capítulo 56

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Alex Suzano bônus

— A vadia já acordou?— Perguntei para um dos meus soldados de confiança.

Tudo bem, eu admito que não foi nada fácil realizar a operação de capturar a vagabunda de estimação do Campbell. A casa é bem vigiada e a desgraçada quase nunca estava sozinha.

Isso dificultou um pouco mais as coisas, mas tudo bem, eu realmente não esperava que fosse ser fácil.

Meu ódio não é a troco de nada, qualquer pessoa que estivesse no meu lugar estaria fazendo a mesma coisa por que tudo o que eu estou fazendo é tentar recuperar o que é meu por direito.

Meu avô era o chefe da organização, meu pai assumiu o controle depois dele e eu seria o próximo. Sempre ouvi que eu seria grandioso e todos os outros não passariam de míseros marionetes em minhas mãos e teria mesmo sido desse jeito se os membros do concelho não tivessem desaprovado sei lá o que sobre o meu pai. Não foi nada demais, ele apenas desviou dinheiro e traficava algumas coisas que o modelo de organização que temos não permitia.

Os líderes do concelho mataram o meu pai e por muito pouco não me mataram também, depois disso deram o cargo de líder supremo disso tudo para o pai do imbecil do Conrad.

Depois para o proprio imbecil, e agora para o filho dele.

Eu não vou aceitar a derrota, não vou mesmo.

Bom, voltando ao assunto principal, eu precisei designar o quíntuplo de homens que eu normalmente colocaria para uma missão assim, foi quase um exército e se desse errado teríamos muitos problemas,as foi preciso para neutralizar todos os seguranças ao redor da casa.

Depois disso foi só entrar, bater na vadia para ela desmaiar e parar de dar trabalho e trazer ela para cá.

Eu pretendia ir direto na fonte do problema e matar os dois filhos do Conrad, aí o poder seria obrigado a girar novamente para eu poder pega-lo de volta, mas eu precisei ser mais criativo.

Meu filho, aquele garoto mimado, namorava com essa tal esposa do Enzo, eu sempre tentei dizer a ele que mulheres como ela não servem para nada mais do que diversão, mas ele não me ouviu. Quando ela casou ele quebrou a casa quase inteira e a algumas noites atrás foi até a casa dela tentar persuadi-la a aceitar ser sua amante e não voltou mais.

Eu não sou burro, sei que o meu filho está em apuros.

Por esse motivo capturei a mulher estupidamente grávida. É melhor que o Enzo traga o meu filho vivo, ou ele também não vai mais ter o dele de volta.

— Ainda não, senhor.— Assenti com a cabeça.

Melhor assim, ela acordada só vai me dar dor de cabeça com lágrimas e pedidos de misericórdia.

— O marido dela entrou em contato? A essa altura ele deve saber quem a pegou. Espero que nossa localização seja realmente segura, ou você já sabe o que acontece.— Comuniquei apontando com a cabeça na direção de uma grande poça de sangue pisado.

Um dos soldados me questionou dizendo que eu estava exagerando ao capturar uma mulher grávida.  O matei logo em seguida.

— Ainda não, senhor, talvez seja melhor o senhor fazer o primeiro contato.— O homem sugeriu meio incerto.

Não foi difícil conseguir um exército. Uma parte dos homens me foi cedido por outros chefes de mafias rivais às nossas, os principais  compradores dos produtos que eu costumo traficar: armas, entorpecentes e claro, mulheres. Algumas são crianças por que os meus clientes as vezes gostam de educa-las a sua própria maneira.

Outra parte dos meus soldados veio de uma demorada procura entre os soldados de baixo escalão daqui mesmo, da Escócia. Bem debaixo do nariz do nojento e mutilado do Enzo Campbell.

Um homem tão burro não deve ter tanto poder nas mãos, crianças não sabem lidar com isso.

— Tem razão. Acho que ele vai gostar de receber uma foto do rosto dela machucado. Ou talvez de um dedo dela dentro de uma caixa caso ele ache que eu estou blefando. O pai dele é assim, sempre se acha o mais poderoso de todos, o filho deve ser a mesma porcaria.— Retruquei dando de ombros com um certo desânimo por ter que fazer toda essa volta antes de chegar ao meu objetivo que é matar os dois herdeiros.

Bom, na verdade agora são três.

Por um lado é bom saber que aquela família vai ficar bastante atormentada por eu ter escolhido o caminho do sequestro.

Eles se comportam como uma fortaleza, vai ser bom saber que eu destruí todos eles de uma só vez.

— Vou ver se aquela coisa acorda, fiquei com vontade de deixar ela apavorada de medo.— Me levantei da minha cadeira, apoiei o copo vazio em cima da mesa e caminhei a passos largos e tranquilos pensando no que farei com ela caso o meu filho esteja morto.

Eu só tenho a ele desde que o meu filho mais velho decidiu ser a minha maior decepção. Preparei o garoto para ser forte, grandioso, o próximo chefe depois de mim, e o que ele fez com todo esse esforço? Jogou no lixo, olhou na minha cara e disse que estava oficialmente abandonando a vida na organização por que queria ser, pasmem: MÉDICO.

O filho que eu criei para ansiar por tirar vidas decidiu de repente que quer salva-las.

Desde aquele dia, a mais de cinco anos atrás, eu nunca mais falei com ele. Ao invés disso eu decidi fingir que ele morreu, e por consequência tentei transformar o meu filho mais novo, Brian, naquilo que o mais velho deveria ter sido.

Não deu tão certo quanto eu pretendia, mas ao menos o garoto é impiedoso.

Cheguei na porta do "quarto" que a minha mais nova hóspede está e entrei sem me importar em anunciar a minha chegada afinal de contas, sou eu quem manda aqui.

— Olha, você já acordou.— Foi a primeira coisa que eu disse assim que entrei no ambiente.

Ela me olhou assustada, ainda com a expressão de quem acabou de acordar e está tentando juntar os pontos para entender o que está acontecendo.

— Quem é você? O meu marido vai te achar, não importa quão bem escondido você esteja!— Cospiu as palavras com uma coragem admirável, preciso admitir.

— Me achar? Eu quero que ele venha, sua garota burra! Mas ele só vai vir quando eu quiser que venha. — Comuniquei de forma tranquila e fria, sem deixar espaço para mais questionamentos ou tentativas de me fazer ficar apavorado.

Não vai funcionar.

— O que você quer?— Me perguntou com a voz baixa e muito mais obediente. Ótimo.

Percebi suas mãos em volta da barriga de forma protetora e sorri. Seria interessante se ela soubesse que essas mãos não vão me impedir de absolutamente nada.

— O que eu quero não interessa a você. Mas agora, nós dois vamos conversar.








EITAAAAAAAAAA VALHA MISERICÓRDIA!
TODO MUNDO PEGA UMA ARMA BEM CRIATIVA, E VAMOS PRA CIMA DELE PESSOALLLLLLLL

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A Bela da Fera - Livro 4 da série: Família FontenelleOnde histórias criam vida. Descubra agora