a força do destino.

32.

Maju:

Me considero uma mulher guerreira,papo reto.

Dia de sábado, o dia que eu poderia acordar mais tarde,eu fiz o que? Acordei logo cedo e fui atrás de emprego, só que o centro estava lotado de gente comprando as roupas para as festas do final de ano e com isso as mulheres das lojas não estavam dando tanta atenção.

Consegui entregar alguns currículos em algumas lojas,mas já em outras as mulheres nem queriam muito papo.

Desci no ponto e fui andando em direção a entrada do morro. Hoje estava maior lua e meus pés já estavam doendo, morro parecia está tranquilo e nem tinha tanta movimentação, o que eu estranhei já que hoje é sábado.

G2: fala do papo,maju - olhei para ele que vinha descendo o morro com o fuzil atravessado.

Maju: qual o papo,g2? - sorri e ele passou a mão na cabeça rindo.

G2: tá feiona,fia. - fiz careta e passei a mão no cabelo- playboy mandou te convocar.

Maju: não sabia que eu era traficante pra tá sendo convocada - ele riu.

G2: tá de onda com vagabundo- dei risada e fomos subindo o morro - o cara tava procurando você já que tu saiu logo cedo da casa dele,e não atendia as ligações.

Maju: tava atrás de emprego, cês acham que eu sou vagabunda. - ele me olhou de canto - cadê sua moto,hein?

G2: jotta pegou- murmurei e passei a mão na testa por causa do suor.

G2 ficou no bar e eu subi direto para casa,precisava de um banho urgente. Passei pelo portão e abri a porta, joguei minha mochila no sofá e fui tirando a calça.

Playboy: que recepção- escutei sua voz grossa e dei um grito pelo susto.

Maju: mano,cê tem problema? - coloquei a mão no peito- como você entrou aqui?

Playboy: tu foi embora enquanto eu ainda tava dormindo, tá maneiro teu comportamento, pô - fez joinha.

Maju: né você que diz que malandro não dorme - falei e ele deu um sorriso de canto - você está muito pra frente, tá? Quero saber como você entrou aqui.

Playboy: Sou bandido, vivo pulando muro.

Maju: super normal - falei finalmente ficando só de calcinha e ele se aproximou- eu tô suada.

Playboy: também tô, pô - me puxou pela cintura e deu um beijo - comprei um bagulho pra tu - levantei o rosto olhando pra ele.

Maju: O que? - perguntei e ele me pegou de surpresa no colo, fazendo eu dar risada.  Playboy sentou no sofá e me deixou por cima dele.

Playboy: um bagulho discreto- mexeu no bolso e tirou uma caixinha, segurei o riso e olhei pra cara dele- pra todo mundo saber que você tem um homem.

Abriu a caixinha e eu caí na risada quando vi a aliança que estava dentro, era de ouro, isso era nítido, mas a aliança era mais grossa que todos os meus chifres juntos.

Playboy: tá rindo de que,diaba? - me olhou serin e ri mais.

Maju: obrigada pela consideração, mas eu não vou usar isso- neguei.

Playboy: que não vai usar o que? Tá maluca?

Maju: playboy- falei tentando parar de rir - isso é..- parei para tentar achar uma forma melhor de expressar- olha o tamanho disso.