Capítulo Vinte e Quatro

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–Quem de vocês é Jennifer Lloyd?

Jenna estava sentada entre Luke e Sarah na sala de espera do hospital há vários minutos aguardando alguma notícia sobre Chris. Quando uma mulher loira de meia idade usando um longo casaco marrom entrou na sala e disse o seu nome, Jenna se levantou.

–Sou eu. – disse ela de pé sem soltar a mão de Luke que segurava a sua.

Ele também se levantou, sendo seguido por Jason e Sarah. Todos conheciam a Sra. Wilkinson, uma das mulheres mais poderosas de todo o estado da Carolina do Norte. Era comum ver o seu rosto estampado em capas de revistas e jornais, mas vê-la em um hospital como uma pessoa normal era tão incomum quanto estranho.

Jenna não a conhecia. Seus olhos passaram rapidamente pelo rosto liso e polido, pelos diamantes em cada orelha, pelos cabelos loiros presos em coque casual e os olhos azuis cristalinos diferente dos de Chris. Sua pose era ereta e séria como se ela tivesse que caminhar sem olhar para baixo. Sua aparência lembrou um pouco a madrasta de Jenna.

A Sra. Wilkinson estendeu a mão para Jenna com um leve sorriso e se apresentou.

–Sou Miranda Wilkinson. Meu filho acabou de me contar brevemente o que aconteceu e ele pede para falar com você. – disse ela depois de cumprimentar Luke, Jason e Sarah com um leve aceno de cabeça.

A voz da mãe do Chris era calma e suave, seus movimentos eram leves como uma pluma e formais como de uma bailarina.

–Ele está bem? – perguntou Jenna alarmada, embora a expressão da Sra. Wilkinson não fosse aflita ou preocupada.

–Sim. – respondeu ela com um leve sorriso. – Ele terá alta pela manhã.

Jenna agradeceu depois que a Sra. Wilkinson disse a ela o quarto e o andar em Chris e estava e seguiu na direção da saída da sala de espera. Luke a acompanhou sem que Jenna o pedisse, ela apenas segurou em sua mão e não soltou até que eles saíram do elevador e chegaram ao quarto onde Chris estava. Luke parou à porta relutantemente. Ele não queria sair do lado dela enquanto a noite não terminasse, mas precisava deixa-la falar com Chris a sós.

–Vou esperar por você aqui. – disse ele ao soltar a mão dela.

Jenna assentiu e entrou no quarto depois de bater na porta. Luke cruzou os braços e se encostou na parede ao lado da porta que ficou entreaberta.

–Chris? – Luke a ouviu dizer. – Você está melhor?

Luke não queria ficar bisbilhotando a conversa dos dois, mas já que a porta estava entreaberta e ele não iria tapar seus ouvidos ou sair dali, não pôde evitar. Ele tinha prometido a Jenna que esperaria por ela ali fora. Ninguém iria tira-lo dali.

–Me deram algum remédio forte para dor. – respondeu Chris. – Estou vendo o quarto girar.

–Eu sinto muito. – disse Jenna causando uma sensação de morte em Luke.

A voz dela estava trêmula como se ela realmente se culpasse pelo que havia acontecido e Luke não conseguia evitar a fúria em seu interior queimar como lava. Ele queria tomar já uma decisão sobre como iria fazer Connor pagar pelo que tinha feito naquela noite, mas tinha que manter o controle pelo menos até que Jenna estivesse segura em casa. Ele pensaria em algo – como Jason havia dito: sem violência – mas antes precisava se controlar e pensar mais conscientemente.

–Não foi culpa sua, Jenna. – disse Chris. – A culpa foi minha. Eu provoquei o cara. Talvez se não tivesse dito que ele estava com a cara fodida ele não teria partido pra cima de mim.

Jenna ficou em silêncio e Luke pôde imaginar a expressão culpada que ela estava fazendo sem se convencer pelo que Chris havia acabado de dizer. Ele podia ver os olhos marejados e tristes como se Jenna estivesse na sua frente naquele momento.

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