Explicações

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 Selene encarava o diretor, que sentava em sua cadeira a observando cuidadosamente como uma águia. Estavam assim desde um longo tempo indeterminado, talvez porque o tempo em sonhos passasse de forma diferente. Mas aquilo não era nem de longe um sonho.

Transportar sua consciência era uma coisa extremamente complicada de se fazer, entretanto selene teve a motivação certa para invadir a mente do diretor de hogwarts. Ele não parecia surpreso, nem mesmo impressionado com ela ter conseguido adentrar os muros de sua cabeça como se fossem véus de água relaxantes. Sabia que era o que ia acontecer, afinal fez o que fez esperando a reação da garota, sabendo que ela iria se revoltar e podia sentir a raiva saindo de dentro dela, por mais que ela fosse o cuidadosa o bastante para manter um rosto neutro.

Dumbledore pensou que tinha sorte da garota ser tão nova, que seus traços adolescentes ainda não tivessem sumido, deixando-a um pouco inconstante e emocional, porque dessa forma seus anos de treino e experiencia pesavam mais do que o poder da menina. Em qualquer outra situação ele estaria jogando o jogo dela ao invés do contrario.

Ele via a sua inquietação, os pequenos gestos que ela fazia mesmo sob sua aparência meio espectral. O porque dela estar ali? O diretor precisava dela, e sabia que não havia maneira dela cooperar com ele por espontânea vontade. Por outro lado, ele sabia exatamente como forçar um pouco a vontade. Ele sabia que Voldemort estava conduzindo um plano para mata-lo, Severus Snape tinha o deixado a par disso depois de ter feito o voto perpétuo com narcissa malfoy, prometendo proteger draco.

O garoto era um tanto imprevisível, e ele não poderia colocar em risco seu plano de destinar a varinha das varinhas para harry potter. Foi exatamente isso que ele disse a garota lobo em sua mente. O olhar de selene foi cético.

Severus Snape poderia tranquilamente fazer isso sozinho. - seus olhos estavam irritados e calculistas - Me diga o porque de precisar de mim tão desesperadamente ao ponto de me chantagear colocando a vida de meus pais em risco.

Como sempre, Srta. Lupin você não falha em cumprir com as minhas expectativas - disse com um gesto de mão - Recebi o que podemos chamar de sinal, a missão na qual enviei seu pai nos permitiu ter consciência da quantidade de lobisomens que existem atualmente, e devo dizer, são números alarmantes, principalmente com a guerra próxima. Além disso há rumores de que Fenrir Greyback está atrás de um poder ancestral, se é que já não o possui. Observe que eu tenho tudo sobre controle no lado bruxo... mas se Greyback tiver tanto poder quanto imagino que tem, tudo estaria perdido se eu não achasse um jeito de controlar isso, ou melhor, uma pessoa

Seu plano é me infiltrar no lado das trevas através de Draco Malfoy e depois eu ser levada para a alcateia de greyback... como tem certeza de que Greyback vai me aceitar entre eles, ou mesmo que Voldemort vai permitir que eu vá com os lobisomens? Está ciente de que ele tentou invadir minha mente como eu estou fazendo com a sua agora? Ele está fazendo de tudo para tentar descobrir a fonte dos meus poderes, para descobrir o porque de eu não poder morrer.

Extinto, é assim que eu sei que Greyback vai te aceitar, seres mágicos não pensam como seres humanos, eles são fortemente guiados por seu lado biológico, você mesma é uma prova disso. Na cabeça de seu pai você é dele, e lobos são bem possessivos. Nem mesmo Voldemort tentaria entrar no caminho de um animal e sua cria.

Não vou entrar nessa sem ter certeza de que você não vai mais mandar meus pais e amigos para missões suicidas só para me manipular. Quero uma garantia, de que você não vai interferir com eles.

E o que você sugere?

Voto perpétuo - os olhos verdes estavam sérios como nunca.


A garota abriu os olhos voltando a sentir a água, agora fria, da banheira. Seus dedos murchos sairam da água e agarraram a toalha que foi esfregada contra o braço vermelho de selene. Ainda podia sentir os espinhos invisíveis do voto firmados em sua carne, sua cabeça doía sobre seus cabelos úmidos e ela foi até o armário pegar ervas para enxaqueca. Ao olhar no espelho ainda embaçado o mesmo sorriso cínico que ela dirigiu a dumbledore durante o voto, apareceu.

Não importa o que eu tenha que fazer, ninguém mexe com a minha familia. Quando acabarmos com isso tudo, quero que aquele velho queime no inferno.

A filha de LupinOnde histórias criam vida. Descubra agora