a força do destino.

50.

Maju:

Já teve gente que chegou a me perguntar o que foi que eu vi nesse calvo,mas nem eu sei explicar,cara.

Conheci o playboy com meus 17 anos,mas só viemos ficar mesmo quando eu já tinha meus 19.

Ele sempre teve o jeito mandão dele,sempre quis tudo do jeito dele e eu obedecia,né. Ele era meu primeiro e eu era perdidamente apaixonada nele,tinha medo dele me deixar e fazia tudo que ele mandava.

Só que depois que ele foi embora e eu passei por tudo o que eu passei, eu tive que aprender muitas coisas na marra e hoje em dia eu não tenho mais tanto medo como eu tinha antes, hoje em dia eu bato de frente e quando vejo que tô sem saída começo a me fazer de vítima.

Mas também não é que eu tenha medo dele, eu só tenho um certo receio, até porque ele é bandido e eu sei que às vezes eu brinco muito na cara do perigo.

Mas o playboy não é nenhum santo,não. Ele é muito é sonso,faz as coisas e dá uma de que não faz.

Às vezes eu sinto raiva dele e outras eu sinto amor. Meu sentimento por ele é muito maluco, mas eu sei que não conseguiria passar muito tempo longe dele novamente.

Sentei em uma das cadeiras do corredor da clínica e fiquei esperando minha vez. Já tinha se passado uma semana desde a vez que meio que dei um perdido nele e esse homem não me deixou em paz até eu marcar para fazer o teste.

E para falar a verdade, eu só falei aquilo mesmo para não sair muito como errada e depois disso, esse homem não me deixa mais em paz. Não é como se eu tivesse antes, mas agora eu não tenho mesmo. Isaac vive no meu pé e até segurança ele colocou na minha cola.

Meu celular começou a tocar de novo e já me estressei.

Ligação on:

Maju: o que é? - perguntei já estressada.

Playboy: fala direito comigo, diaba - revirei os olhos mesmo sabendo que ele não iria ver - já chegou sua vez? Falta muito?

Maju: Me deixa,Isaac- cruzei os braços- eu não fui atendida ainda e outra, o exame não sai na hora,não.

Ele ficou calado e eu achei que ele tinha desligado, mas não. Eu ia falar que iria desligar, mas bem na hora ele falou.

Playboy: Maria? - seu tom estava baixo e eu já estranhei.

Maju: oi. - ele ficou mais um tempo em silêncio.

Playboy: deixa quieto. Quando terminar aí me liga - desligou antes mesmo que eu falasse alguma coisa.

Ligação off:

Dei de ombros e guardei meu celular, demorou mais um pouco e logo me chamaram. Coletaram meu sangue e eu saí da clínica,o mesmo menino que veio me trazer ainda estava ali.

Pedi para ele me levar em uma lanchonete e comprei umas coisas,logo seguimos para o morro. Só lembrei de avisar ao playboy que já tinha saído de lá quando estávamos nos aproximando da entrada.

Mandei uma mensagem falando que já estava chegando e quando levantei o olhar vi ele na barreira.

O menino parou o carro perto dele e desceu,logo em seguida o playboy entrou e me encarou.