Capitulo 12

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A garota de cabelos castanhos se olhava no espelho exausta, tinha pequenos machucados e arranhões no rosto. Acordar essa manhã tinha sido uma experiência terrível, com sua cabeça doendo ela se dirigiu ao salão principal em busca de uma xícara de café quente. Ouvia o eco de seus passos no castelo vazio, ao passar pela porta da enfermaria levou um susto com a barulhenta porta abrindo rapidamente.

Remus, porque está acordado? Vai estragar seus curativos

Mione encarava Remus, que estava extremamente pálido com profundas olheiras embaixo dos olhos.

Preciso achar a Sel - falava agarrado no curativo que sangrava na região de suas costelas - ela está em algum lugar da floresta, provavelmente machucada ou algo pior, não deveria ter me descuidado, ela sempre fica dentro da casa dos gritos sabe? Não pode se transformar na floresta, se não coisas ruins acontecem... - falou enquanto mancava para fora da enfermaria.

Hermione sentiu como se de repente uma bomba tivesse caído em seu estômago que já revirava pela falta de café da manhã. Como ela pode esquecer? Selene havia passado a noite como lobo na floresta e ela tinha a impressão que ter levado um coice de bicuço foi o menor de seus problemas. Observou o pai da menina que cambaleava ao andar, concluindo que ele certamente não tinha condições de vasculhar a floresta negra. A menina então convenceu?Obrigou o professor a voltar para a enfermaria, dizendo que Selene ficaria furiosa se soubesse que ela tinha deixado seu pai sair procurá-la naquele estado e que ela chamaria Harry e os dois se encarregaram de achar Selene.

A menina então deu meia volta retornando para a torre da grifinoria e indo até o dormitório de Harry acordá-lo.

Droga, Hermione, é sábado- falou quando a castanha puxou suas cobertas o mandando se levantar - Seis da manhã de sábado - falou olhando o relógio ao lado da cama - O que você está fazendo aqui ?

A menina foi explicando para ele o que ambos deveriam fazer enquanto o arrastava para a floresta negra. A floresta estava anormalmente quieta, coberta de uma espessa névoa, assemelhando- se a um cenário de filme de terror.

Lembre-se, temos que achá-la rápido, sabemos que tipo de perigo habitam a floresta, quanto antes pegarmos a sel e sairmos daqui melhor. - como que para confirmar a fala da garota foram ouvidos uivos de todas as direções e vultos baixos começaram a cercar a dupla que rapidamente desembainhou as varinhas se colocando em posição de defesa.

Os Lobos começaram a sair de dentro da névoa, Hermione começava a trabalhar suas engrenagens rapidamente, aquela era uma matilha, quais eram as chances de aqueles lobos estavam tentando levá-los à sel? Bom, graças a Harry ela não teve que imaginar muito, pois assim que os lobos começaram a correr o menino que não tenta muito se manter vivo os seguiu correndo, não deixando outra opção para garota além de seguir os lobos.

Após uma hora correndo em meio a floresta, mione questionava seriamente as decisões que tinha tomado na vida que tinham a levado a naquele momento seguir criaturas selvagens para o coração da floresta. Não era do seu feitio tomar decisões idiotas,e quando os lobos desapareceram de repente ela se preocupou em estarem no lugar errado, quando um horrível cheiro de carniça adentrou as suas narinas a fazendo torcer o nariz. Com passos cuidadosos ela seguiu o cheiro, adentrando uma pequena clareira em meio às árvores ela pode ver uma figura encolhida em meio a névoa.

Hum... Selene? - fala cuidadosamente tendo um leve sobressalto quando a garota subitamente a encara, olhos verdes brilhantes, os lábios manchados com sangue e o rosto tracejado por lágrimas.


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[ possíveis gatilhos]

Selene tinha acordado pouco antes da chegada de Hermione na clareira. Tinha uma vaga memória de si como lobo correndo pela floresta, uivando, sua visão turvando e o resto era tudo um lapso. Ao abrir os olhos sentia mais que via as coisas ao seu redor, a primeira coisa a chamar sua atenção foi o cheiro de pinho, o ar úmido da névoa e algo molhado e denso ao seu redor. Sem sair da poça onde estava a menina joga a cabeça para trás, seu corpo doía como sempre após a lua cheia, sentia um incômodo nas costelas que imaginava ser devido ao chute do hipogrifo, e mais alguns cortes pequenos provavelmente causados pela vegetação e surpreendentemente não sentia nenhum arranhão ou mordida.

A filha de LupinOnde histórias criam vida. Descubra agora