A filha de Lupin

capitulo 45

Selene mantinha os olhos bem abertos, ela tinha aguardado pacientemente que todos na barraca central pegassem no sono. Seu braço latejava e o sangue seco puxava sua pele, aquilo a atrasaria, não podia aparatar com um braço quebrado, não sem a chance de destrinchar. Tinha feito o que podia para parar a dor, mas vinha cobrando muito de sua magia, além do mais, ela estava fraca, vivendo basicamente de chocolate e frutas ocasionais. Desejou ter um vidrinho de esquelece com ela, mas mesmo depois de procurar em sua bolsa mágica, não encontrou nada.

Desde o momento em que fenrir ameaçou machucar Teddy, ela sabia que eles tinham que sair dali. Ela vinha planejando uma fuga, é claro, a sua estadia ali dependia dela reunir informações e achar o templo, e agora que o tinha feito, nada mais a seguraria naquele fim de mundo.

Quando teve certeza de que a poção que colocou na comida de seu pai e dos sentinelas fez efeito, ela se levantou do tapete de pele, segurando Teddy com alguma dificuldade. Ela não poderia se transformar em lobo, seria praticamente impossível correr com três patas, então ela teria que contar com suas duas pernas para correr quilômetros em uma noite. Caminhou silenciosamente até alcançar o fim do enorme acampamento. Tinha que fazer aquilo direito, porque se fosse pega, duvidava muito de que fosse ser perdoada.

Então ela murmurou um feitiço, fazendo com que as árvores se fechassem ao redor do acampamento, selene correu, a floresta ia ficando mais densa atrás de si, cobrindo seus rastros e dificultando que a perseguissem.

Sem poder apartar, Sua única opção era voltar para a casa dos Malfoys, de lá ela poderia usar uma das lareiras para se transportar ou então daria um jeito de se localizar e sair dali. Porque, ela não tinha ideia alguma de onde pudessem estar, mesmo tendo um ótimo senso de localização, o acampamento era protegido por magia, o que impedia que citassem sua localização, até onde a garota sabia, ela poderia estar em um país do outro lado do mundo e então ela levaria meses para voltar para inglaterra.

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Foram muitas horas de corrida até que ela avistasse a imensa construção. O sol brilhava, fazendo sua pele ficar aquecida e transpirar. Ela segurou firme em Teddy, esgueirando-se entre os jardins excessivamente impecáveis. Deixou-se cair no chão por alguns minutos e desfrutar da sensação de alívio, enquanto Teddy dormia nos seus pés. Inclinando-se para frente, ela formou uma concha com as mãos e bebeu da água da luxuosa fonte, tomou então consciência do estado de suas roupas, lembrando que não podia parecer que ela passou a noite fugindo.

Com o seu braço bom ela apoiou-se na fonte, enxaguando o sangue seco de seu corpo e refrescando-se. Em seguida ela usou o feitiço para limpar suas roupas e a deixar mais apresentável. O feitiço não pode desencardir completamente sua vestimenta, mas pelo menos agora parecia somente que ela era selvagem, e não que ela tinha sido atacada por selvagens. Então ela fez o mesmo processo com o sonolento teddy que gostou de brincar com os passarinhos que tomavam banho na fonte. Quando ela se deu por satisfeita, juntou suas coisas para ir em direção a mansão.

Estava quase na porta da frente quando seu nariz alertou a ela o cheiro de fenrir e pior, o cheiro de seu irmão. Seus joelhos estavam começando a doer de ficar ajoelhada no cascalho, ela agradeceu mentalmente teddy ser uma criança quieta, ele parecia entender que eles não estavam em uma situação muito boa.

Ela observou fenrir entrar na mansão com Hermione, Harry e Rony, e sair sem eles parecendo muito irritado. Selene de alguma forma sabia que ele não teria contado a ninguém que ela sumiu, não, porque ela era importante voldemort queria saber como ela estava viva, queria descobrir sobre seus poderes e visões. E fenrir detestaria ser taxado como incompetente, ele já se aborrecia o bastante quando o lorde tentava dar uma de superior para cima dele, ele se recusava a ser comandado, podiam ser aliados, mas nenhum bruxo lhe inferiorizaria.