A Bela da Fera - Livro 4 da série: Família Fontenelle

Capítulo 21

Enzo Campbell

O homem continua olhando desafiadoramente para a Bela e eu tive vontade de esgana-lo.

Sim, eu sei que a minha relação com ela passa longe de ser uma relação de verdade, eu sei que a logica manda eu calar a minha boca e ficar quieto por que no fim das contas não tenho o menor direito de exigir nada dela enquanto não somos casados, e eu poderia me manter afastado se não fosse por um unico detalhe: Eu não quero.

— Eu e ela somos amigos e parceiros na patinação.— Bryan respondeu depois de um periodo longo demais em silêncio.

— Sei.—  Foi tudo  o que eu fui capaz de reproduzir. Eu e o Bryan ficamos nos encarando de forma ostil por um tempo, nenhum dos dois disposto a ser o primeiro a parar o desafio silencioso,especialmente se levarmos em conta de que os seus trejeitos me mostram que ele esta silenciosamente debochando de mim.

—  E então Rael, quer patinar?—  Lisbela interrompeu o meu contato com o seu amiguinho por ter chamado a atenção do meu sobrinho.

—  Eu estou a horas pedindo isso tia.—  Ele reclamou cruzando os bracinhos arrancando risos e todos de uma só vez.

— Acho uma graça que ele já chama ela de tia.—  Rute comentou se sentando em uma das cadeiras altas do lado da pista já se posicionando como apenas uma obsevadora.

—  Eu também quero aprender, mas com o Riven não dá.—  Stella confessou parecendo um tanto quanto chateada por ter que ficar de fora da diversão.

Eu ia me oferecer para ficar com o garoto no colo, mas na verdade eu nunca segurei um bebê e ele pareceria tão minusculo nos meus braços que tive medo de quebra-lo.

Melhor ficar quieto e deixar os que tem experiência tomarem a frente.

—  Eu seguro ele, Estrelinha.—  Dom, o marido dela e meu primo se ofereceu prontamente, mas ela negou.

—  Queria patinar com você.

— Bom, eu tenho bastante experiência com bebês, se você quiser eu poss oficar com ele.—  A mãe da Lisbela se ofereceu meio retraida, surgindo de trás da Stella com um sorriso vacilante no rosto, mas ainda assim qualquer um pode ver seus olhos brilhando na direção do pequeno Riven que deswcansa tranquilamente nos braços da mãe.

—  Isso seria perfeito dona Lucia, se não for muito incomodo eu aceito sim.—  Minha priminha retrucou com um sorriso de orelha a orelha, já passando o pequeno para os braços da mulher mais velha como uma forma preventiva para que ela não volte atrás em sua sugestão.

—  Incomodo nenhum querida, ele é como se fosse meu netinho.—  Dona Lucia gracejou olhando o menino com muito afeto, Lucien por sua vez que nunca aceita ficar de fora de nada me olhou com um sorriso debochado.

—  Bom que quando for o filho de vocês sua sogra vai ajudar.—  Falou para que apenas eu o ouvisse.

—  Cazzo, então só eu que não posso patinar?—  Bea perguntou tal qual uma criança birrenta após ser contrariada.

Realmente, apenas o Henrique consegue ter um nivel interminável de paciencia com a minha prima.

Ele lhe beijou o topo da cabeça.

—  Primeiramente, olha a boca Beatrice, e segundo, você está gravida demais para isso.—  Respondeu sua esposa de forma amorosa e risonha. Acho que ele é a clara demonstração do amor que cresce mais a cada dia, por que cada novo dia que eu o encontro ele está mais similar a um  grande idiota apaixonado.

Se a Bea falar que o céu é verde ele provavelmente iria concordar.

—  Estou gravida demais para fazer qualquer coisa interessante, até patinar eu não posso!—  Ela seguiu reclamando.

