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Playboy:

Virei olhando para a Larissa e quando vi ela só de toalha fechei a cara legal pra ela. Filha da puta ainda quis vir perguntar quem era a Maria,como se a gente tivesse alguma coisa.

Olhei bolado mesmo e vi que ela ainda olhava para a Maria,virei olhando também e ela olhava pra minha cara com maior decepção.

Playboy: qual foi? Né isso que tu tá pensando não- neguei e tentei me aproximar.

Maju: tanto faz,playboy- falou negando com a cabeça- nem sei pra que eu vim aqui também, nunca fui de vir.

Deixou nem eu falar e já se virou atravessando a rua. Virei olhando para a Larissa e ela estava de braços cruzados.

Larissa: quem é ela?

Playboy: te interessa nessa porra? - me aproximei- te interessa no bagulho? Te devo satisfação? - apertei o braço dela que tentou se afastar.

Larissa: você tá me machucando.

Playboy: tu nunca me viu machucar ninguém, não- segurei no pescoço dela - você tá na minha casa de favor, então não te interessa saber quem entra aqui e muito menos querer vir só de toalha.

Larissa: para - falou com dificuldades- desculpa,cara. - empurrei ela com tudo que colocou a mão no peito.

Playboy: já não basta a porra daquela foto que você postou e já tá nessas páginas de fofocas, falando que tu é minha nova fiel.

Larissa: não foi por mal - fingiu choro.

Playboy : não foi por mal o caralho- apontei. - vem querer atrapalhar o meu andar que tu leva o seu.

Larissa: eu tô falando, Isaac- veio se aproximando e a toalha caiu do seu corpo-  não foi por mal.

Olhei ela de cima abaixo e mirei na cara de pilantra dela.

Larissa: desculpa, priminho- veio querendo me tocar e me afastei.

Playboy: vagabunda- neguei e saí de casa indo na direção da casa da Maria.

O portão estava trancado, mas diferente dos outros dias,tinha uma luz acesa. Eu sabia que ela não iria vir atender, então pulei o portão.

Percebi que a porta estava aberta e já fui entrando, dando de cara com ela sentada no sofá mexendo no celular.

Playboy: podemos bater o papo? - ela se virou me olhando e vi que estava chorando- pô, não aconteceu nada que você está pensando.

Maju: e o que é isso, playboy- veio mostrando a tela do celular e vi que era uma foto minha e da Larissa. - " A fila anda, não é mesmo? Playboy, chefe do Jacarezinho, já está com uma nova fiel, a Larissa. Mas e a Maju? Para quem não lembra, há quase dois meses atrás, o playboy deixou claro para todos que a Maju estava no seu nome, mas após a invasão que ocorreu no morro há um mês, a Maju não foi mais vista e hoje ele já andava pelo morro com a Larissa. Alô, Maju, reage mulher!"

Terminou de ler e me olhou. Neguei com a cabeça mais bolado ainda, porque o que eu só sabia era que tinha uma foto minha rondando com a Larissa e que estavam falando que ela era minha fiel. Nem sabia que tinham colocado o nome da Maria.

Maju: era por isso que eu não queria me reaproximar de você e nem ser vista com você- apontou- você está estragando tudo mais uma vez. - chorou largando a celular- eu me sinto uma idiota por ter te perdoado.

Playboy: ela não é minha fiel,caralho- passei a mão na cabeça.

Maju: não é e estava te chamando pelo nome- deu risada.

Playboy: ela é minha prima. - me aproximei dela - só isso, Maria Júlia. Eu não peguei ela,tô te dando o papo. - segurei no seu rosto - tu vai ficar acreditando nesse Zé povinho?

Maju: vou,playboy. Porque você sempre mente - tentou se afastar e segurei ela - você sempre está omitindo alguma coisa. Você nunca é 100% sincero.

Playboy: Eu tô sendo sincero com tu agora.

Maju: então você nunca ficou com ela? - cocei a cabeça e ela concordou rindo se afastando.

Playboy: faz maior cota isso.

Maju: mas ficou,playboy. - foi em direção do quarto e fui também- eu não vou ficar discutindo com você,eu já estou desgastada o suficiente.

Se deitou e sentei ao lado dela vendo ela se encolher.

Playboy: tenho nem cabeça pra ficar com ninguém esses dias. Depois dessa invasão muita coisa desandou. Papo reto, Maria, tô sendo limpão contigo.

Ela negou e vi que ela já estava chorando. Deitei e puxei ela pro meu peito. Eu tava sendo limpão com ela,sem caô. Já tem um mês que não fico com ninguém.

Maju: eu tô cansada. Eu não vou conseguir continuar.

Playboy: claro que vai-segurei no rosto dela - vou te ajudar, pô. 

Ela desviou o olhar e ficou calada, perguntei se ela já tinha comido e ela disse que não.

Peguei meu celular e pedi uma marmita pra ela. Maria ficou quieta, não falou mais nada.

Ela estava mais magra e com maior cara de cansada,até o olhar dela tinha mudado.  Fiquei preocupado, pô.

Buzinaram no portão e fui pegar, paguei e entrei. Ela foi comendo na maior calma e eu só ficava olhando para ela,que vez ou outra parava olhando para algum ponto do quarto e seus olhos enchiam de lágrimas.

Playboy: daria um valor alto só pra saber o que passa na tua mente. - ela me olhou e depois desviou o olhar.

Maju: eu só tô cansada. É muita coisa para a minha mente. - deu de ombros- às vezes eu só queria ir embora, desistir de tudo.

Playboy: fala ai pra onde tu quer ir. - ela suspirou.

Maju: queria ir pro colo do meu pai ,queria segurar o meu filho e queria o abraço do patinho- chorou - eu queria eles. - largou a marmita e deitou na cama - eu encontrei o meu pai morto dentro de casa,eu me vi sangrando até perder o meu filho e vi o Patinho ser morto. Eu não aguento mais.

Puxei ela para perto de mim e fiquei mexendo em seu cabelo.

A gente nunca chegou a falar sobre o bebê. Eu não tenho coragem de perguntar para ela como tudo aconteceu e dá para perceber que ela não gosta de tocar no assunto, mas eu sei e sei que ela também sabe que precisamos conversar sobre isso.

Comentem e deixem sua estrelinha, bjs!!

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