19.

9.3K 523 41
                                    

Playboy :

Subi a laje,acendi meu baseado e sentei na cadeira.

04:15 da manhã ,o sol nem tinha nascido ainda e eu já estava acordado. Mais um dia que não consigo dormir direito, sempre o mesmo sonho.

Já tem uns dois anos que eu vivo sonhando com um bebê. O bebê sempre está sorrindo e toda vez que eu pegava ele no colo,ele fazia maior festa.

Era final de tarde, estávamos deitados na cama e quando eu olho para o bebê, ele está sangrando e eu entro em desespero.

O sonho nunca passa disso, eu sempre acordo na parte que vejo ele sangrando na cama. Sempre acordo com um aperto no peito e não consigo dormir mais.

Ontem eu tinha ido no morro de um amigo, estava tendo uma resenha e ele me chamou. Começou às 16:00 e ficou até às duas da manhã, mas assim que estava perto de dar uma da manhã vim pra casa.

Ainda pensei em ligar para Maria, mas era provável que ela já estaria dormindo.

Olhei na direção da casa dela e bem na hora vi ela saindo com uma mochila nas costas. Joguei o baseado no chão e levantei me aproximando do parapeito, assobiando em seguida.

Maju: sem tempo, playboy- falou enquanto fechava o portão,sem nem me olhar e sorri de lado.

Playboy: espera aí embaixo, na moral- falei calmo, sem estresse algum e foi quando ela me olhou.

Maju: eu tenho horário- concordei e desci para ir ver ela.

Vesti nenhuma blusa, só calcei minha havaiana e abri o portão indo até ela.

Parei na sua frente e passei a mão na cabeça olhando para ela.

Playboy: vai chegar que horas hoje? - ela ergueu a sobrancelha- sem caô, Maria.

Maju: mesmo horário, playboy.

Playboy: que horário? - ela cruzou os braços.

Maju: o mesmo horário que os seus soldados falam para você quando eu chego na barreira- sorriu forçada e dei risada.

Playboy: caô isso daí- cruzei os braços e ela me olhou de cima a baixo.

Maju: um frio desse e tu sem camisa, tem vergonha não?

Playboy: tá com ciúmes, amor? - me aproximei dela e ela fez careta se afastando.

Maju: eu? com ciúmes de um calvo e quase idoso? - riu - não, obrigada.

Playboy: tá tirando? Idoso é meu pau, mandada - apontei e ela riu.

Maju: para de apontar- bateu no meu dedo - e seu pau também é um idoso - fez careta e olhei bolado. - agora se me dá licença, tenho que trabalhar.

Playboy: tu é uma desgraçada mesmo,desisto de tu - falei e virei as costas saindo de perto daquela diaba.

Maju:

a força do destino. Onde histórias criam vida. Descubra agora