—  Seria uma surpresa se pudesse com uma barriga desse tamanho, parece que engoliu uma melancia.—  Lucien retrucou caçoando dela enquanto calça uns patins que Lisbela trouxe depois de poucos minutos de ausência.

Logo depois seus amiguinho que eu nem percebi que também tinha saido voltou com mais pares para todos.

—  Não me faça dizer o que foi que eu engoli.—  ELa respondeu bastante malcriada para o meu gosto.

E preciso admitir que eu prefiro beber um coquetel de desenfetante com agua sanitaria ao invez de ter qualquer pista sobre a vida sexual da minha prima.

— Vamos Rael, deixa eles ai, quando se derem conta você já estará magnifico.—   Lisbela interrompeu a conversa infame de nossa familia e estendeu a mão para o meu sobrinho que prontamente a aceitou, claro que após estar devidamente calçado.

Bryan, não contente em deixar a minha noiva fazer do momento algo memoravel tirou a camisa exibindo um corpo bem esguio.

— Eu também sou otimo com crianças, eu e a Lis ficavamos mostrando listas de sugestões de nomes para filhos um para o outro antes. Posso levar a pequena para a pista?—  Ele se ofereceu para levar a Stacy para patinar também.

Ela é pequena demais, claro que ninguem vai deixar.

—  Claro, mas ela é agitada, então cuidado.—  Marco retrucou lhe entregando a minha sobrinha.

Espera ai, ele concordou com isso?

—  Fica tranquilo, eu vivo com a Lisbela no colo, consigo dar conta dessa bebê fofa sem problemas.—  Bryan respondeu arrastando risadas ocm sua brincadeira esdruxula de duplo sentido.

— Você ouviu? Ele vive com sua noiva no colo.—  Domenico comentou olhando para mim esperando alguma reação.

Respirei fundo e fiquei quieto.

Eles nunca tiveram nada um com o outro, então seria idiotice da minha parte me afetar com o que quer que ele diga.

Agora se eles tivessem tido algum tipo de envolvimento... Ou se ainda estivessem tendo...

Acho que eu teria todos os motivos para arrancar a cabeça dele do pescoço.

Não me importa que ele seja inteiro, não seja mutilado e nem tenha fama de monstro. Não me importa que com ele ela pudesse ter uma vida completa, dormir ao lado do marido sem querer vomitar, fazer amor com ele sem morrer de nojo durante o processo.

Ela é minha.

Minha noiva, minha futura esposa. Minha mulher.

Simplesmente não me importa por que é comigo que ela vai se casar e eu não vou permitir que esse idiota ache que isso ainda pode ser alterado.

— Mas a noiva pe minha, e ele não vai encostar a mão nela.—  Respondi com o olhar fixo na Lisbela que segue completamente alheia ao que estamos conversando sobre ela.

Rael está animado e frustrado ao mesmo tempo por que toda vez que Lisbela o solta ele acaba escorregando e caindo no chão, mas a gargalhada dela o acalma e ele se levanta pronto para tentar de novo.

Ela é o tipo de luz que que eu não posso me dar ao luxo de perder vivendo em meio a tanta escuridão.

— Isso está parecendo ciumes para mim.—  Marco comentou dando de ombros observando seus dois filhos, Stella e Domenico patinando.

—  E a sua cara parece muito com um alvo de tiros para mim, quer fazer o teste?—  Questionei debochando de seu olhar de escarnio para mim.

Tudo bem, o casamento é daqui poucos dias. Quando ela for minha esposa eu vou ter o direito de pedir que se afaste desse tal Bryan. Essa é a opção mais pacifica que posso oferecer, a outra é metralhar ele inteiro de balas e esconder o corpo.

Definitivamente a segunda opção é a mais atrativa.

QUEM TA IMPRESSIONADO QUE EU VOLTEI RAPIDINHO??? EU QUERO MUITO CASAR ESSES DOIS LOGO GENTE, SOCORROOOOOOOOO