Clara:
Terminei de arrumar a Sophia e deixei ela deitada no berço.
Clara: daqui a pouco a mamãe vem,tá? - cheirei ela que sorriu.
Eu tive tanta sorte,sério. Graças a Deus ela é uma bebê muito calma, mal chora e só acorda de madrugada para mamar.
Por um momento eu achei que não iria conseguir. Achei que não iria ter forças,mas no final deu tudo certo.
Eu consegui ter minha filha e ela nasceu linda e saudável. A cara do pai. A única coisa que parece um pouco comigo é os olhos, de resto é tudo do pai.
Confesso também que por mais que eu tenha a ajuda do vô,que a maju e a Carol venha me ajudar, eu sinto muita falta do patinho.
Me pego chorando antes de dormir e pensando em como seria as coisas se ele estivesse aqui. Como ele iria reagir quando descobrisse o sexo,como iria ser se ele estivesse aqui no dia do parto e como estaria sendo a nossa rotina.
Eu sinto muita falta dele. Tem gente que acha que não, acha que eu não sofro mais e até tem gente que chega a dizer que eu nem senti pela morte dele. Mas eu senti,senti e sinto muito até hoje.
Só eu sei a dor que está aqui dentro. Só eu sei das várias noites sem dormir só pensando nele.
A gente tinha planos. Tínhamos sonhos e hoje, eu estou com um dos sonhos dele,mas ele já não está mais aqui.
E o que mais dói, é ter gente postando que a nossa filha não é dele. Que é de outro, isso porque,segundo eles,só tem nove meses da morte dele e a Sophia nasceu já tem dois.
Mas o que não sabem,é que antes mesmo da gente ter assumido um relacionamento na época, eu e ele sempre nos encontrávamos depois dos bailes ou qualquer evento daqui da favela.
Nem tento mais me explicar, só eu e ele sabíamos de tudo. Só nós dois nos entendíamos. Não importa o que falam por aí, eu sei de toda a verdade e que a Sophia é filha dele,sim.
Peguei a minha toalha e enrolei no meu corpo, saí do banheiro e fui para o quarto vendo que ela ainda estava ali no mesmo lugarzinho. Me troquei,peguei a bolsa da Sophia, peguei ela e coloquei no canguru.
Clara: vô,tô descendo para a praça com a Sophia. - ele nos olhou e veio beijando a Sophia,fez o sinal da cruz em nós duas e por último beijou minha testa.
Zé: leve a chave,acho que vou tirar um cochilo.
Clara: Tá bom - beijei sua bochecha dele - te amo. Ele sorriu e vi seus olhos brilharem.
Peguei a chave e saí descendo as escadas, ajeitei a Sophia no meu colo e fui descendo para a praça.
Assim que estava chegando já avistei a maju com uma barriga enorme, Ravi ao lado do Brian sentado com um copo na mão e a Carol falando alguma coisa.
Quando me aproximei Brian foi o primeiro a me ver e veio correndo na minha direção.
Brian: tia - falou feliz e sorri me abaixando um pouco para abraçar ele - deixa eu pegar ela? Ela tá dormindo? Dessa vez ela não comeu,né?
Clara: ela comeu,mas já faz um tempinho- falei rindo. Da última vez que ele viu a irmã, ele pediu para pegar ela e como a Sophia tinha acabado de comer, acabou gofando nele e ele quase derrubou ela.

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a força do destino.
FanfictionMaju,uma menina simples, que desde pequena foi criada pelo seu pai e que sempre sobrevivia com o pouco,com seus 18 anos conhece playboy, gerente da boca e uma das pessoas de confiança do chefe. Com o passar do tempo eles começam a se envolver com m...