A Bela da Fera - Livro 4 da série: Família Fontenelle

capítulo 16

Enzo Campbell

Olhei para a porta da sala pelo que deve ser a décima vez desde que nos juntamos aqui na casa dos meus pais.

Minha mãe e a Bea inventaram esse jantar para o pedido de casamento ser formalizado, mas pelos meus cálculos ela já devia ter chegado aqui juntamente com sua família, afinal a casa dela é bem próxima de carro.

Olhei de rabo de olho para as minhas irmãs, sondando se elas sabem de algo que eu desconheço, mas ao que parece as duas estão tão confusas quanto eu.

Pensei em pegarm eu carro e ir pessoalmente verificar se algo aconteceu.

— Me esperem.— Avisei ao meu irmão enquanto pego a chave do meu carr ocansado de simplesmente ficar esperando.

Assim que passei pela porta me bati de frente em alguem muito pequena e leve demais para aguentar o impacto contra meu corpo por que ela caiu no chão antes que eu tivesse tempo de raciocinar.

— Santo Dio, Lisbela. Me desculpe.—  Me abaixei a ajudando a levantar e a limpar o vestido belissimo que está usando.

Só Dio sabe o quanto eu estou mortificado de vergonha por ter feito isso,  mas eu estava tão nervoso sem saber o que tinha acontecido que não percebi que ela estava na minha frente.

—  Que romantico, acabei de levar uma trombada e cai no chão. Pelo menos foi você quem pagou esse vestido.—  Reclamou passando a mão pelo traseiro para limpar a sujera que possa ter ficado.

Foi nesse momento que eu me permiti olhar para ela por inteiro, claro que sem ela perceber.

Ela está deslumbrante! Esse vestido nela possui uma mistura de delicado e extremamente sensual, per Dio.

Sou capaz de pecar inumeras vezes apenas na mente.

Poderia comprar outros milhares de vestidos iguais a estes para ela desde que me prometesse  que só deixaria de usa-los quando fosse ficar completamente despida diante de mim.

Forcei uma tosse desconfortavel para trazer minha mente de volta para a realidade, a pobre garota não merece ser objeto de desejo de um ser visualmente nojento como eu. Ela é tão pura... Não merece ser corrompida mais que o necessario.

— Onde estão seus pais?—  Perguntei a guiando para dentro de casa, o lugar mais seguro para ela por que com o tipo de pensamentos que eu ando tendo... Bom, basta dizer que eu não me surpreenderia caso a prensasse contra a parede e lhe roubasse um beijo com tanta vontade que a faria ter certeza de que eu sou realmente o animal que todos dizem que sou.

— Tiveram um problema e não puderam vir, espero que não tenha problema eu ter vindo sozinha.—  Retrucou assim que eu fechei a porta da sala atrás de nós.

—  Devia ter avisado que um de nós te buscaria, é perigoso andar por ai sozinha.—  Respondi, mas ela não teve tempo de retrucar por que Beatrice desceu as escadas em uma velocidade assustadora para uma gravida.

— Santo Dio, você é mais bonita do que o que meu primo merece.—  Ela falou indo abraçar a Lisbela com tanta força que pareceu que iria partir a garota no meio.

—  Amor, deixa ela respirar.—  Henrique comentou rindo, achando graça da animação de sua esposa ao finalmente ver que sua trama com minha mãe deu certo.

—  Deixa eu te apresentar o pessoal. Esse é o meu marido, Henrique, esse é o Marco e a esposa dele Ana, as crianças estão dormindo no quarto já, depois você conhece as pestinhas. E esse é o Domenico e a Stella, a luz da vida dele.—  Bea apresentou a todos os meus primos e agregados da familia com um floreio de mão exagerado.