Capítulo trinta e três

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Jenna não pôde evitar sentir seu coração contrair-se ao ouvir as simples, mas diretas palavras de Luke. Claro que ela o queria! Mais que qualquer coisa! Ela o amava tanto que era muito difícil segurar o sentimento guardado dentro de si. Mesmo que ainda tivesse medo de demonstrar o quanto seus sentimentos eram fortes por ele. A esperança de que Luke pudesse destruir as barreiras em seu coração por ela, superava esse medo.

Os braços fortes ao seu redor, a respiração morna soprando em seu rosto, os lábios rígidos roçando os seus delicados, seu peito apertado forte contra o peito dele, seus corações batendo como se fosse um só... Jenna não imaginou outro lugar que quisesse estar senão em seus braços, naquele instante... Ou para sempre.

Sua resposta à pergunta desesperada de Luke foi um beijo ansioso, ardente, cheio daquele amor que derramava em seu peito do qual ela não podia ignorar nem mesmo se quisesse. Jenna o agarrou contra si, segurando-o pela nuca, a outra mão em suas costas. Luke devolveu seu beijo como se nada mais importasse, como se não existisse mundo, somente Jenna ali, envolvida por seus braços, tomada por seus lábios.

Ele ouviu alguém chamar o nome dela, mas não interrompeu o beijo. Soltá-la, deixá-la ir não era uma opção. Mas as mãos pequenas e delicadas deslizaram para o peito dele tentando empurrá-lo fracamente, embora quisesse o contrário. Muito relutantemente, Luke se separou dela, mas sem soltá-la. Ele viu os olhos mais lindos e brilhantes com tons de marrom e pequenos pontos dourados fitá-lo de volta. Um sorriso delicado contornava os lábios vermelhos e inchados por seus beijos. A pele branca e delgada de seu rosto estava com um tom rosado e quente. Linda como sempre. E sua. Concluiu satisfeito.

-Tenho que voltar ao trabalho. – disse ela lançando um olhar torto para a entrada do Kee's onde Nicole estava parada como uma estátua mirando o casal. Incrivelmente, Jenna não se preocupou nenhum pouco por Nicole tê-la visto com Luke aos beijos. Na verdade, no fundo sentia uma satisfação indescritível.

-Está bem. – disse Luke relutante ainda sem tirar suas mãos dela. – Mais tarde venho te buscar. Me ligue quando estiver saindo.

-Ok.

Luke a beijou mais uma vez, havia uma promessa em seu olhar. Ele precisou de muita força para deixá-la ir. Assistir Jenna lhe dar as costas e caminhar de volta para dentro do restaurante foi mais difícil do que ele pensava. Agora que uma parte do que sentia por ela estava se resolvendo ele não queria mais distância entre eles. Queria levá-la naquele momento para qualquer outro lugar em que pudessem ficar sozinhos e matar qualquer um que os interrompesse.

Jenna passou pelas portas do Kee's depois de lhe lançar um olhar intenso e sorridente. Luke subiu na moto, pôs o capacete e deu a partida sentindo-se estupidamente completo e um sorriso estupidamente largo nos lábios que não queria sumir.

~.*.~

De dentro do carro, ele apertou fortemente o volante até seus dedos ficarem brancos e começaram a doer. Não podia acreditar no que tinha acabado de testemunhar. Aquilo era demais para suportar, era demais para assistir e não fazer nada.

Mas o que ele poderia ter feito? Durante os minutos em que assistiu Jenna nos braços de Lucas Barker, sendo beijada daquela maneira, abraçando-o daquela maneira forte e ansiosa, ele ficou paralisado. A decepção o atacou ao pensar que ela nunca quis beijá-lo daquele jeito. Ela nunca ao menos tentou.

Sua visão ficou embaçada e ele se sentiu um tolo pelas lágrimas que caíram de seus olhos no momento que sentia raiva e decepção e não tristeza e auto Piedade. Seu pai sempre o chamou de fraco, mas ele sabia que não era. Nunca foi e nunca seria. Sempre adorou um bom desafio e quando não podia ganhar, principalmente por interferência de alguém, ouvia a voz de seu pai dizendo o quanto era um inútil.

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