito minha cabeça em seu peito.
— Nem pediram bênção ainda, isso que é foda. — fala Brennuz fazendo todos rirem.
— Duas horas e mil espectadores. — gritou Bob e todos também gritaram em comemoração.
— Foi esse casal, certeza. — comenta Barreto rindo.
「• • •」
Apollo teve uma ideia de brincadeira, tínhamos que rimar com a mesma terminação, sem repetir, senão iria tomar um shot. E Barreto, que não bebe, iria tomar um peteleco na orelha de Apollo.
— Você sabe, meu parceiro, que eu cheguei sem vacilo. — começou Bob.
— O bagulho é louco, ele pesa mais de uns quilos.
— Tá ligado, parça, que o rap tá com estilo.
— O meu plano é matar crocodilo.
— O lugar do Bob, eu acho que é no asilo.
— O bagulho é louco, mas eu acho que eles não viro.
Zoamos muito pela rima pobre de Brennuz e ele tomou a dose.
— Hoje eu faço o meu protocolo. — começou Brennuz na maldade e eu já tinha entendido.
— Se liga, parça, eu tô com torcicolo.
— E a Camille que não assume que quer pegar o Apollo. — disse Mike fazendo toda a sala ir e gritar.
— Ah, vai tomar no cu, Mike. — digo rindo.
Desde o começo eu já sabia que ia vir alguma coisa relacionada a Apollo.
— E você ainda perdeu, Cami. — fala Bob.
— E eu já tinha pensando em muitas, colo, nucléolo, solo, desolo, esfolo. Que ódio.
— Camille, porque você tem tanta rima com Apollo? — pergunta Barreto com um sorriso travesso fazendo a galera rir.
— Eu vou te dar um peteleco na cabeça, tá, Barreto. — falo rindo.
No final do podcast, eu e Apollo estávamos naquele mesmo jeitinho abraçados. Enquanto a galera já estava morta.
O AldeiaCast já tinha acabado, no final foram quatro horas de pura gastação e zueira. Muita das piadas sempre levando para Apollo e eu, mas no final, foi tudo bem divertido.
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