capítulo 59

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ENZO CAMPBELL (Aviso no fim do capítulo, MUITO IMPORTANTE, leiam!)

— Esperamos ele ligar então?— Perguntou o Marco depois de verificar se uma de duas armas está devidamente travada.

Meu reforço acabou de chegar a cerca de duas horas, e é claro que eu os recebi mesmo eles tendo chegado pela madrugada. Eu não conseguiria dormir nem que eu quisesse, meu sangue parece lava em minhas veias, borbulhando de nervosismo e preocupação.

" Aguente firme minha rosa, eu estou indo te salvar." Sussurro essa frase a cada segundo para mim mesmo, na esperança que de alguma forma isso cheguei na minha esposa.

Eu trocaria a minha vida pela deles, se fosse necessário.

— Lucien disse que é melhor já que não temos o que ele pede em troca.— Respondi dando de ombros dividido entre a satisfação por ter matado aquele verme e a auto repreensão por que eu acabei com a única coisa que o verme pai quer.

— Lucien contou essa parte da história, e sinceramente eu fico surpreso por não ter acontecido antes. Eu jurei que você fosse matar ele naquele dia em que fomos no ginásio de patinação.— Dom retrucou dando um sorriso de lado junto com um meneio de cabeça como se estivesse me dizendo em silêncio que ele mesmo teria feito isso caso a história fosse com ele.

— Antes tarde do que nunca, é claro.— Henrique completou enquanto olha em um iPad a formação de ataque que eu pedi para ele fazer.

O meu chefe da segurança é muito bom, mas em uma situação como essas eu não colocaria a vida do amor da minha existência nas mãos de alguém que não seja parte da minha família. Alguém que entenda perfeitamente tudo o que eu estou disposto a sacrificar sem pensar suas vezes porque eles mesmos fariam isso, se fosse a vida de quem eles mais amam em jogo.

Domenico está aqui em partes por conta de sua própria esposa, afinal minha mulher é irmã dela. Henrique deixou a esposa e o filho recém nascido em casa a quilômetros de distância daqui por que jamais me deixaria na mão em um momento desses. Marco está aqui por que ele nunca desistiu de mim, mesmo quando era o único que ainda via esperanças onde ninguém mais enxergava. Ele nunca desistiu, claro que não começaria agora.

E mais importante que tudo isso, os três sabem a sensação de quase morte que é saber que em questão de minutos, alguém pode fazer um mal terrível para o amor da sua vida.

— Estamos esperando um contato apenas para ele não desconfiar da emboscada. Graças ao rastreador fundido na aliança da minha cunhada nós já temos a localização.— Meu irmão revelou enquanto entra na sala com o seu computador em uma das mãos e um copo gigante de café na outra.

Assim que vimos que o rastreador estava funcionando eu quis mandar as favas todas as consequências que poderiam haver, eu não quis esperar o reforço familiar e não quis saber de mais nada. Tudo o que eu queria era sair naquele mesmo instante e ir de uma vez buscar a minha família.

Casa segundo que eles passam com esse doente é um momento a mais em que podem estar sofrendo.

Eu não podia ficar quieto, simplesmente não podia.

Mas ainda assim eu fiquei. Fiquei por que meu pai não me deixou sair.

Fiquei por que meu irmão falou meia hora que eu não posso ser irresponsável e que se eu agisse assim poderia acabar morto. Ou pior que isso, poderia ser responsável pela morte da Bela.

A minha morte era um risco que eu estava disposto a arriscar, mas a vida dela é importante demais para que eu corra o risco.

Então mesmo contra a minha vontade eu esperei, e continuo esperando.

A Bela da Fera - Livro 4 da série: Família FontenelleOnde histórias criam vida. Descubra agora