Capítulo Vinte e Seis

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–Luke, precisamos de mais cerveja aqui! – a voz de John veio novamente pelo corredor e ecoou dentro do quarto de Jenna, assim como também dentro de seu cérebro, acordando-a para a realidade.

Era o fim. O encanto que havia sido jogado sobre eles fazendo com que fossem transportados para outra dimensão e esquecessem do resto do mundo tinha se desfeito.

Luke lançou seus olhos para Jenna que devolvia o seu olhar arregalado e trêmulo. Ela estava ofegante ainda sentindo seu corpo quente pelos toques de Luke na sua pele. Ele olhou para os lábios inchados, para o rosto rubro e para os cabelos espalhados por todos os lados sobre o travesseiro. Ela estava linda. Luke queria beijá-la novamente, seu corpo implorava por isso. Mas o olhar confuso de Jenna era como um furo no seu peito. Luke tinha ido longe demais e se sentia inconformado por não saber o que ela estava pensando.

–Luke! – gritou John novamente.

–Porra! Eu já vou! – gritou Luke de volta olhando para a porta encostada do quarto.

Ele voltou seus olhos para Jenna e ela estava revirando-se na cama para se levantar. Luke apoiou suas mãos e o joelho no colchão para se levantar de cima dela e Jenna escorregou para o outro lado da cama, se levantou cambaleante e correu na direção do banheiro.

–Jennifer...

Ela bateu a porta.

Luke xingou para si mesmo sentindo-se atordoado e passando as mãos nos cabelos saiu do quarto de Jenna e seguiu na direção do seu próprio. John ainda estava no topo das escadas e Luke nem sequer olhou na direção dele. Apenas gritou com irritação dizendo que havia cerveja na geladeira. Ele não estava com disposição para lidar com seus amigos agora ou qualquer outra pessoa.

Luke apoiou um braço na porta fechada do seu quarto e respirou fundo, ainda sentindo seu coração acelerado e seu corpo tenso e excitado. Ele não conseguia acreditar na própria burrice. Não foi uma boa ideia tentar provar a Jenna que ela não era frígida daquela maneira. De onde diabos ele tinha tirado essa ideia? Ele já deveria saber que não conseguiria se controlar, ele já deveria saber que não conseguiria apenas tocar em sua pele e fazê-la suspirar um pouco. Ele nunca iria resistir seus lábios. Beija-la era como uma necessidade desde a noite em que ele a beijou quando estava bêbado. Aquela noite parecia somente uma lembrança vaga se comparada com agora, embora ele conseguisse se lembrar de todas as sensações ao ter a boca dela na sua. Mas tocar na pele aveludada, sentir o cheiro inebriante e ouvi-la suspirar o seu nome era demais para ele.

Luke caminhou até o seu banheiro, abriu a torneira da pia e jogou água fria no rosto.

Ele estava atordoado, queria saber o que Jenna estava sentindo, o que estava pensando e como iria reagir ao que tinha acabado de acontecer entre eles. A maneira como ela olhou para ele e fugiu para dento do banheiro o apavorou. A última coisa que Luke queria era que Jenna tivesse medo dele.

Respirando fundo, mas com o coração ainda acelerado, Luke saiu do seu quarto e desceu para a sala. Ele daria algum tempo a Jenna, sentia que não era uma boa ideia procura-la agora, embora quisesse muito saber como ela estava.

–Porra, mano! Você perdeu o jogo todo! – disse John assim que Luke chegou a sala.

Foda-se o jogo. Pensou Luke sentando-se no sofá e pegando uma garrafa de cerveja. Ele abriu a garrafa e deu um longo gole sendo observado por Adam e John com as testas franzidas.

–Quanto tá o placar? – perguntou Luke tentando parecer com alguém a fim de assistir um jogo com os amigos numa noite de sábado, mas não foi nada convincente.

Adam e John trocaram um rápido olhar, mas não disseram ou perguntaram nada. Já conheciam Luke o suficiente para saber que quando estava com aquela expressão não era uma boa ideia questioná-lo.

Amor IrresistívelOnde histórias criam vida. Descubra agora